Proposta de Jaqueline Cassol aumenta prazo de pousio agrícola e beneficia os produtores rurais

Atualmente, o Código Florestal autoriza a interrupção temporária das atividades agrícolas, pecuárias ou silviculturais pelo prazo de cinco anos com o objetivo de recuperar o solo

Assessoria
Publicada em 23 de março de 2021 às 14:49
Proposta de Jaqueline Cassol aumenta prazo de pousio agrícola e beneficia os produtores rurais

Um projeto de lei de autoria da deputada federal Jaqueline Cassol (PP-RO) pretende alterar o Código Florestal Brasileiro para permitir que áreas agrícolas suspendam as atividades produtivas em até 20 anos. A proposta aumenta o prazo de pousio agrícola para as áreas ocupadas até 2008.

Atualmente, o Código Florestal autoriza a interrupção temporária das atividades agrícolas, pecuárias ou silviculturais pelo prazo de cinco anos com o objetivo de recuperar o solo. Depois disso, as terras sem uso tornam-se automaticamente reservas legais sem possibilidade de uso.

Pelo Código Florestal, hoje uma área rural consolidada é aquela com ocupação anterior a 22 de julho de 2008, com edificações, benfeitorias ou atividades agropecuárias.

De acordo com a deputada, o período é insuficiente para a total recuperação do solo para lavoura ou outra atividade. “Além disso, existem impedimentos que fogem à vontade do proprietário para cultivar o solo, como processos judiciais, heranças, acidentes de trabalho, doenças ou outros fatores adversos em que a terra fica parada sem ser usada pelo agricultor e vira capoeira”, afirmou.

“Recebi inúmeros relatos de produtores rurais que tiveram longos processos judiciais e a terra acabou ficando parada e quando puderam retornar aos trabalhos já haviam se passado os cinco anos e a área, que era consolidada para o uso da agropecuária, virou Reserva Legal”, contou.

Jaqueline Cassol explicou que o agricultor que  precise fazer uso do período de pousio, ao retonar às atividades terá de apresentar um laudo ambiental comprovando que a terra estava em uso com atividades agrícolas ou pecuária ou silvipastoris e não era reserva legal.

Tramitação
O projeto tramita em caráter conclusivo e será analisado pelas comissões de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural; de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

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