Projeto de manejo de Pirarucu no Rio Cautário gera renda e avança na conservação ambiental
Na segunda etapa da pesca manejada foram pescados 255 peixes, totalizando mais de 14 toneladas e garantindo uma renda superior a R$ 130 mil
Todo o recurso arrecadado com a venda do Pirarucu é dividido entre os comunitários atendidos
Com intuito de atender às demandas dos moradores da Reserva Extrativista Estadual (Resex) do Rio Cautário, situada no município de Costa Marques, que solicitaram um plano de manejo para o controle do Pirarucu (Arapaima gigas), espécie exótica à região, o governo de Rondônia realizou, entre os dias 18 de setembro e 9 de outubro, a segunda fase da pesca no local. A iniciativa, visa a captura do peixe em áreas onde ele não é considerado nativo.
Coordenada pela Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental (Sedam), a ação teve início em 2021 e abrange a unidade de conservação estadual de uso sustentável Resex do Rio Cautário.
SOBRE O MANEJO
Os moradores tradicionais participaram ativamente do manejo
Para que a pesca ocorresse, a participação dos comunitários foi fundamental. Os moradores tradicionais participaram ativamente, pescando, eviscerando os peixes e realizando o planilhamento de dados junto aos técnicos da Coordenadoria de Unidades de Conservação (CUC) e Coordenadoria de Licenciamento e Monitoramento Ambiental (Colmam).
Na segunda etapa da pesca manejada em 2024, foram pescados 255 peixes, totalizando mais de 14 toneladas, e garantindo uma renda superior a R$ 130 mil. Todo o recurso arrecadado com a venda do Pirarucu é dividido entre os comunitários atendidos. A comercialização e divisão dos valores são de responsabilidade da Associação dos Seringueiros do Vale do Guaporé (Aguapé), que reúne as famílias tradicionais.
Para o governador de Rondônia, Marcos Rocha, o esforço dos comunitários, aliado ao suporte da equipe, foi fundamental para superar as metas estabelecidas, garantir que as necessidades das comunidades locais sejam atendidas, e ao mesmo tempo, proteger a fauna nativa.
CAPACITAÇÃO
A comercialização e divisão dos valores são de responsabilidade da Associação que reúne as famílias tradicionais
Conforme a analista ambiental da Sedam e coordenadora do manejo, Chirlaine Varão, as etapas anteriores à pesca, como a capacitação técnica e comunitária e o estudo populacional dos peixes, que nos permite definir a melhor estratégia para a pesca, foram fundamentais para o sucesso do projeto.
“Desde 2022, o projeto extraiu e comercializou 637 Pirarucus, totalizando 35.098 kg retirados do Rio Cautário, sendo 24.600 kg apenas em 2024. No que diz respeito à movimentação financeira, a iniciativa gerou mais de R$ 302.916,54 (trezentos e dois mil, novecentos e dezesseis reais e cinquenta e quatro centavos) ao longo de três anos, dos quais, R$ 220.243,50 (duzentos e vinte mil, duzentos e quarenta e três reais e cinquenta centavos) foram contabilizados somente em 2024”, destacou a coordenadora do manejo.
O secretário da Sedam, Marco Antonio Lagos, celebrou os resultados alcançados. “Conseguimos aumentar a eficácia das estratégias de manejo e controle graças ao empenho da equipe. Esse progresso é um exemplo do trabalho coletivo para enfrentar os desafios ambientais e promover a conservação dos recursos naturais”, ressaltou.
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