Sangue 0 positivo zerou; professores e estudantes da Unir, soldados do 5º BEC e controladores de voo irão doar

Na sexta-feira da semana passada (6), o estoque de bolsas era de 77, no sábado aumentou para 79 e na segunda-feira cedo baixou para 50

Montezuma Cruz Fotos: Edcarlos Ferreira
Publicada em 13 de março de 2020 às 14:58
Sangue 0 positivo zerou; professores e estudantes da Unir, soldados do 5º BEC e controladores de voo irão doar

Tainan Cristina doou sangue O+ na manhã desta sexta-feira; Fhemeron abre campanha

O estoque de sangue O+ baixou à metade, esta semana, mobilizando a equipe da Fundação para mais uma campanha. Esse é o sangue mais comum em todo o mundo e muito procurado nos bancos do mundo todo.

Na sexta-feira da semana passada (6), o estoque de bolsas era de 77, no sábado aumentou para 79 e na segunda-feira cedo baixou para 50.

Ontem (12) foi o dia mais crítico na Fundação de Hematologia e Hemoterapia (Fhemeron): havia apenas 36 bolsas, insuficientes para atendimento à demanda em Porto Velho. Ao mesmo tempo, em duas semanas, foram atendidos sucessivos pedidos de sangue para cirurgias de emergência.

Não apenas a pandemia mundial de coronavírus preocupa, mas todos os demais sintomas gripais do atual período do ano. Segundo a coordenadora de captação, assistente social Maria Luíza Pereira, em ligações telefônicas aos doadores, a Fhemeron soube que a maioria deles está gripada.

A Fhemeron iniciou o trabalho com o apoio da Universidade Federal de Rondônia (Unir), 5º Batalhão de Engenharia e Construção e Ala 6 da Força Aérea Brasileira (FAB).  Na próxima sexta-feira, a equipe irá coletar sangue O+ dos controladores de voo.

Mote da nova campanha, produzido pela Secom

Esse tipo é conhecido como o doador universal, porque possui anticorpos A e B, só podendo receber sangue de pessoas do tipo O. Quem tem sangue O+ pode doar para pessoas com tipagem O+, A+, B+ e AB+.

O sangue O+ é o mais comum de todo o mundo. Está presente em um de cada três indivíduos, o que significa que 37,4% da população possuem o tipo sanguíneo.  Mesmo assim, nem todos os grupos étnicos possuem idêntica proporção do tipo. Em caucasianos, o sangue O+ está presente em aproximadamente 37% das pessoas, enquanto para descendentes de africanos sobe para 47%, em hispânicos 53% e 39% para asiáticos.

BOA AÇÃO 

Tainan Cristiane, técnica administrativa moradora no Bairro Ulisses Guimarães (zona leste da Capital), doou pela segunda vez na manhã desta sexta-feira (13).

“Um colega de trabalho pediu-me para atender o filho da amiga”. No entanto, a sala tinha doadores de outros tipos sanguíneos, menos do O+.

“Sangue não se compra em farmácia, precisamos uma vez mais do gesto de solidariedade das pessoas”, apelou Maria Luíza.

Para coleta, a Fhemeron atende das 7h às 19h, de segunda-feira a sexta-feira, e aos sábados, das 7h às 13h.

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