Sangue novo, vampiros e cuequeiro
Afinal, o veredito é sempre do eleitor, mais amadurecido a cada disputa, mesmo quando sua escolha recai sobre candidatos que, tão logo eleitos, se transformam e agem no sentido inverso daquele que seria lícito esperar
As eleições para a Câmara de Vereadores de Porto Velho se têm caracterizado, de tempos a este, pela presença de políticos bastantes conhecidos da população. Em tese, isso tem levado partidos a desmerecer o respeito de expressiva parcela do eleitorado, que reclama mudança nas nominatas de candidatos. Não por acaso, a cúpula de um deles resolveu apostar em sangue novo na disputa pelo poder legislativo municipal, no pleito que se avizinha, manifestando, desde já, meus cumprimentos aos membros da agremiação pela iniciativa, que considero das mais justas.
Diante dessa comprovação, soa salutar o anuncio de alguns pré-candidatos, como os advogados Valnei Rocha e Caetano Neto, e a empresária Ingrid Gurgel, entre outros aspirantes. Não quero com isso, invalidar a participação de políticos experientes em qualquer eleição. Afinal, o veredito é sempre do eleitor, mais amadurecido a cada disputa, mesmo quando sua escolha recai sobre candidatos que, tão logo eleitos, se transformam e agem no sentido inverso daquele que seria lícito esperar.
Se, por um lado, fico satisfeito quando vejo entre os preferidos pela população pessoas que, por sua conduta pessoal e seu amor à causa pública, geram esperanças que há muito tempo estão ausentes da vida politica local, especialmente no âmbito do legislativo municipal, por outro, não consigo esconder minha decepção com o aparecimento nas recentes pesquisas eleitorais de vampiros e um cuequeiro, que sugaram e sugam o povo e ainda teimam em buscar nele a satisfação de seus mais recônditos interesses. Por isso, temem a presença de sangue novo.
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