Procon autua postos em Porto Velho que vendiam gasolina acima do preço tabelado, antes de vigorar aumento
Antes de vigorar o novo reajuste de preços dos combustíveis, 25 postos revendedores de Porto Velho já praticavam abusos nas vendas de gasolina
Preço abusivo na bomba em Porto Velho leva Procon autuar estabelecimentos e também fiscalizar postos no interior do Estado
O Programa de Orientação, Proteção e Defesa do Consumidor (Procon-RO) iniciou na manhã de hoje (11), a autuação de 25 postos de combustíveis de Porto Velho, que na quinta-feira (10) vendiam gasolina a preços alcançando até R$ 7,50 o litro, acima do tabelado pela Petrobras. Ontem, a empresa estatal anunciou reajustes nos preços da gasolina, diesel e gás liquefeito de petróleo (GLP), o gás de cozinha. O aumento vale para as distribuidoras, e passou a vigorar nesta sexta-feira.
Conforme o coordenador estadual do Procon, Ihgor Jean Rego, a fiscalização estendeu-se também ao interior de Rondônia e prosseguirá na Capital. Segundo ele, a equipe de fiscalização constatou aumento de valores antes mesmo da validade oficial, que é o primeiro dia após o anúncio oficial.
“Em alguns casos, a diferença entre o preço real e o que é cobrado desde zero hora de hoje passou de R$ 1”, constatou o assistente de fiscalização Jessé Júnior.
Segundo o assistente, os abusos praticados resultaram nos autos de infração. “Dentre os autuados, alguns postos vendiam a R$ 6,36, outros a R$ 6,70, e na fila, os consumidores se surpreendiam, porque viam um preço anunciado e, ao chegar à bomba, já eram obrigados a pagar a mais”, explicou.
Segundo a Petrobras, o mais recente reajuste nos valores da gasolina ocorrera 57 dias atrás, enquanto os preços do GLP tinham ocorrido há 152 dias.
O site da empresa informa que o preço médio de venda da gasolina para as distribuidoras passa de R$ 3,25 para R$ 3,86 por litro. Considerando a mistura obrigatória de 27% de etanol anidro e 73% de gasolina A para a composição da gasolina comercializada nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor passa de R$ 2,37, em média, para R$ 2,81 a cada litro vendido na bomba. Uma variação de R$ 0,44 por litro.
Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), calcula que apesar da disparada do preço da gasolina e do diesel no Brasil, a defasagem do preço dos combustíveis vendidos pela Petrobras no mercado interno ainda é de 8% no caso do diesel e de 11% para a gasolina.
Para equiparar aos preços internacionais, a Petrobras teria que elevar o preço, em média, em R$ 0,40 por litro. Segundo a Abicom, a defasagem da gasolina varia entre R$ 0,48 e R$ 0,16, dependendo do porto.
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