Saneamento básico – o eterno problema

Entra governo, sai governo, pouco ou quase nada tem sido feito para, pelo menos, amenizar o sofrimento da população

Valdemir Caldas
Publicada em 03 de setembro de 2021 às 10:52
Saneamento básico – o eterno problema

Um problema extremamente grave, mas que parece não incomodar políticos e administradores da coisa pública. Trata-se da questão do saneamento básico, principalmente na cidade de Porto Velho. Do bairro Jardim Eldorado, passando pelo Mariana, até o Esperança da Comunidade, a situação é de calamidade pública. Entra governo, sai governo, pouco ou quase nada tem sido feito para, pelo menos, amenizar o sofrimento da população.

Normalmente, os percentuais reservados nos orçamentos para as obras de saneamento são ínfimos, tornando o quadro cada vez mais dramático. No passado, era comum administradores aplicarem mais recursos na produção e divulgação de informações do que mesmo na melhoria dos serviços públicos essenciais à vida da população. Recordo-me de um caso em que dos mais de sete milhões destinados no orçamento para o gabinete do prefeito, à época, dois milhões e meio foram reservados para publicidade oficial.

É difícil acreditar, mas é a pura realidade, especialmente quando se sabe que a carência de saneamento básico é responsável por mais de sessenta por cento das internações hospitalares e pelo já elevado índice de mortalidade infantil, no Brasil, sobretudo em algumas regiões do Nordeste. Enquanto as promessas não saem do papel, a população continua entregue à própria desdita, vivendo no charco e na lama, em bairros miseráveis, sem drenagem, rede de esgoto, água tratada, enfim, sem as mínimas condições de habitabilidade e dignidade.

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