Randolfe, Zenaide e Rose defendem adiamento das eleições

Senadores reforçaram a importância do corpo a corpo dos candidatos com os eleitores durante campanha eleitoral

Fonte: Agência Senado
Publicada em 18 de junho de 2020 às 16:51
Randolfe, Zenaide e Rose defendem adiamento das eleições

Randolfe Rodrigues, Zenaide Maia e Rose de Freitas reforçaram a importância do corpo a corpo dos candidatos com os eleitores durante campanha eleitoral, que ficaria prejudicado em razão da pandemia - Pedro França/Agência Senado

Em defesa da proposta de adiamento das eleições municipais de 2020, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) declarou que a pandemia do coronavírus, ainda fora de controle, exige enfrentar uma situação extraordinária com soluções extraordinárias.

— É um fenômeno da ciência, não da política. Não quero ser irresponsável para ir contra as recomendações emanadas pelos cientistas — disse o senador.

Randolfe sublinhou a opinião unânime dos especialistas ouvidos pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE): eles recomendam o adiamento das eleições em face da imprevisibilidade da trajetória de contaminação. No entanto, ele rejeitou propostas que levem à ampliação dos mandatos — situação que caracterizaria violação de cláusula pétrea da Constituição, conforme avaliou — e admitiu que será difícil estabelecer medidas sanitárias que restrinjam o acesso do eleitor às urnas.

A senadora Zenaide Maia (Pros-RN) citou a posição majoritária da ciência e as determinações da Organização Mundial de Saúde para defender o adiamento das eleições. Ela mostrou preocupação com o aumento de casos de coronavírus, aumentando a insegurança sobre o cumprimento do calendário eleitoral, e manifestou descrença em mecanismo de eleição à distância — segundo ela, o fator corpo a corpo é essencial numa campanha eleitoral, especialmente para prefeitos e vereadores.

— É praticamente um consenso: não vamos ter garantias no início de outubro. Se tivermos como adiar, por que não? — indagou.

Por sua vez, a senadora Rose de Freitas (Podemos-ES) disse que não é possível ser “mais realista que o rei” num momento de pandemia que classificou como cruel. A parlamentar considera “fora de questão” não adiar a eleição, e propôs a realização do pleito em dois dias para que a população participe com menos riscos.

— Não sei como o candidato poderá ir para a rua, bater no ombro do eleitor, fazer reuniões — declarou.

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