Reeducandos em Rondônia produzem máscaras para combate e prevenção do coronavírus
Treze presídios do Estado estão confeccionando máscaras e até o momento foram feitas aproximadamente 57 mil unidades, promovendo a reinserção social de homens e mulheres
Reeducandas exercem a ressocialização, remição e ocupação na confecção de máscaras no presídio feminino
O governo de Rondônia, por meio da Secretaria de Estado da Justiça (Sejus), vem promovendo a medida de reinserção social dos apenados (homens e mulheres) dentro dos presídios, com a utilização da mão de obra para qualificação. Treze presídios do Estado estão confeccionando máscaras para prevenção do coronavírus, onde até o momento foram feitas aproximadamente 57 mil unidades, por 81 reeducandos.
O Sistema Penitenciário em Rondônia está dividido em três regionais e cada regional produziu uma quantidade de máscaras. Para os apenados envolvidos na produção, além da remição de pena, que a cada três dias de trabalho reduzem um dia no sistema prisional, há a oportunidade de aprender novas atividades, podendo se tornar uma profissão após o cumprimento da pena, ou até mesmo de prestar serviços à comunidade dentro de suas habilidades.
De acordo com o secretário da Sejus, Marcus Rito, as máscaras vão atender as demandas dos Policiais Penais, nas movimentações internas de presos para setores de saúde, identificação, advogados, direção e todas as movimentações externas que dão atendimento à unidade de saúde e transferências. Uma parte das máscaras produzidas são doadas para pessoas carentes, incluindo os familiares dos reeducandos, prefeituras, Polícia Militar e o Departamento Estadual de Trânsito (Detran) de Rondônia.
Segundo a Sejus, o recurso para a confecção das máscaras vem de doações do Tribunal de Justiça (TJ-RO), Ministério Público (MP-RO) e direção dos presídios, que consegue os materiais com as instituições religiosas.
Na Penitenciária Estadual Suely Maria Mendonça (Porto Velho), têm 120 mulheres em regime fechado e 33 mulheres em regime provisório, destas, 12 apenadas trabalham na fabricação das máscaras. “É gratificante ver as apenadas trabalhando na produção destes materiais, pois vejo o esforço e a alegria que elas tem em poder estar ajudando e contribuindo de alguma forma nesse momento”, disse a diretora-geral Auricelia Gouvêa Caetano.
A fabricação das máscaras acontece dentro dos presídios, que possuem sala de costura para ornamentação e produção de uniformes dos apenados das unidades, produção de bolsas, estojos e banner.
A Penitenciária Estadual Suely Maria Mendonça iniciou a confecção no mês de abril e até o momento, as reeducandas confeccionaram 11 mil máscaras, produzindo média de 250 a 400 unidades por dia. As mulheres possuem curso de corte e costura e usam o molde fornecido pela unidade, de acordo com orientação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
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