Presidente da ALE compra briga de 31 mil produtores de leite e protesta contra exploração pelos laticínios
O preço é de apenas 65 centavos, enquanto em outras regiões do país, principalmente no sul, ele pode chegar a 1 real e 50 centavos para o produtor
São mais de 29 mil pequenas propriedades, com um total de 31 mil produtores de leite em Rondônia, já que em algumas áreas há mais de um produtor. Todos os dias, as tetas de cerca de 400 mil vacas em lactação – num rebanho que supera os 2 milhões e 300 mil animais potencialmente produtores - dão mais de 1 milhão e 970 mil litros/dia. No ano, em média, a produção do leite rondoniense caminha para os 720 milhões de litros. Milhares de famílias dependem dessa produção para sobreviverem. É toda essa riqueza e toda essa gente que está sendo prejudicada, com o pífio valor pago pelos laticínios, que absorvem perto de 90 por cento de toda a produção. O preço é de apenas 65 centavos, enquanto em outras regiões do país, principalmente no sul, ele pode chegar a 1 real e 50 centavos para o produtor. Foi para protestar contra isso que o presidente da Assembleia, deputado Laerte Gomes, fez duro pronunciamento nesta semana. “Tem produtor que recebeu 65 centavos pelo litro. Eu vou ao supermercado e vejo que não baixou nem o preço do leite nem dos derivados”. E acrescentou: “quando a Assembleia investigou o cartel da carne, mudou a relação com o produtor rural. Precisamos fazer alguma coisa com os laticínios. Se o Brasil inteiro estivesse assim, tudo bem, mas é só em Rondônia. No Estado todo mundo está comprando e os preços estão subindo. Pedi ao Procon para verificar por que os preços sobem nos supermercados. Há muita gente aproveitando para aumentar seus lucros”, denunciou, concluindo que os prejuízos ficam apenas com os produtores.
Ao receberem tão pouco pelo leite produzido (que, quando chega ao consumidor final, continua custando caro, aumentando constantemente o faturamento dos laticínios), os produtores, a grande maioria deles muito pequenos, têm prejuízos que podem acabar rompendo a cadeia produtiva. Na Região central do Estado, onde se concentra a maior produção (Jaru, Ouro Preto, Ji-Paraná e cidades próximas), praticamente todas as propriedades são consideradas pequenas. Não há grandes produtores. Ali é que está o maior problema, embora a região de Nova Mamoré também comece a se destacar na produção do leite, igualmente em pequenas áreas. Com preços aviltados, extremamente baixos, muitas vezes que dá apenas para que o produtor sobreviva, ele não tem como investir em melhores e tecnologia, que possam ampliar a produtividade. Além disso, outra denúncia: . “O produtor entrega o leite hoje e só recebe em 60 dias. A indústria fica 60 dias com o dinheiro. Precisamos nos pronunciar sobre isso”. Por isso temos hoje, no Estado, uma média de apenas 5 litros por cabeça, enquanto há regiões onde esse número chega até a o dobro disso. Larerte Gomes quer comprar a briga dos pequenos e do leite. Tomara que consiga, porque só assim um setor vital para nossa economia poderá sobreviver.
COMPRA DE HOSPITAL: EMPENHO JÁ PUBLICADO
Martelo batido? Informações da tarde desta quarta-feira, davam conta que o contrato havia sido assinado. Se não houver nenhuma decisão em contrário de órgãos de fiscalização, como ocorreu no caso da tentativa de aluguel do Prontocordis, o Estado de Rondônia se tornaria, de imediato, proprietário de um hospital, bastante moderno e com boas condições, para atender doentes da pandemia. E, depois que ela passar, para se tornar a Maternidade Estadual.. Por 12 milhões de reais, segundo empenho já publicado no Portal do Governo do Estado, a Maternidade Regina Pacis, localizada na rua Joaquim Nabuco, próximo à esquina da Pinheiro Machado, passará a fazer parte da administração estadual. Em função da calamidade pública, não houve necessidade de realização de licitação, para a compra da estrutura hospitalar. Um dos problemas a serem superados é a falta de estacionamento, principalmente para ambulâncias. A partir desta quinta, outros detalhes do negócio deverão ser anunciados, inclusive quando o Regina Pacis poderá começar a receber os doentes infectados pelo corona vírus, além de outros passos a serem dados pela secretaria de Saúde do Estado.
DANIEL E O ATENTADO CONTRA BOLSONARO
Sempre bem informado, atento aos acontecimentos locais e nacionais e, além disso, leitor contumaz dessas mal traçadas linhas, o ex governador e hoje superintendente do Sebrae, Daniel Pereira, comentou o caso da tentativa do presidente Bolsonaro de reabrir o inquérito em que ele foi vítima de um atentado, em Juiz de Fora, quando ainda era candidato. “O Bolsonaro, como vítima, tem todo o direito de saber a verdade. E a nação também. Por uma razão muito simples: se um Presidente não tem esse direito, imagine eu e você? Por outro lado, ele, a meu ver, está querendo que a investigação chegue a um resultado do jeito que ele quer, não do jeito que realmente foi. É a sede em beber na onda Fake News. Ai fica difícil!”, conclui, com sabedoria. A verdade é que, como em tudo nesse país que está rachado, uma parte da opinião pública acha que Bolsonaro só quer mesmo ter mais um motivo para brigar com adversários, de quem suspeita de que teria partido a ordem para atacá-lo, enquanto outra parte discorda dele e considera que o caso está encerrado, como o foi depois das investigações da Polícia Federal. Em qualquer assunto que envolva Bolsonaro, jamais haverá algo nem perto de uma ampla maioria para um lado ou outro. Assim está o Brasil!
OS MAIORES PERDEDORES
O depoimento de Sérgio Moro à Polícia Federal trouxe alguma bomba atômica, daquelas que poderiam dilacerar o governo e derrubar o Presidente da República? A oposição tem certeza que sim. Os bolsonaristas acham que não há qualquer comprovação de que o Presidente tenha cometido algum crime. Para quem tem que ser isento, o caso não é tão complexo, como o que resulta das paixões. Moro trouxe alguns temas que precisam ser investigados, mas não acusou Bolsonaro de qualquer crime e o disse textualmente. A questão é que o assunto se arrastará por meses, com a mídia e a oposição trucidando o Presidente e seus partidários radicalizando cada vez mais contra os adversários. No meio do caminho, os loucos por holofotes, de todos os lados e todos os Poderes, querendo seus momentos de glória. Os perdedores, já se conhece de antemão: Sérgio Moro, Jair Bolsonaro e o pobre povo brasileiro. Lamentável!
GARÇON QUER MENOS GASTOS COM ELEIÇÕES
O presidente regional do Republicanos (ex PRB), Lindomar Garçon, duas vezes prefeito de Candeias do Jamari e um deputado federal atuante, durante seus mandatos no Congresso, defende que a eleição desse ano seja mantida, mas quer que, no futuro, se pense na opção de termos eleições gerais a cada cinco anos. Para Garçon, não seria correto mudar a regra do jogo com a partida andando e que seria o melhor que a eleição fosse realizada ainda este ano. Mas gastos com campanhas políticas a cada dois anos preocupam muito o experiente Garçon. Ele considera que chegou a hora de o país começar a discutir um novo formato, com eleições gerais, a cada cinco anos e com uma drástica redução nos gastos. Garçon defende caminhos modernos para o futuro das disputas eleitorais e a redução cada vez maior dos gastos.
PV NÃO ACEITA NEM OUVIR SOBRE PRORROGAÇÃO
Ao opinar sobre o mesmo tema, as eleições previstas para este ano, o presidente do Partido Verde, sigla que cresce bastante no Estado e que tem como principal estrela o deputado estadual Luizinho Goebel, não quer nem ouvir em prorrogação de mandatos. Aires Mota diz que o PV quer que a eleição agendada seja realizada mesmo em outubro, “claro que com todos os cuidados, por causa da crise do corona vírus”. Para Aires, prorrogar os mandatos seria uma espécie de covardia com o eleitor, que escolheu seus representantes para quatro anos e não seis. O eleitor não pode ser pego de surpresa dessa forma. O PV considera inaceitável essa prorrogação. O eleitor tem que ir às urnas sabendo em quem votar, para qual cargo e por quanto tempo. Então, nós queremos as eleições, logicamente com um trabalho de prevenção e todos os cuidados. Não aceitamos mudanças de última hora. Com a população se protegendo e muitos cuidados contra a doença, tenho certeza de que a eleição de outubro será um sucesso”, concluiu.
CORONA: CADA VEZ PIOR
Mais 83 casos, mais três mortes. A Covid 19 continua assustando o Estado e principalmente Porto Velho, que tem 710 casos, de um total geral de 943 registrados em Rondônia. A Capital concentra 74,2 por cento de todos os contaminados. Também são da Capital a grande maioria das 33 vítimas fatais: 24 óbitos. Num só dia, entre terça e quarta, mais três pessoas morreram: duas mulheres idosas, uma com 93 anos e um homem de 59 anos. O lado bom dessa triste moeda é que 243 pacientes já estão curados. A maior preocupação agora é com as 36 pessoas internadas em UTIs, das quais 26 casos já confirmados e 10 sob suspeita. O secretário Fernando Máximo continua repetindo que há necessidade de cuidados extremos de parte de todos, para que o sistema de saúde não entre em colapso.
MANTIDA CONDENAÇÃO DE LULA A 17 ANOS
Condenado pela segunda vez e em segunda instância, o ex-presidente Lula sofreu nova derrota na Justiça Federal, quando o TRF 4 confirmou a sentença de 17 anos a que ele foi condenado, por causa dos crimes cometidos no caso do Sítio de Atibaia. Lula foi condenado em novembro do ano passado a 17 anos, 1 mês e 10 dias pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, em julgamento na segunda instância, acusado de receber propina de construtoras, que teriam reformado e decorado um sítio, em Atibaia, interior paulista, em troca de benefícios em contratos com a Petrobras. Segundo a acusação, o local era utilizado pela família do ex-Presidente. Lula está solto, depois de cumprir parte da pena na Polícia Federal, em Curitiba, porque o STF decidiu que a prisão só deve começar a ser cumprida depois do caso ser julgado em todas as instâncias.
PERGUNTINHA
Com toda a crise do corona vírus, com essa pandemia que apavora a todos, você ainda tem tempo para analisar a situação da política em sua cidade e começar a pensar em quem votar para Prefeito e Vereador?
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A medida se faz necessário devido risco iminente de contágio e transmissão comunitária da COVID-19 e outras doenças.
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