Ronaldinho tinha passaporte original com dados falsos, diz MP
Polícia informa que origem dos documentos será analisada
© Divulgação/ Ministério Público do Paraguai/Direitos reservados
Os passaportes paraguaios que o ex-jogador de futebol Ronaldinho Gaúcho e seu irmão e empresário, Roberto de Assis Moreira, portavam ao ingressar no Paraguai na manhã de ontem (4) são autênticos, mas foram preenchidos com informações falsas.
A afirmação é do promotor do Ministério Público do Paraguai, Federico Delfino. Ele informou que a origem dos documentos será investigada.
Ao conversar com jornalistas, Delfino confirmou hoje que Ronaldinho, Assis e um terceiro brasileiro, o empresário que representa o ex-atleta no Paraguai, Wilmondes Sousa Lira, responderão por uso de documentos públicos com conteúdo falso. Crime passível de prisão.
Autoridades paraguaias contactaram órgãos oficiais do Brasil para verificar a situação documental de Ronaldinho. O motivo é que, em novembro de 2018, o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJ-RS) determinou que os passaportes do ex-jogador e de seu irmão fossem apreendidos até que uma multa, estipulada em 2015, por condenação por crime ambiental, fosse paga.
Em setembro, a dupla fez um acordo com o Ministério Público estadual (MP-RS), se comprometendo a pagar uma indenização superior a R$ 8,5 milhões para reaver os documentos. De acordo com o MP, as autoridades brasileiras consultadas informaram que a situação já foi regularizada – informação confirmada à Agência Brasil pela assessoria do MP-RS.
Abordados na noite dessa quarta-feira, horas após terem desembarcado no Paraguai, Ronaldinho e o irmão não estão detidos, mas permanecem em Assunção, sob custódia. Já Lira, detido ontem à noite, após policiais e promotores revistarem os pertences dos três brasileiros, continua preso.
Passaportes falsos
Durante as buscas realizadas na suíte presidencial do Resort Yacht e Golf Club, na cidade de Lambaré, próximo à capital, Assunção, foram apreendidos, além dos passaportes falsos, cédulas de identidade falsificadas com dados pessoais de Ronaldinho e de Assis, além de aparelhos celulares.
Esta manhã, Ronaldinho e Assis compareceram à Unidade Especializada contra o Crime Organizado, do Ministério Público paraguaio. Acompanhados por advogados locais, o ex-jogador e seu irmão prestaram novos depoimentos, reforçando informações já fornecidas ontem.
De acordo com o Ministério Público paraguaio, os três afirmam terem viajado ao Paraguai à convite do dono do cassino Il Palazzo, o brasileiro Nelson Belotti. Já no país, foram procurados por representantes de uma fundação de assistência, a Fraternidade Angelical, que convidou Ronaldinho a participar de eventos beneficentes.
A reportagem não conseguiu contato com os representantes de Ronaldinho Gaúcho e de Roberto de Assis Moreira. Os números de telefones de contato associados a Wilmondes Sousa Lira na internet também não lhe pertencem.
* Texto alterado às 14h48 do dia 6 de março para correção de informação. Federico Delfino é promotor do Ministério Público do Paraguai. Na matéria anterior, havíamos informado, erroneamente, que Delfino era delegado.
Governo afirma que transmissão comunitária de coronavírus vai ocorrer
País tem nove pacientes confirmados com Covid-19
Tite convoca 23 jogadores para as eliminatórias da Copa do Catar
As novidades são os meia-campistas Everton Ribeiro e Bruno Guimarães
Roubo da Emergência: MPF é contra prescrição da pena de condenado
“Chagas do Sabão”, condenado por quatro assassinatos, foi preso esta semana
Comentários
Seja o primeiro a comentar
Envie Comentários utilizando sua conta do Facebook