Queiroz pagou cabos eleitorais de Flávio Bolsonaro com caixa 2
Após a quebra de sigilo bancário, investigadores constaram que Fabrício Queiroz fez 15 transferências bancárias para ao menos 4 cabos eleitorais da campanha de Flávio Bolsonaro ao Senado em 2018
Flávio Bolsonaro e Fabrício Queiroz (Foto: Ag. Senado | Reprodução)
Preso desde o mês de junho, o policial militar aposentado Fabrício Queiroz pagou com dinheiro de caixa 2 pelo menos quatro cabos eleitorais da campanha de Flávio Bolsonaro ao Senado, em 2018. São pessoas que trabalharam para a campanha do atual parlamentar, por meio de entrevistas gravadas, textos e vídeos. Os pagamentos constam da quebra de sigilo bancário de Queiroz, determinada pela Justiça do Rio de Janeiro no âmbito da investigação do caso da rachadinha.
De acordo com os números, Queiroz fez 15 transferências bancárias para essas pessoas, no total de R$ 12 mil. Os depósitos aconteceram entre 3 de setembro e 8 de outubro de 2018, período de campanha eleitoral até o dia seguinte ao primeiro turno. No período eleitoral, o ex-assessor do parlamentar sacou R$ 63,8 mil em dinheiro - sendo 11 saques de R$ 5 mil cada e outros de menor valor. Não há evidências de como o valor foi utilizado. Nenhum dos pagamentos foi declarado à Justiça Eleitoral. As estatísticas foram publicadas em reportagem do portal Uol.
Queiroz foi preso no dia 18 de junho em Atibaia (SP), onde estava escondido em um imóvel que pertence a Frederick Wassef, então advogado de Flávio - depois ele deixou a defesa do parlamentar. O ex-assessor é investigado por envolvimento em um esquema de "rachadinha" que ocorria na Assembleia Legislativa do Rio, onde o filho de Jair Bolsonaro cumpria mandato de deputado estadual antes de ser eleito para o Senado.
O dinheiro para os cabos eleitorais de Flávio Bolsonaro saiu de uma conta bancária pessoal de Queiroz, a mesma na qual ele recebeu pagamentos de assessores do gabinete do parlamentar Flávio Bolsonaro no caso da rachadinha - o esquema consiste na repartição ilegal de salários de funcionários do gabinete dele na Alerj.
O Ministério Público do Rio (MP-RJ) denunciou Flávio e Queiroz por peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa, no âmbito do inquérito que investiga a rachadinha. Segundo a investigação do MP-RJ, Queiroz usou o dinheiro do esquema para pagar ao menos R$ 261 mil das despesas pessoais do senador e sua família, como contas do plano de saúde e mensalidades da escola das filhas.
Ao comentar o dinheiro enviado a cabos eleitorais, o senador Flávio Bolsonaro afirmou que desconhece pagamentos feitos fora da determinação legal.
"Todos os pagamentos da campanha de 2018 foram registrados junto à Justiça Eleitoral e estão dentro das regras. O senador Flávio Bolsonaro desconhece qualquer tipo de pagamento que não tenha cumprido as determinações legais", disse a assessoria, em nota. "Quaisquer insinuações de irregularidade na campanha são mentirosas, não passam de ilações mal-intencionadas".
O advogado de Fabricio Queiroz, Paulo Emilio Catta Preta, disse que não conseguiria se posicionar porque o seu cliente está incomunicável, cumprindo prisão domiciliar. "Somente poderei tratar desses temas na minha próxima visita pessoal", afirmou.
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