Povos indígenas acessam crédito agrícola pela primeira vez no estado

Banco da Amazônia, em parceria com a Emater, viabiliza crédito para produção sustentável de café na comunidade Paiter-Suruí

Fonte: Assessoria - Publicada em 29 de maio de 2025 às 11:22

Povos indígenas acessam crédito agrícola pela primeira vez no estado

Pela primeira vez na história de Rondônia, uma comunidade indígena acessa uma linha de crédito agrícola destinada ao fortalecimento da produção sustentável. A assinatura simbólica ocorreu nesta terça-feira (27), durante a 12ª edição da Rondônia Rural Show Internacional, em Ji-Paraná (RO), e contou com a presença de representantes do Banco da Amazônia, da Emater, da Funai, de lideranças indígenas e autoridades locais.

Os beneficiários são os jovens indígenas Kaua Pamakatig Suruí e Giovan Garbaiway Suruí, da etnia Paiter-Suruí, localizada na Terra Indígena (TI) Sete de Setembro, no município de Cacoal (RO). Eles foram contemplados com o crédito da linha PRONAF A, voltada a famílias agricultoras que buscam modernizar e expandir suas atividades produtivas, com juros de apenas 0,5% ao ano e até 10 anos para pagar. Os recursos serão aplicados na implantação de sistemas de irrigação e no aumento da produtividade do café, que já é reconhecido nacionalmente pela sua qualidade e origem sustentável.

Avanço para a agricultura sustentável

A concessão de crédito foi possível após a mudança normativa do Governo Federal, que passou a permitir o enquadramento de povos indígenas no Grupo A do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF), o que até então era vedado. Rondônia se torna, com esta assinatura, um dos primeiros estados do Norte a concretizar esse acesso.

“Esse momento representa mais do que crédito. Representa dignidade, oportunidade e reconhecimento. É o início de uma nova fase para a agricultura sustentável em Rondônia. Com esse financiamento, os produtores Paiter-Suruí terão mais capacidade de investimento e poderão competir de forma mais justa no mercado. O Banco da Amazônia está comprometido com a agricultura familiar e destinará 20% do Fundo Constitucional de Financiamento do Norte (FNO) a esse segmento em 2025, incluindo os povos indígenas”, afirmou Edson Ferreira de Souza, superintendente regional do Banco da Amazônia.

A operação conta com apoio técnico da Emater e da Funai, que acompanham as comunidades indígenas desde o planejamento dos projetos até a liberação dos recursos e implantação das ações.

Café indígena sustentável

A Terra Indígena (TI) Sete de Setembro abriga hoje mais de 30 mil pés de café robusta plantados pela família do cacique Wilson Nakodah Suruí, o Nambú. Ao todo, cerca de 350 famílias Paiter-Suruí, distribuídas entre 35 aldeias, participam da cadeia produtiva do café, que tem baixo impacto ambiental e alto valor de mercado. A produção já é comercializada com grandes empresas do setor, como o Grupo 3Corações.

“Estamos felizes porque agora temos apoio para melhorar nossa produção. Vamos usar esse crédito para irrigar nossa plantação e cuidar melhor do café. Isso vai ajudar não só minha família, mas toda a comunidade, que vive da terra e do que ela nos dá. É um passo importante para o nosso povo”, declarou Gatoya Suruí, pai dos jovens beneficiados.

A assinatura das primeiras operações de crédito para indígenas em Rondônia reforça o compromisso do Banco da Amazônia com a inclusão produtiva, geração de renda e desenvolvimento sustentável das comunidades tradicionais da Amazônia Legal. A expectativa é que novas propostas sejam viabilizadas nos próximos meses, fortalecendo ainda mais o papel dos povos originários na economia verde da região.

Povos indígenas acessam crédito agrícola pela primeira vez no estado

Banco da Amazônia, em parceria com a Emater, viabiliza crédito para produção sustentável de café na comunidade Paiter-Suruí

Assessoria
Publicada em 29 de maio de 2025 às 11:22
Povos indígenas acessam crédito agrícola pela primeira vez no estado

Pela primeira vez na história de Rondônia, uma comunidade indígena acessa uma linha de crédito agrícola destinada ao fortalecimento da produção sustentável. A assinatura simbólica ocorreu nesta terça-feira (27), durante a 12ª edição da Rondônia Rural Show Internacional, em Ji-Paraná (RO), e contou com a presença de representantes do Banco da Amazônia, da Emater, da Funai, de lideranças indígenas e autoridades locais.

Os beneficiários são os jovens indígenas Kaua Pamakatig Suruí e Giovan Garbaiway Suruí, da etnia Paiter-Suruí, localizada na Terra Indígena (TI) Sete de Setembro, no município de Cacoal (RO). Eles foram contemplados com o crédito da linha PRONAF A, voltada a famílias agricultoras que buscam modernizar e expandir suas atividades produtivas, com juros de apenas 0,5% ao ano e até 10 anos para pagar. Os recursos serão aplicados na implantação de sistemas de irrigação e no aumento da produtividade do café, que já é reconhecido nacionalmente pela sua qualidade e origem sustentável.

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Avanço para a agricultura sustentável

A concessão de crédito foi possível após a mudança normativa do Governo Federal, que passou a permitir o enquadramento de povos indígenas no Grupo A do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF), o que até então era vedado. Rondônia se torna, com esta assinatura, um dos primeiros estados do Norte a concretizar esse acesso.

“Esse momento representa mais do que crédito. Representa dignidade, oportunidade e reconhecimento. É o início de uma nova fase para a agricultura sustentável em Rondônia. Com esse financiamento, os produtores Paiter-Suruí terão mais capacidade de investimento e poderão competir de forma mais justa no mercado. O Banco da Amazônia está comprometido com a agricultura familiar e destinará 20% do Fundo Constitucional de Financiamento do Norte (FNO) a esse segmento em 2025, incluindo os povos indígenas”, afirmou Edson Ferreira de Souza, superintendente regional do Banco da Amazônia.

A operação conta com apoio técnico da Emater e da Funai, que acompanham as comunidades indígenas desde o planejamento dos projetos até a liberação dos recursos e implantação das ações.

Café indígena sustentável

A Terra Indígena (TI) Sete de Setembro abriga hoje mais de 30 mil pés de café robusta plantados pela família do cacique Wilson Nakodah Suruí, o Nambú. Ao todo, cerca de 350 famílias Paiter-Suruí, distribuídas entre 35 aldeias, participam da cadeia produtiva do café, que tem baixo impacto ambiental e alto valor de mercado. A produção já é comercializada com grandes empresas do setor, como o Grupo 3Corações.

“Estamos felizes porque agora temos apoio para melhorar nossa produção. Vamos usar esse crédito para irrigar nossa plantação e cuidar melhor do café. Isso vai ajudar não só minha família, mas toda a comunidade, que vive da terra e do que ela nos dá. É um passo importante para o nosso povo”, declarou Gatoya Suruí, pai dos jovens beneficiados.

A assinatura das primeiras operações de crédito para indígenas em Rondônia reforça o compromisso do Banco da Amazônia com a inclusão produtiva, geração de renda e desenvolvimento sustentável das comunidades tradicionais da Amazônia Legal. A expectativa é que novas propostas sejam viabilizadas nos próximos meses, fortalecendo ainda mais o papel dos povos originários na economia verde da região.

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