Secretário de Estado da Educação afirma que não pode mais adiar retorno das aulas presenciais

De acordo com o secretário, não há uma data definida até o momento, uma vez que os Municípios de Rondônia estão sendo consultados e devem opinar sobre tal decisão

Assessoria
Publicada em 07 de julho de 2021 às 09:45
Secretário de Estado da Educação afirma que não pode mais adiar retorno das aulas presenciais

O Sintero reuniu-se nesta terça-feira (06/07), com o Secretário de Estado da Educação, Suamy Vivecananda Lacerda Abreu, para tratar sobre o possível retorno das aulas prenseciais na Rede Pública Estadual. O sindicato reafirmou que seu posicionamento é contrário ao retorno presencial até que a categoria esteja devidamente imunizada e reivindicou a antecipação da segunda dose das vacinas como principal condição estabelecida pelos trabalhadores e trabalhadoras em educação para a volta às aulas.  

Durante a reunião, Suamy Vivecananda comunicou que a Secretaria de Estado da Educação (Seduc) recebeu documento dos órgãos de controle orientando que a volta às aulas presenciais inicie na primeira semana de agosto. A partir da recomendação, a Secretaria tomou providências para organizar e operalizar os detalhes do retorno, que deve ocorrer de forma híbrida. De acordo com o secretário, não há uma data definida até o momento, uma vez que os Municípios de Rondônia estão sendo consultados e devem opinar sobre tal decisão.  

O Sintero manifesta preocupação diante do anúncio, visto que as taxas de transmissão do coronavírus permanecem em alta no Estado e o ambiente escolar tende a contribuir para um novo acréscimo dos percentuais já que trata-se de um local de grande circulação de pessoas. Destaca-se que Rondônia está entre os seis Estados que ainda têm menos de 10% de sua população imunizada com as duas doses ou dose única da vacina contra a Covid-19, de acordo com dados do site G1. O sindicato também faz uma alerta quanto ao ensino híbrido e os prejuízos que tendem a ser causados em razão desse modelo de ensino, já que os alunos  frequentarão as escolas em dias alternados, respeitando a lotação da sala de aula de no máximo 25% e, portanto, não terão acompanhamento integral dos professores e professoras, como vem sendo feito através da aulas remotas. Ou seja, através das aulas remotas são ofertados conteúdos pedagógicos todos os dias, com assistência e orientação dos docentes de forma íntegra. Com o ensino híbrido, o acompanhamento desses alunos será reduzido em 50%.  

 Na oportunidade, o sindicato ressaltou ainda que fará intervenção jurídica em favor dos trabalhadores/as em educação caso seja necessário, pois teme que as novas atribuições que agora devam incluir o atendimento presencial, remoto e a organização e entrega de materiais impressos, extrapolem a carga horária da categoria gerando mais sobrecarga de trabalho.  

Para o Sintero, além da completa imunização, é indispensável que sejam ofertados os materiais de proteção individual e os protolocos sanitários nas instituições de ensino sejam implantados de forma rígida.

O Sintero encaminhou ofícios aos órgãos de controle, fazendo todas essas argumentações e pedindo o adiamento do retorno presencial até outubro, quando grande parte da categoria receberá a segunda dose da vacina contra a Covid-19. Caso não seja atendido, o sindicato solicita que a Agência Estadual de Vigilância em Saúde de Rondônia (Agevisa) autorize a antencipação da vacinação da categoria como forma de minimizar os risco de contaminação da comunidade escolar. 

 “Queremos ressaltar que não somos contrários ao retorno das aulas presenciais, desde que seja feito de forma segura e isto só será possível com a completa imunização de todos e todas. Não podemos correr esse risco, pois estamos tratando de milhares de vidas”, disse a presidenta do Sintero, Lionilda Simão.   

Comentários

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    joao carlos 08/07/2021

    O governador de RO não tem capacidade de governar e nem pulso. Fica se inspirando no presidente sem futuro. É imprescindível acelerar a vacinação para todos, somente após isso se pode falar em retorno presencial às aulas. Se retornar agora, vai ter que parar em seguida pois os casos de covid-19 aumentarão. É burrice fazer isso agora. Rondônia só tem 9% da população imunizada.

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    Francisco Xavier 08/07/2021

    As declarações do secretário de educação não causam nenhuma surpresa, porque foi o mesmo Suamy Lacerda que mandou queimar milhares de obras da Literatura Brasileira, logo nos primeiros dias depois de ser empossado e ainda retirou dos profissionais da educação o Auxílio Transporte, mesmo sabendo que precisamos ir até as escolas buscar atividades impressas, porque a SEDUC jamais disponibilizou para os alunos e professores um sistema de acesso à internet. Não dá para esperar muita coisa de uma pessoa com esse perfil. Neste caso esperamos que as autoridades sanitárias tenham algum respeito pelos profissionais da educação e observem as normas científicas que estabelecem a garantia de imunização a partir da segunda dose de vacina, no caso das vacinas que foram aplicadas na grande maioria dos profissionais. Uma pessoa que manda queimar obras da Literatura Brasileira não pode dar opinião sobre imunização de pessoas em relação à covid-19. Neste período de pandemia centenas de profissionais da educação perderam a vida e muitos deles foram contaminados exatamente nas escolas. Além disso, dizer que o estado está preparado para a volta às atividades presenciais é de uma estupidez incomensurável, porque o estado está entre os mais atrasados do Brasil, quanto à aplicação da vacina. Isso sem falar que não houve a ampliação do número de vagas em UTI e aglomeração de alunos e professores pode causar uma tragédia no estado. Para resumir esse secretário em duas palavras, eu diria que ele, além de ser incompetente, é um nefelibata!!!

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    Gilzélia Pereira 07/07/2021

    Qualquer governo mediano que tenha como um de seus instrumentos de trabalho o bom senso estaria programando “planejando” um retorno seguro das aulas presencias para fevereiro de 2022 no macro. Subestimar esse vírus é brincar com a morte e os números estão aí para quem quiser consultá-los. Não se tratou de auxilio internet na reunião? Poxa Sintero deixou margem para os filiados reclamarem. Acredito que todos os presentes na reunião sabem que os professores da rede estadual de ensino bancam internet do próprio bolso para ministrar aulas e não deixar esses alunos desassistidos porque a SEDUC lavou as mãos em relação a isso. O grande problema hoje no país é que temos vários negacionistas vacinados e torcendo pelo pior não é senhor Marcos Rocha? O secretário de educação é um ótimo profissional carreira e pode ser melhor, mas falta ele lembrar de quando era professor sala de aula e diretor de escola das dificuldades que ele passou e que nós passamos todos os dias desde o inicio dessa pandemia. Apoio o retorno das aulas presencias de forma segura para todos os seus atores comunidade escolar/escola. Outra coisa, meu filho só retorna ao ambiente de ensino quando Rondônia estiver pelos o menos 75% da população vacinada e isso talvez aconteça no segundo semestre de 2022.

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