QUANDO OS VICES ROMPEM: CRISE NO ACRE É FILME QUE JÁ VIMOS EM RONDÔNIA E NO PAÍS

Também em Rondônia, quem é um pouco menos jovem, certamente lembra da relação conflituosa entre governadores e seus vices, embora haja também muitas histórias de fidelidade, ao lado dos seus companheiros de chapa até o fim. Os exemplos são da maioria da boa convivência do que os confrontos, mas esses, é claro, é que são notícia

Sérgio Pires
Publicada em 06 de julho de 2021 às 09:04
QUANDO OS VICES ROMPEM: CRISE NO ACRE É  FILME QUE JÁ VIMOS EM RONDÔNIA E NO PAÍS

A política tem História e muitas histórias. O cargo de vice-governador, como o de vice-presidente da República, é necessário para a imediata substituição do titular, em caso da eventual ausência do titular do cargo. Além disso, o vice auxiliará o titular do mandato sempre que por ele convocado para missões especiais. O resumo da ópera é esse. Mas, no mundo real, o vice pode se tornar pedra no sapato do seu companheiro de chapa, como é comum se saber neste mundo complicado da política. Um dos raros vices que jamais atrapalhou seu Presidente, ao menos nos tempos do Brasil moderno, foi Marco Maciel, que, aliás, faleceu há poucas semanas, saindo da cena da vida de uma forma tão simplória quanto atuou na política, sempre atuante, mas se postando num plano secundário. No geral, os conflitos entre os titulares dos cargos executivos e seus vices são históricos e barulhentos. Fernando Collor de Mello, por exemplo, caiu do poder com o apoio do seu vice, Itamar Franco. Foi o mesmo que aconteceu com Dilma Rousseff. O parceiro de chapa, Michel Temer, conspirou até que ela fosse cassada. Em ambos os casos, os vices assumiram o poder, quando os titulares caíram. Nos Estados, isso também se repete. Esse filme a gente já viu muitas vezes. O rompimento público entre o vice governador e o governador, ocorrido agora no Acre, é apenas mais um desses episódios que a história nacional e local registram. Isso ocorreu aqui mesmo em Rondônia, há vários anos atrás, quando Ivo Cassol comandava o Estado. Ele e sua então vice (do primeiro mandato) Odaisa Fernandes, tiveram uma briga dura, no começo da nova administração. Casos como Valdir Raupp e sua convivência conturbada com Aparício Carvalho, seu vice, também ficaram na história. Em nível de Porto Velho, a mais recente e barulhenta parceria rompida, foi entre o prefeito eleito para o primeiro mandato, Hildon Chaves e seu vice, Edgar do Boi. E Edgar ficou totalmente fora do governo municipal.

A história dos rachas entre políticos que ganharam eleições juntos, se repete seguidamente. Agora foi a vez do Acre. O vice-governador, Major Rocha, decidiu cair fora e, pior, “atirando”. Enquanto Gladson Cameli estava fora do Estado, o vice fechou seu gabinete e ainda mandou colocar uma placa na porta: "fechado por perseguição política, após denunciar casos de corrupção no governo do Estado do Acre". Há muitos outros exemplos de vices que entram em confronto com os titulares do governo, embora na maioria dos casos o assunto não chega ao público. Também em Rondônia, quem é um pouco menos jovem, certamente lembra da relação conflituosa entre governadores e seus vices, embora haja também muitas histórias de fidelidade,  ao lado dos seus companheiros de chapa até o fim. Os exemplos são da maioria da boa convivência do que os confrontos, mas esses, é claro, é que são notícia...

PROJETO DE LAERTE BENEFICIA MILHARES DE PRODUTORES EM FINANCIAMENTOS

O ex-presidente da Assembleia, deputado Laerte Gomes, é o autor de projeto que pode melhorar significativamente a vida dos produtores rurais do Estado. Pela proposta, aprovada na Assembleia e aguardando apenas a assinatura do governador Marcos Rocha, nas transações financeiras em que haja necessidade de garantias de financiamentos, quando não houver o documento definitivo da terra, o produtor poderá, via Idaron, fazer o bloqueio do rebanho bovino, como garantia dos empréstimos. Ou seja, enquanto a questão da regularização fundiária não anda e continua impedindo aqueles que precisam de financiamentos de conseguí-lo, Laerte encontrou uma inovação, para tentar amenizar esse problema. Segundo o parlamentar, o projeto “foi construído em conjunto com os Bancos, como Banco do Brasil e Basa, além de cooperativas”. O bloqueio do rebanho será a garantia principal em financiamentos rurais, que tem carência, que têm juros menores, prazos mais longos”. Atualmente, o financiamento só é conseguido quando há um avalista ou escritura da terra. Para Laerte, essa inovação vai dar um alento a milhares de produtores, sem acesso a financiamentos.

RONDÔNIA JÁ RECEBEU 978 MIL VACINAS, 102 MIL EM APENAS CINCO DIAS

A “população vacinável” de Rondônia, segundo números oficiais do governo do Estado, é de 1.316.398 pessoas. Elas estão em todos os grupos de risco e representam 75,22 de todos os cerca de 1.750.000 habitantes desta terra. Os “vacináveis” representam a população de 18 anos para cima, já que, para pessoas abaixo dessa idade, ao menos até agora, não há projeto de imunização, por desnecessário, ao menos que mude o planejado. Ou seja, com as mais de 978 mil doses de vacinas que já chegaram (aí se somam as mais de 102 mil vidas em diferentes lotes na semana passada) e se todas tivessem que ser aplicadas em duas doses (a Jansen, que teve apenas pequenos lotes enviados ao Estado, é de uma dose única!), poderíamos ter imunizado já quase 489 mil pessoas com as duas dosagens. Os números oficiais mostravam, até a segunda de manhã, que tinham sido aplicadas 525.161 primeiras doses e 165.905 da segunda. No total, 691.066 aplicações, obviamente sem os números do final de semana. O que preocupa mesmo é a diferença entre as duas doses: nada menos do que 359.256 doses.  

JAQUELINE CASSOL ENTRA NA CORRIDA PELA ÚNICA VAGA AO SENADO

Já são quatro, podem saltar para seis. Incluindo duas mulheres. Isso mesmo. A disputa da única cadeira ao Senado já tem pré-candidaturas do tamanho de Expedito Júnior, Daniel Pereira, Jaime Bagattoli e de Jesualdo Pires. A nominata cresceu com a decisão da deputada federal Jaqueline Cassol de concorrer também em 22, à vaga de Acir Gurgacz. Representando Cacoal, cidade onde mora e onde tem sua principal base eleitoral hoje, Jaqueline tem a seu favor o poderoso clã dos Cassol, como o empresário e ex-prefeito de Rolim de Moura, César Cassol e, principalmente do ex-governador Ivo Cassol, seus irmãos. Jaqueline tem tido um mandato de muito trabalho e dedicação nesse período em que está na Câmara Federal, tem o comando do PP no Estado e é um nome que pode ser muito viável, na corrida senatorial. O quinteto, contudo, pode ainda ter o sexto elemento, um nome que até agora não estava entre os possíveis, na briga pelo Senado.

MARIANA CARVALHO OUVE AS RUAS ANTES DE DEFINIR SUA ROTA DE 2022

Mariana Carvalho tem trabalhado arduamente para consolidar seu nome entre todo o eleitorado rondoniense e seu único projeto para 2022 era buscar mais um mandato para a Câmara Federal. Se conseguisse, entraria no terceiro período de quatro anos representando Rondônia no Congresso Nacional. Acontece que as  nuvens sempre mutantes da política começaram a mudar de lugar e, nos últimos tempos, o nome dela tem sido citado em rodas da política, nos bastidores e também em parte da mídia com uma possível candidatura ao Senado. Como a voz das ruas é sempre vital para a carreira de qualquer político, Mariana as está ouvindo. Por enquanto, não pretende mudar seu foco, garante. Mas diz estar surpresa com o assunto: “confesso que estou sendo surpreendida com essa repercussão do Senado”, sintetiza. O que isso quer dizer? Que a jovem parlamentar, outro destaque na nossa bancada federal, continuará com seus projetos iniciais, mas, como as nuvens da política, ela também pode mudar de opinião, caso o tema Senado cresça entre o eleitorado. Jaqueline é nome certo. Mariana, talvez!

FILA QUILOMÉTRICA PARA VACINAÇÃO NA BASE AÉREA DA CAPITAL

Foi um sucesso, porque mobilizou milhares de porto-velhenses. Foi um incômodo, porque muitos tiveram que esperar longo tempo até chegar sua vez . Poucas vezes se viu, na Capital, uma fila tão grande de carros. Ela começava na avenida Migrantes, já chegando perto da Rio Madeira, dobrava à esquerda na rótula da Jorge Teixeira (BR 319) na pista em direção ao Hospital de Base, atravessava toda a extensão do Espaço Alternativo e chegava à Base Aérea, onde a Prefeitura, em parceria com as autoridades militares, realizava mais um drive thru de vacinação. Foi no domingo de manhã. Embora o período da vacinação fosse longo, como sempre parece que todos decidiram se deslocar no mesmo horário, causando a enorme fila de veículos, de alguns quilômetros. Dentro da Base Aérea, o vice-prefeito Maurício Carvalho comemorava o sucesso da iniciativa e conclamava o porto-velhense a se vacinar. Pessoas com 38 anos ou mais já podiam ser imunizadas. A mobilização deu certo. Mais de três mil doses foram aplicadas. O coronel aviador Paulo Cézar Fischer da Silva, comandante Base Aérea, coordenou uma grande equipe de militares que, em parceria com os profissionais da Prefeitura, realizou um trabalho elogiável. 

POR QUE 800 PESSOAS NÃO TOMARAM A SEGUNDA DOSE DA VACINA?

Há coisas que não se compreende. Rondônia já recebeu, incluindo as 102.790 vacinas que chegaram durante a semana passada (de quarta a domingo), 978 mil doses de vacinas. Aplicou quase 690 mil, somando-se as duas doses. Mas há, ainda, 800 pessoas de Porto Velho que foram aos postos para receberem a primeira dose e não voltaram para a segunda. Todo o mundo já sabe, mas nunca é demais lembrar: “é muito importante tomar a segunda dose para concluir o esquema de vacinação. Sem a segunda dose você não estará imunizado", explica, pela enésima vez, a gerente do Departamento de Imunização, Elizeth Gomes. Ora, essas pessoas que estão deixando de se imunizar, continuam correndo risco de morte, caso peguem a doença, já que só uma dose não resolve nada e, mais que isso, ainda colocam em risco aqueles com quem convivem de perto, porque podem transmitir o vírus. É uma minoria, entre as mais de 217 mil pessoas vacinadas na Capital, mas essa minoria pode causar muitos danos. A si e aos outros!

ATLETAS  PROTESTAM, MAS NÃO FALAM DO RECORDE DE CUBA

A hipocrisia abunda no meio esportivo brasileiro. Muitos atletas criticam o governo brasileiro, inclusive participando de manifestações e dando depoimentos favoráveis a Lula, aquele acusado de muitos crimes e que está solto por uma excrescência do nosso PSTF, o maior e mais poderoso partido político do país. Muitos desses atletas viviam à custa de patrocínios de estatais como Petrobras, Correios e outras. Claro que, agora, perderam essa fatia importante de dinheiro, como o perderam artistas que viviam às custas da Lei Rouanet. Todos, pensando apenas seus interesses e, é claro, pouco pensando no país, defendem, por exemplo, países socialistas/comunistas (o que é a mesma coisa!) como se quisessem que o Brasil seguisse o exemplo. São malandros hipócritas. Nenhum deles fala que um atleta cubano, por exemplo, daqueles que ganham medalhas em Olimpíadas, recebem um salário de apoio de menos de 33 dólares, o que representa algo em torno de 180 reais. Não comentam também que Cuba tem outro título mundial: o de recorde de atletas de alta padrão que desertaram. Mas isso fica escondido, porque o discurso é defender o bolso. No Brasil e por conta do povo brasileiro.              

PERGUNTINHA

Você acredita que o Brasil ganhará medalhas de ouro nas Olimpíadas de Tóquio  em esportes como Vôlei, Boxe, Canoagem, Vela, Judô e Ginástica, como prevê nosso Comitê Olímpico?

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