Senadores defendem general Luiz Eduardo Ramos, atacado por Ricardo Salles

No Twitter, Alcolumbre explicitou sua posição, fazendo referência ao desentendimento entre Ramos e o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles

Fonte: Agência Senado
Publicada em 26 de outubro de 2020 às 14:07
Senadores defendem general Luiz Eduardo Ramos, atacado por Ricardo Salles

O presidente do Senado e do Congresso Nacional, senador Davi Alcolumbre, ressaltou a relevância que vem tendo o diálogo e a relação institucional do Parlamento com o ministro Luiz Eduardo Ramos, da Secretaria de Governo. No Twitter, Alcolumbre explicitou sua posição, fazendo referência ao desentendimento entre Ramos e o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles.

"Sem entrar no mérito da questão, faço duas ressalvas. 1. Como chefe do Legislativo, registro a importância do @MinLuizRamos na relação institucional com o Congresso. 2. Não é saudável que um ministro ofenda publicamente outro ministro. Isto só apequena o governo e faz mal ao Brasil", apontou Alcolumbre em postagem no sábado (24).

Entenda o caso

Na quinta-feira, o jornal O Globo publicou uma reportagem apontando que Salles "esticava a corda" com a ala militar do governo, ao reclamar da falta de recursos para o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama). Salles atribuiu a Ramos a origem da notícia, ao postar no Twitter: "ministro Luiz Ramos, não estiquei a corda com ninguém. Tenho enorme respeito e apreço pela instituição militar. Atuo da forma que entendo correto. Chega dessa postura de #mariafofoca”.

Em resposta, Ramos também postou na rede social que "uma boa conversa apazigua as diferenças. Intrigas não resolvem nada, muito menos quando envolvem questões relacionadas ao país. Eu e Ricardo Salles prosseguimos juntos em nome do presidente Bolsonaro e em prol do Brasil". Já no domingo, Salles fez as pazes ao postar: "conversei com o @MinLuizRamos, apresentei minhas desculpas pelo excesso e colocamos um ponto final nisso".

Outras reações

Antes de Salles e Ramos resolverem as diferenças, outras lideranças se posicionaram sobre a polêmica. O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), postou no sábado que "o ministro Ricardo Salles, não satisfeito em destruir o meio ambiente do Brasil, agora resolveu destruir o próprio governo".

Senadores que representam o governo no Parlamento ressaltaram a importância do trabalho político do ministro Ramos. Para o líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), é "importante dar o testemunho do competente trabalho de articulação política realizado pelo ministro Luiz Eduardo Ramos, para construir e preservar uma relação harmônica e de confiança entre o presidente Bolsonaro e a base do governo no Senado", postou no sábado, antes do desfecho do caso.

A linha foi seguida pelo vice-líder do governo, senador Eduardo Gomes (MDB-TO): "É sempre bom ressaltar o papel de articulação e a segurança política que transmite o ministro @MinLuizRamos pela sua forma respeitosa de desenvolver com o Congresso Nacional e com todos os líderes, por tanto sempre renovada nossa confiança na sua seriedade e articulação. Garantia de bons resultados ao governo do presidente @jairbolsonaro", pontuou Gomes.

O presidente e líder do PP no Senado, Ciro Nogueira (PI), também se manifestou: "O Progressistas manifesta total apoio ao trabalho do ministro-chefe da Secretaria de Governo da Presidência da República, @MinLuizRamos. Sua atuação tem sido fundamental na construção e estabilidade de uma base sólida no Parlamento".

Meio Ambiente

O presidente da Comissão de Meio Ambiente do Senado, Fabiano Contarato (Rede-ES), não se referiu diretamente às desavenças entre os ministros. Mas voltou a criticar a política de "sucateamento" dos órgãos de proteção ambiental.  

"Sem dinheiro, o Ibama recolheu seus brigadistas no país. Precisou chegar a isso para o governo prometer, no dia seguinte, liberar verba de combate a incêndios. Irresponsabilidade. Já pedimos à Justiça ação imediata do governo contra queimadas e desmatamento. É grave problema o sucateamento, o esvaziamento dos órgãos de proteção e fiscalização, hoje sem recursos para exercer suas atividades em defesa da natureza. O governo não pode segurar repasses para Ibama e ICMBio, mas é isso que acontece. Crimes ambientais queimam o Brasil! É inaceitável, vemos faltar dinheiro p/ operações contra o fogo e desmatamento na Amazônia, no Pantanal, no país todo. O governo federal faz o desmonte das políticas de proteção ambiental", lamentou o senador.

Na quinta-feira (22), brigadistas que combatem incêndios florestais no Pantanal e na Amazônia paralisaram suas atividades, após determinação do Ibama, por falta de verbas. No dia seguinte, o Ministério da Economia liberou R$ 30 milhões ao Ibama e R$ 30 milhões ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), e os brigadistas retomaram as atividades.

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