Saiba como se proteger da 'doença do beijo' no Carnaval

Mononucleose pode ser transmitida por meio do contato com saliva contaminada

Fonte: Agência VFR - Publicada em 01 de março de 2025 às 13:14

Saiba como se proteger da 'doença do beijo' no Carnaval

O Carnaval está chegando e milhares de foliões já se preparam para dias de festa e muita animação. No entanto, em meio à celebração, é essencial manter os cuidados com a saúde, especialmente em relação à mononucleose, popularmente chamada de "doença do beijo".

A infecção, causada principalmente pelo vírus Epstein-Barr, pode ser transmitida por meio do contato com saliva contaminada, tornando os blocos de rua e festas lotadas, ambientes propícios para sua disseminação. Além do Epstein-Barr, outros agentes infecciosos, como citomegalovírus e toxoplasma, também podem causar a doença.

“Ela é mais frequente entre adolescentes e jovens adultos, na faixa etária de 15 a 25 anos. Os sintomas podem incluir fadiga intensa, febre, dor de garganta, placas na garganta, dores no corpo e cefaleia”, explica o infectologista Fernando de Oliveira, coordenador do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH) do São Luiz Morumbi.

Nos estágios iniciais, a mononucleose pode ser confundida com outras infecções virais. “O que pode sugerir um quadro de mononucleose é o aparecimento de gânglios inchados, especialmente no pescoço, além de manchas na pele”, complementa o médico.

Embora a maioria dos casos evolua sem complicações, alguns pacientes podem desenvolver problemas mais sérios, como inflamação no fígado e no baço, alterações no sangue e, em raros casos, ruptura do baço, inflamações no coração ou problemas neurológicos.

O diagnóstico requer avaliação médica e exames laboratoriais. Como não há um tratamento específico para a infecção, os cuidados incluem repouso, boa hidratação, uso de analgésicos para controle da febre e, em alguns casos, corticoides para alívio da inflamação.

Para reduzir o risco de contágio, é importante evitar o contato direto com a saliva de pessoas infectadas, além de não compartilhar copos, talheres e objetos de uso pessoal.

“Medidas simples, como manter a higiene das mãos e fortalecer o sistema imunológico com alimentação equilibrada, hidratação e descanso adequado, ajudam na prevenção”, destaca o especialista do São Luiz Morumbi, unidade da Rede D’Or localizada na zona Sul da capital paulista.

Além da mononucleose, o Carnaval também exige atenção redobrada para outras doenças como as infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) e até mesmo gripes e resfriados.

“Para curtir a folia com segurança, é fundamental adotar medidas preventivas e estar atento a sua saúde. Se estiver com sintomas, evite contato com outras pessoas e busque atendimento médico”, orienta o infectologista. 

Saiba como se proteger da 'doença do beijo' no Carnaval

Mononucleose pode ser transmitida por meio do contato com saliva contaminada

Agência VFR
Publicada em 01 de março de 2025 às 13:14
Saiba como se proteger da 'doença do beijo' no Carnaval

O Carnaval está chegando e milhares de foliões já se preparam para dias de festa e muita animação. No entanto, em meio à celebração, é essencial manter os cuidados com a saúde, especialmente em relação à mononucleose, popularmente chamada de "doença do beijo".

A infecção, causada principalmente pelo vírus Epstein-Barr, pode ser transmitida por meio do contato com saliva contaminada, tornando os blocos de rua e festas lotadas, ambientes propícios para sua disseminação. Além do Epstein-Barr, outros agentes infecciosos, como citomegalovírus e toxoplasma, também podem causar a doença.

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“Ela é mais frequente entre adolescentes e jovens adultos, na faixa etária de 15 a 25 anos. Os sintomas podem incluir fadiga intensa, febre, dor de garganta, placas na garganta, dores no corpo e cefaleia”, explica o infectologista Fernando de Oliveira, coordenador do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH) do São Luiz Morumbi.

Nos estágios iniciais, a mononucleose pode ser confundida com outras infecções virais. “O que pode sugerir um quadro de mononucleose é o aparecimento de gânglios inchados, especialmente no pescoço, além de manchas na pele”, complementa o médico.

Embora a maioria dos casos evolua sem complicações, alguns pacientes podem desenvolver problemas mais sérios, como inflamação no fígado e no baço, alterações no sangue e, em raros casos, ruptura do baço, inflamações no coração ou problemas neurológicos.

O diagnóstico requer avaliação médica e exames laboratoriais. Como não há um tratamento específico para a infecção, os cuidados incluem repouso, boa hidratação, uso de analgésicos para controle da febre e, em alguns casos, corticoides para alívio da inflamação.

Para reduzir o risco de contágio, é importante evitar o contato direto com a saliva de pessoas infectadas, além de não compartilhar copos, talheres e objetos de uso pessoal.

“Medidas simples, como manter a higiene das mãos e fortalecer o sistema imunológico com alimentação equilibrada, hidratação e descanso adequado, ajudam na prevenção”, destaca o especialista do São Luiz Morumbi, unidade da Rede D’Or localizada na zona Sul da capital paulista.

Além da mononucleose, o Carnaval também exige atenção redobrada para outras doenças como as infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) e até mesmo gripes e resfriados.

“Para curtir a folia com segurança, é fundamental adotar medidas preventivas e estar atento a sua saúde. Se estiver com sintomas, evite contato com outras pessoas e busque atendimento médico”, orienta o infectologista. 

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