Sem casos confirmados do coronavírus, Sesau orienta sobre prevenção e locais de atendimento à população de Rondônia
A Sesau reuniu-se na sexta-feira com o prefeito de Porto Velho, Hildon Chaves, para otimizar os fluxos de atendimento e não induzir pânico à população
Secretário Fernando Máximo orientou a população sobre a prevenção
Sem casos confirmados de coronavírus no Brasil, o secretário de Estado da Saúde, Fernando Máximo, e a diretora da Agência de Vigilância em Saúde (Agevisa), Ana Flora Gerhardt, receberam a imprensa na sexta-feira (31) para reafirmar as orientações sobre cuidados e fluxos de atendimentos, conforme protocolos nacionais e internacionais da Organização Mundial de Saúde (OMS).
O Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (Cievs) da Agevisa fornece atendimento durante 24 horas, com técnicos qualificados para orientar e tirar dúvidas da população.
O Comitê de Prevenção, Controle e Enfrentamento do Coronavírus, criado pela Sesau, está em contínuo contato com o Ministério da Saúde, segundo o secretário Fernando Máximo, que participará de uma reunião no Ministério da Saúde, em Brasília, com todos os secretários estaduais de saúde do país e o ministro Luiz Henrique Mandetta, para definir mais estratégias.
Em contato com as prefeituras municipais, a Sesau também reuniu-se na sexta-feira com o prefeito de Porto Velho, Hildon Chaves, para otimizar os fluxos de atendimento e não induzir pânico à população. Segundo o secretário, apenas os exames confirmam o coronavírus, então, as orientações quanto à prevenção são de suma importância.
“A secretaria municipal de saúde de Porto Velho tem realizado treinamentos com todo o efetivo de saúde, mas o coronavírus não difere de outros vírus diante dos cuidados de prevenção e disseminação, e mesmos cuidados no enfrentamento geral desse vírus”, afirmou Máximo.
Sinais e sintomas sugestivos são os já conhecidos de uma virose de vias aéreas comum, como febre, tosse e desconforto respiratório. O caso suspeito tem que apresentar os sinais e sintomas, mas também ter tido contato com uma pessoa que esteve na China recentemente e que apresente os mesmos sintomas da doença. Existe um período de incubação da doença, que pode demorar até 14 dias para apresentar esses sinais e sintomas.
O fluxo de atendimentos para quem tem suspeita de coronavírus é procurar unidades básicas de saúde ou as Unidades de Pronto Atendimento (UPA’s). “Tanto crianças como adultos serão atendidos, avaliados e, em maioria, liberados para casa, mesmo sendo suspeitos ou caso confirmado, para tratamento”, como explicou o secretário de saúde.
Somente os pacientes com indicação de internação serão encaminhados para hospitais de referência.
“Não é pra ir pro Cemetron, João Paulo II e Cosme e Damião. O fluxo criado pelo Ministério da Saúde deve ser seguido, evitando as possibilidades de contato, para prevenir a transmissão dessa doença”, explica Fernando Máximo.
PREVENÇÃO
Com tosse, febre ou contato com alguém que esteve na China recentemente e está apresentando sinais suspeitos ou já confirmados do coronavírus:
Evitar contato com outras pessoas
Evitar compartilhar talheres, copos, garrafas e escova de dente
Evitar tossir perto das pessoas, utilizar lenço no rosto ao espirrar e tossir
Lavar as mãos muitas vezes por dia
Usar máscara para evitar disseminar partículas e gotículas de saliva
Evitar colocar a mão na boca, olhos e nariz
Manter as janelas abertas e lugares arejados
Evitar aglomerados de pessoas
Cozinhar ou fritar bem as carnes e ovos
TRATAMENTO
A maioria dos pacientes suspeitos serão tratados em suas casas, verificando a evolução dos casos, com medicamento sintomático, conforme protocolo nacional e internacional. Antitérmico para febre e analgésico para dor, com falta de ar faz-se a nebulização, segundo critérios médicos, somado à orientação de prevenção que resulta na cura da doença.
Não existe um medicamento específico para o coronavírus. Se houver complicações, os pacientes precisam ficar internados, como em casos de insuficiência respiratória ou renal.
As pessoas suspeitas são submetidas a exames, coletados e avaliados em Porto Velho para descartar gripe, H1N1 e outras doenças, e outras amostras são enviadas à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) para confirmar ou descartar o coronavírus em sete dias.
O coronavírus pode ocasionar morte, porém, como explicou a Sesau, há menos de 2% de mortalidade em pacientes que apresentaram a doença em 2020, 95% dos casos confirmados são leves. “Agora que a OMS decretou estado de emergência, de importância internacional, as pessoas ficam mais alertas, tomam providências para prevenir e enfrentar melhor os pacientes com as doenças, o que tende a diminuir a mortalidade”, disse Máximo.
De acordo com o secretário Fernando Máximo, Rondônia tem dois casos suspeitos de coronavírus em Porto Velho. Um casal que estava em São Paulo no dia 20 de janeiro pegou um táxi compartilhado com um chinês que tossia bastante. Seis dias após, o homem começou a apresentar sintomas e sinais sugestivos e, com oito dias, a mulher. Como pacientes, os dois já estão seguindo o protocolo de prevenção e tratamento. Os exames estão sendo enviados à Fiocruz para descartar ou confirmar a doença.
Dúvidas e orientações podem ser sanadas por meio Cievs, com atendimento gratuito por técnicos durante 24 horas no 0800-642-5398.
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