Pré-campanha milionária derrubou Doria
"A dinheirama, investida com o objetivo de alavancar Doria nas pesquisas, foi para o lixo. Não deu resultado algum. Zero. Ele não cresceu nada", diz Alex Solnik
João Doria (Foto: Governo do Estado de São Paulo)
Agora está claro que o problema de João Doria até dentro do PSDB não é só a questão da sua rejeição.
O buraco é mais embaixo.
O tucano-mor, Bruno Araújo, descobriu que a pré-campanha, desde a sua vitória nas prévias, consumiu R$12 milhões!
Aos cofres do partido.
E ficou tiririca da vida!
Doria, de longe o candidato mais rico, não pôs a mão no bolso, como fez outro milionário, Antônio Ermírio de Moraes, na campanha ao governo de São Paulo de 1986.
Imagine quanto custaria a campanha!
Com bancada reduzida a 22 deputados, o PSDB tem R$ 378 milhões de fundo eleitoral, metade do que dispõe o PT, por exemplo.
A dinheirama, investida com o objetivo de alavancar Doria nas pesquisas, foi para o lixo. Não deu resultado algum. Zero. Ele não cresceu nada.
Diminuiu.
E pretendia continuar gastando milhões até o dia da convenção, contando com a boa vontade do tesoureiro. Afinal, foi ele quem o nomeou.
Só que Araújo, que também foi nomeado por Doria, deu ordem expressa: a fonte secou.
Ou o tesoureiro obedece ou cai fora.
E Doria, se quiser continuar em sua cruzada, vai ter que mexer em seu rico dinheirinho.
Alex Solnik
Alex Solnik é jornalista. Já atuou em publicações como Jornal da Tarde, Istoé, Senhor, Careta, Interview e Manchete. É autor de treze livros, dentre os quais "Porque não deu certo", "O Cofre do Adhemar", "A guerra do apagão" e "O domador de sonhos"
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