Prefeitura amplia uso de teste e novo tratamento para malária em Porto Velho

Novo protocolo fará parte da rotina de 26 unidades básicas de saúde da capital

Semusa Foto: Leandro Morais
Publicada em 16 de fevereiro de 2022 às 13:39
Prefeitura amplia uso de teste e novo tratamento para malária em Porto Velho

Novo protocolo de tratamento da malária chega a unidades de saúde da capital

A segunda fase do estudo de implementação do teste G6PD e do medicamento tafenoquina, respectivamente utilizados para o diagnóstico e tratamento da malária do tipo vivax, chega à rede municipal de saúde. Agora, são 26 unidades de saúde de Porto Velho que disponibilizam o novo protocolo de tratamento para pacientes.

A tafenoquina é um medicamento de dose única para tratamento e prevenção de recaídas em pacientes com malária por plasmodium vivax e já foi aprovada pela Anvisa.

Nos pacientes em que o medicamento foi ministrado, se observou uma redução na duração do tratamento da malária em comparação ao tratamento padrão. O Brasil é pioneiro no uso deste novo regime de tratamento em larga escala.

O Ministério da Saúde utilizará os dados resultantes da utilização do novo tratamento para decidir quando e se este protocolo será implantado em todo o país por meio do Sistema Único de Saúde (SUS).

Teste e novo medicamento chegam a 26 unidades básicas de saúdeTeste e novo medicamento chegam a 26 unidades básicas de saúde

A análise dos primeiros tratamentos realizados revelou que os pacientes tratados para malária por plasmodium vivax em hospitais e policlínicas de Manaus e Porto Velho foram adequadamente tratados com a tafenoquina, tendo, como base, os resultados do teste G6PD.

CONSULTA

Em janeiro deste ano, após consulta às autoridades de saúde locais, o Ministério da Saúde autorizou a expansão dos testes de G6PD e uso da tafenoquina no município.

Conforme dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o plasmodium vivax é o parasita da malária predominante na região das Américas, representando 75% dos casos notificados, e mais de 80% no Brasil.

INÍCIO

O município concluiu a primeira fase de utilização do teste de G6PD (que mede a quantidade de glicose-6-fosfato desidrogenase nas hemácias) e uso da tafenoquina entre os meses de setembro e dezembro de 2021. O trabalho aconteceu nas UPAs Leste e Sul, Policlínica Ana Adelaide e no Centro de Pesquisa em Medicina Tropical (Cepem).

Servidores foram capacitados em 2021 para prescrever novo protocolo Servidores foram capacitados em 2021 para prescrever novo protocolo

“Realizamos capacitação dos servidores que atuam diretamente no diagnóstico e tratamento de malária. Eles estão habilitados para realizar o teste e prescrever o tratamento aos pacientes”, destaca Rosilene Ruffato, técnica do agravo da malária da Secretaria Municipal de Saúde (Semusa).

Os resultados da primeira fase foram positivos. Os pesquisadores do Comitê Independente de Supervisão do Estudo (CISE), responsáveis pela avaliação, concluíram que os pacientes foram adequadamente tratados com a tafenoquina com base nos resultados do teste G6PD.

SEGUNDA FASE

Nesta etapa, os profissionais dos serviços de saúde da malária novamente se reúnem para recapitular assuntos abordados nas capacitações, como o uso correto do teste G6PD e seleção do tratamento mais adequado para os pacientes.

“Este segundo momento servirá para ampliar o esclarecimento de dúvidas e prática da execução do teste de G6PD”, frisa a técnica.

O tratamento e o teste de G6PD passará a ser feito também nas unidades básicas de saúde Vila Dnit, Vila Princesa, José Adelino, Nova Califórnia, Ronaldo Aragão, São Carlos, Mutum Paraná, Vila Extrema, Vista Alegre do Abunã, Jacy Paraná, União Bandeirantes, Fortaleza do Abunã, Abunã, Benjamin Silva, Jamary, Maria Nobre da Silva, Cujubim Grande, Palmares, Agrovila, Rio das Garças, Rio Pardo, Demarcação, Nazaré, São Carlos, Nova Mutum e Vale do Jamary.

MEDICAMENTO

O novo medicamento é uma primeira linha de tratamento que substitui o uso da primaquina, ministrada conjuntamente com a cloroquina, em pacientes com monoinfecção de malária por plasmodium vivax, com idade igual ou superior a 16 anos, não gestantes ou lactantes.

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