Registro de Câncer de Base Populacional dará subsídio para monitoramento e ações de controle da doença em Rondônia
Os dados registrados atualmente pela Vigilância do Câncer são da rede hospitalar e, o RCBP deve lançar as primeiras informações a partir de setembro deste ano
Todas as instituições que atendem aos casos de câncer deverão fazer parte do sistema
Instalado em Rondônia desde o final de 2017, para coletar dados de ocorrências e características de todos os novos casos de câncer, como o número de incidências, a distribuição e tendência temporal na população pertencente às áreas geográficas de cada ponto de cobertura, o Registro de Câncer de Base Populacional de Rondônia (RCBP) monta um banco de dados de todas as instituição que atendem aos casos no Estado.
Segundo Rose Brito, coordenadora da Vigilância do Câncer da Agência Estadual de Vigilância em Saúde (Agevisa) e responsável pelo RCBP-RO, a ferramenta é composta por centros sistematizados de coleta, armazenamento e análise de dados de todos os novos casos.
“O banco de dados é imenso. As instituições da rede pública e privada, desde laboratórios, clínicas de oncologia, unidades de diagnóstico de imagem, anatomopatológicos, todos devem ser inseridos. Se trabalha com casos de câncer pode estar conectado à rede, porque são fontes de informações”, explica.
O sistema do Instituto Nacional do Câncer (Inca) foi liberado logo após a implantação e, em janeiro de 2018, os trabalhos foram iniciados no Estado. “Foi aí que começamos o treinando e capacitando as equipes municipais para a coleta dos dados e busca de fontes notificadoras. Agora nós estamos entrando na fase de ações efetivas, saindo da fase de treinamento para começarmos a liberar informações”, declara Rose.
“Gerar informações sobre o comportamento da doença é o maior objetivo do trabalho, subsidiando monitoramento e as ações de controle”, diz Rose Brito.
A coordenadora explica que os dados também dão subsídio para os gestores para decisões e formulações de políticas públicas, além de embasar pesquisas epidemiológicas. O RCBP não trabalha diretamente com os pacientes, pois tal responsabilidade da coordenação do Registro Hospitalar de Câncer.
Os primeiros municípios do interior que já estão inseridos no sistema são Alta Floresta, Cabixi, Guajará-Mirim, Nova Mamoré, Parecis, Presidente Médici, Monte Negro, Ouro Preto D’Oeste, Primavera de Rondônia, São Miguel do Guaporé, Rolim de Moura, Alvorado D’Oeste e Buritis.
Os dados registrados atualmente pela Vigilância do Câncer são da rede hospitalar e, o RCBP deve lançar as primeiras informações a partir de setembro deste ano. “Mesmo com a pandemia, já estamos vendo os dados começarem a ‘chegar’, mas ainda é muito novo e com poucos municípios fazendo o trabalho. Acredito que em mais duas semanas os 52 municípios estarão inseridos e poderão abastecer o banco”, conclui.
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