Privatização da BR-364 pode encarecer produtos em Rondônia e Acre

Carretas podem pagar R$ 2 mil em pedágios de ida e volta entre Porto Velho e Vilhena

Fonte: Tudorondonia/Foto: Divulgação/Dnit - Publicada em 13 de março de 2025 às 09:58

Privatização da BR-364 pode encarecer produtos em Rondônia e Acre

A privatização de 686,7 quilômetros da BR-364 em Rondônia, leiloada em 27 de fevereiro de 2025, representa uma certa mudança na infraestrutura logística do estado. 

O consórcio 4UM/Opportunity venceu o leilão como único concorrente, comprometendo-se a investir mais de R$ 10,23 bilhões em melhorias na rodovia, incluindo duplicações e adequações.

A BR-364 é vital para o escoamento da produção agropecuária de Rondônia e parte do Centro-Oeste, conectando-se à hidrovia do Madeira e aos portos do Norte. Entretanto, o modelo de concessão proposto tem gerado preocupações entre empresários e parlamentares locais. 

A previsão de sete praças de pedágio ao longo do trecho concedido pode aumentar significativamente os custos logísticos/de frete. Estima-se que uma carreta de nove eixos pague cerca de R$ 2 mil em pedágios em uma viagem de ida e volta entre Vilhena e Porto Velho. 

Além disso, o plano de duplicação abrange apenas 113 quilômetros entre Jaru e Presidente Médici, enquanto o restante da rodovia receberá apenas faixas adicionais. Essa limitação nas melhorias pode não atender às necessidades de segurança e eficiência exigidas pelo intenso fluxo de caminhões pesados na região. 

Empresários de Ji-Paraná expressaram preocupação de que os altos custos de pedágio, aliados às melhorias limitadas, possam comprometer a competitividade das commodities rondonienses (como soja, milho e café). 

Parlamentares, como o deputado Cirone Deiró, criticam a falta de transparência no processo de concessão e alertam para os impactos negativos nos usuários e no setor produtivo. 

Há temores de que a ausência de duplicação em grande parte da rodovia e os elevados custos de pedágio aumentem as despesas logísticas, afetando diretamente os preços dos produtos e a economia local. 

Em suma, embora a privatização da BR-364 traga a promessa de investimentos e melhorias na infraestrutura, as condições atuais do contrato de concessão levantam preocupações legítimas sobre os impactos econômicos em Rondônia. 

É essencial que haja um equilíbrio entre a modernização da rodovia e a viabilidade econômica para os usuários e o setor produtivo, garantindo que os benefícios superem os custos impostos pela concessão.

Privatização da BR-364 pode encarecer produtos em Rondônia e Acre

Carretas podem pagar R$ 2 mil em pedágios de ida e volta entre Porto Velho e Vilhena

Tudorondonia/Foto: Divulgação/Dnit
Publicada em 13 de março de 2025 às 09:58
Privatização da BR-364 pode encarecer produtos em Rondônia e Acre

A privatização de 686,7 quilômetros da BR-364 em Rondônia, leiloada em 27 de fevereiro de 2025, representa uma certa mudança na infraestrutura logística do estado. 

O consórcio 4UM/Opportunity venceu o leilão como único concorrente, comprometendo-se a investir mais de R$ 10,23 bilhões em melhorias na rodovia, incluindo duplicações e adequações.

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A BR-364 é vital para o escoamento da produção agropecuária de Rondônia e parte do Centro-Oeste, conectando-se à hidrovia do Madeira e aos portos do Norte. Entretanto, o modelo de concessão proposto tem gerado preocupações entre empresários e parlamentares locais. 

A previsão de sete praças de pedágio ao longo do trecho concedido pode aumentar significativamente os custos logísticos/de frete. Estima-se que uma carreta de nove eixos pague cerca de R$ 2 mil em pedágios em uma viagem de ida e volta entre Vilhena e Porto Velho. 

Além disso, o plano de duplicação abrange apenas 113 quilômetros entre Jaru e Presidente Médici, enquanto o restante da rodovia receberá apenas faixas adicionais. Essa limitação nas melhorias pode não atender às necessidades de segurança e eficiência exigidas pelo intenso fluxo de caminhões pesados na região. 

Empresários de Ji-Paraná expressaram preocupação de que os altos custos de pedágio, aliados às melhorias limitadas, possam comprometer a competitividade das commodities rondonienses (como soja, milho e café). 

Parlamentares, como o deputado Cirone Deiró, criticam a falta de transparência no processo de concessão e alertam para os impactos negativos nos usuários e no setor produtivo. 

Há temores de que a ausência de duplicação em grande parte da rodovia e os elevados custos de pedágio aumentem as despesas logísticas, afetando diretamente os preços dos produtos e a economia local. 

Em suma, embora a privatização da BR-364 traga a promessa de investimentos e melhorias na infraestrutura, as condições atuais do contrato de concessão levantam preocupações legítimas sobre os impactos econômicos em Rondônia. 

É essencial que haja um equilíbrio entre a modernização da rodovia e a viabilidade econômica para os usuários e o setor produtivo, garantindo que os benefícios superem os custos impostos pela concessão.

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