Profissionais de saúde são capacitados para atuarem no diagnóstico de Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) e Pós-Exposição (PEP)

O objetivo do treinamento é ampliar a oferta de serviços na capital

Carlos Sabino Fotos: Carlos Sabino
Publicada em 03 de dezembro de 2022 às 09:58

Médicos, enfermeiros e farmacêuticos da atenção básica, média e alta complexidade da Prefeitura de Porto Velho participam nesta sexta-feira (2), no auditório do Conselho Regional de Medicina (Cremero), do curso de capacitação em exames de Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) e Pós-Exposição (PEP) ao HIV, aids, sífilis, hepatite B e autoteste.

O treinamento, que acontece em alusão ao Dia Mundial de Combate à Aids, é uma estratégia do Departamento de Vigilância em Saúde (DVS), da Secretaria Municipal de Saúde (Semusa), para ampliar a oferta de exames na capital.

A diretora do Departamento de Vigilância em Saúde, Geisa Brasil, explica que atualmente os serviços de diagnóstico para detecção de novos casos de infecções e doenças sexualmente transmissíveis estão centralizadas no Serviço de Assistência Especializada (SAE) e que a estratégia adotada para ampliar os serviços de diagnóstico é capacitar os profissionais para atuarem em dois polos de saúde que serão implantados no município.

“Vamos implantar um polo na zona Sul e outro na zona Leste de Porto Velho”, explicou.

De janeiro de 2021 a novembro de 2022, cerca de 150 casos foram registrados em Porto Velho somente no público com idade entre 15 e 29 anos, o que torna preocupante se comparado a anos anteriores em que casos na mesma faixa etária eram baixas.

“Então é importante a gente ampliar o pré-tratamento e tratamento seguindo o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas, com foco nessa parcela da população que está mais vulnerável, como pessoas que não usam preservativos, por exemplo, as que são profissionais do sexo, ou até mesmo aqueles que tem contato com instrumentos perfurocortantes ou que são expostas de outra forma ao vírus”, completa.

O Dezembro Vermelho, campanha instituída pela lei nº 13.504/2017, é o ponto inicial de grande mobilização nacional na luta contra o vírus HIV, a aids e outras IST’s, chamando a atenção para a prevenção, a assistência e a proteção dos direitos das pessoas infectadas pelo vírus do HIV.

TRATAMENTO

Geisa Brasil diz que a ideia é descentralizar os serviçosGeisa Brasil diz que a ideia é descentralizar os serviços

Todas as pessoas diagnosticadas têm direito ao tratamento com medicamentos antirretrovirais, imediatamente, para poupar seu sistema imunológico. Medicamentos, como o coquetel, impedem que o vírus se replique dentro das células-T CD4 +, evitando assim, que a imunidade caia e que a aids apareça.

IST

Segundo dados do Ministério da Saúde, as infecções sexualmente transmissíveis são causadas por vírus, bactérias ou outros microrganismos. São transmitidas, principalmente, através do contato sexual (oral, vaginal, anal) sem o uso de preservativo masculino ou feminino, com uma pessoa infectada.

Além da transmissão pelo ato sexual, as IST’s podem ser transmitidas por meio da mucosa ou lesões na pele em contato com secreções corporais contaminadas. A transmissão também ocorre de mãe para criança durante a gestação ou por meio da amamentação.

PRINCIPAIS IST

Herpes genital

Cancro mole

HPV

Doença Inflamatória Pélvica

Donovanose

Gonorreia e infecção por Clamídia

Sífilis

O uso de preservativo em todas as relações sexuais é o método mais eficaz para evitar a transmissão das IST’s, do HIV, aids e das hepatites virais B e C.

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