Representantes de Porto Velho participam de capacitação sobre leishmaniose

Doença apresenta diversidade e mudanças nos padrões epidemiológicos de transmissão. Novo tratamento será na metade do tempo

Superintendência Municipal de Comunicação (SMC)
Publicada em 05 de julho de 2021 às 11:15
Representantes de Porto Velho participam de capacitação sobre leishmaniose

Participaram da capacitação 80 profissionais de saúde de Rondônia

Representantes da Prefeitura de Porto Velho participaram, na sexta-feira (2), da capacitação on-line realizada pelo Ministério da Saúde (MS) sobre o protocolo de tratamento da leishmaniose.

A doença afeta a pele, mucosa e órgãos internos e é provocada por um protozoário. O novo tratamento é bastante esperançoso, deve reduzir pela metade o tempo do tratamento atual, de 180 dias (feito na unidade de saúde com medicação injetável), para 90 dias (na residência da pessoa, com medicação via oral).

A técnica do Departamento de Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde (Semusa), executora do Programa de Leishmaniose na capital, Rosilene Ruffato, representou o secretaria e será responsável pelo repasse das orientações aos demais servidores da Semusa.

Ao todo, participaram da capacitação 80 profissionais das regionais de saúde de Rondônia, sendo 12 de Porto Velho.

TREINAMENTO

Capacitação on-line foi realizada pelo Ministério da SaúdeCapacitação on-line foi realizada pelo Ministério da Saúde

O treinamento envolveu médicos, farmacêuticos e enfermeiros da atenção básica. O evento trouxe informações gerais sobre os tratamentos disponíveis para a doença, com foco na Miltefosina, uma droga pertencente à classe das alquilfosfocolinas, inicialmente empregada como agente tópico no tratamento de metástases cutâneas do câncer de mama.

A leishmaniose apresenta grande diversidade e mudanças nos padrões epidemiológicos de transmissão, em virtude das diferentes espécies de vetores.

As estratégias para o controle devem ser específicas, conforme a situação epidemiológica de cada local e região. É fundamental o conhecimento do maior número de casos suspeitos, diagnóstico, tratamento precoce dos casos confirmados, identificação do agente etiológico circulante na área, conhecimento das áreas de transmissão e redução do contato homem vetor por meio de medidas específicas.

Foram 77 casos autóctones de Leishmaniose Tegumentar de residentes de Porto Velho em 2010, enquanto em 2020 contabilizou 88. Nesse intervalo, a maior prevalência de casos foi nos anos 2012 (159 casos), 2016 (145 casos) e 2018 (142 casos), concentrados mais nos distritos.

Texto: Renata Beccária
Foto: Saul Ribeiro

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