Durante a sessão itinerante da Assembleia Legislativa de Rondônia (Alero), na abertura da 4ª Agroshow em Machadinho D’Oeste, o deputado Delegado Lucas (PP) usou a tribuna nesta quinta-feira (24) para destacar sua preocupação quanto a regularização fundiária, o desenvolvimento do agronegócio no estado e a prejudicialidade às famílias de Rio Pardo.

“São temas que estão intrinsecamente relacionados. Eu estive há poucos dias com o deputado Alex Redano em uma reunião na Sedam, e nós temos um problema muito grave na região do Rio Pardo. Lá tem um imbróglio que chega há quase 15 anos, e já tem encaminhado para uma resolução, mas uma resolução que será muito prejudicial a uma parcela considerável da população que lá se encontra”, disse.

Segundo o parlamentar, na área houve uma demarcação de 30 mil hectares para ser denominada futuramente a FES Rio Pardo, ou seja, uma Floresta Estadual. Lucas afirmou que, até pouco tempo, muitas das famílias residentes desta área não sabiam onde seria delimitada a FES.

“E a população que está nessa área teme que seja ordenado um despejo. E é uma população que eu conheço, algumas pessoas estão lá desde 1999, 2001. Com grande parte dessa área consolidada antes de 2008. É uma solução que muito nos preocupa, nós precisamos que esta Assembleia Legislativa esteja unida, que todos os 24 deputados ombreiem esforços porque é o andamento de uma decisão judicial que já está transitado em julgado por causa da omissão de governos anteriores, e ela tem caminhado para que no mês de novembro haja uma resolução”, afirma.

Em plenário, o deputado apontou a necessidade para avançar a discussão quanto a Rio Pardo, inclusive levando o caso ao Ministério Público de Rondônia (MP-RO) e Poder Judiciário. A proposta é encontrar soluções e não apontar apenas o problema. “Tem que construir algo que seja sustentável e que contemple, que faça justiça a todas as famílias do Rio Pardo, indistintamente”, ressaltou.

Lucas ainda destacou que na semana passada esteve acompanhando a Operação Mapinguari, no Parque Estadual Guajará-Mirim, onde visitou as famílias da Linha 7. O parlamentar disse buscar diálogo para que a desocupação seja feita da melhor forma possível, dentro dos limites da decisão judicial.