Sérgio Moro se consolida na terceira colocação. Entre os que rejeitam Luiz Inácio Lula da Silva e Jair Bolsonaro, 55% defendem a candidatura de ex-juiz

Avaliação do governo para de cair, mas atual presidente perderia em segundo turno para todos os seus oponentes na corrida pelo Planalto em 2022

Assessoria
Publicada em 08 de dezembro de 2021 às 12:18
Sérgio Moro se consolida na terceira colocação.  Entre os que rejeitam Luiz Inácio Lula da Silva e Jair Bolsonaro, 55% defendem a candidatura de ex-juiz

A sétima rodada da pesquisa Genial/Quaest mostra que o ex-juiz e ex-ministro Sergio Moro consolidou o seu lugar como o terceiro candidato na disputa presidencial de 2022. Embora seus índices estejam bem atrás do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com 46%, e do presidente Jair Bolsonaro, com 24%, Moro se isolou dos adversários mais diretos pelo terceiro lugar. O ex-juiz tem 11% das preferências no cenário com Lula, Bolsonaro e com o ex-governador do Ceará Ciro Gomes; e 10% no cenário mais completo: Ciro tem 5%, o governador João Doria (SP) tem 2% e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, 1%. A pesquisa foi feita entre os dias 2 e 5 de dezembro com 2.037 entrevistas presenciais em todos o Brasil.

Os recortes da pesquisa mostram que Moro está tomando espaço de Bolsonaro e Ciro. Quando ele é retirado da disputa, quem mais ganha é Bolsonaro.  Também na simulação de segundo turno há um sinal positivo para Moro: ele perde para Lula de 53% a 29%, mas em outubro a diferença era de 35 pontos percentuais.

“Moro está vagarosamente ocupando um espaço de quem é nem Lula, nem Bolsonaro”, diz Felipe Nunes, diretor da Quaest. “Mas ele precisa modular o discurso. A rejeição é muita alta, só abaixo da de Bolsonaro: 61% das pessoas que conhecem o ex-juiz dizem que não votariam nele”.

Se a eleição fosse hoje, Bolsonaro perderia para Lula, Moro ou Ciro. Contra o ex-juiz, o placar seria de 34% a 31% para Moro. Contra o ex-governador do Ceará, 39% a 34% para Ciro. E, contra Lula, o atual presidente perderia de 55% a 31%. Como na pesquisa passada, Lula venceria em todos os cenários de segundo turno e manteve a possibilidade levar a eleição já no primeiro turno, com 52% dos votos válidos.

De modo geral, Bolsonaro parece ter estancado a má avaliação de seu governo. Em novembro, 56% dos entrevistados avaliavam negativamente o governo. Em dezembro, esse número é de 50%. A avaliação negativa caiu em todas as regiões do país, exceto o Nordeste; em todas as faixas de renda ou de escolaridade; e entre homens e mulheres.

Em contrapartida, quando perguntados sobre a atuação do governo em diversas frentes – como o combate à corrupção e à Covid-19 – os brasileiros se mostram descontentes. Para 47%, a avaliação é negativa na luta contra o coronavírus; 48% consideram negativa a atuação contra a corrupção; e 70% acham negativa a ação do governo contra a inflação. Geração de empregos (51%), combate às queimadas na Amazônia (51%) e combate à violência (50%) também foram mencionados de forma negativa.

Metodologia

A Pesquisa Genial/Quaest, que trabalha com metodologia inédita de acompanhamento da opinião pública brasileira, começou em julho deste ano e se estenderá até novembro de 2022. No total, serão 24 rodadas de pesquisa nacional, cada uma delas implicando em duas mil coletas domiciliares face a face, realizadas nas 27 unidades da federação.

A partir das entrevistas domiciliares, é feita a decupagem e análise dos dados por sexo, idade, escolaridade, renda e População Economicamente Ativa (PEA).  A pesquisa também receberá tratamento estatístico de pós-estratificação para reduzir as chances de viés de seleção e de não resposta. Trata-se do primeiro levantamento feito em âmbito nacional que combina coleta domiciliar com modelagem em pós-estratificação. 

O nível de confiança da pesquisa Genial/Quaest  é de 95%, com margem de erro máxima de 2%, para cima ou para baixo, em relação ao total da amostra. 

Na quarta-feira (8/12), às 10h, José Márcio Camargo, economista-chefe da Genial; Felipe Nunes, coordenador da pesquisa e CEO da Quaest; e Jairo Nicolau, cientista político da FGV; participam de live para comentar o resultado da pesquisa e apontar os dados mais significativos. A transmissão poderá ser acompanhada pelo canal da Genial no Youtube.

Sobre a Genial Investimentos

A Genial é uma plataforma de investimentos que tem como objetivo facilitar o acesso ao mercado financeiro, oferecendo os melhores produtos do mercado. Sempre em busca de excelência e inovação, possui hoje mais de R$ 50 bilhões de ativos sob custódia, 450 mil clientes e mais de 20 anos de história. É uma plataforma que acredita em simplicidade e facilidade na hora de investir, por isso, é 100% digital, mas sempre humana.

Sobre a Quaest

A Quaest é uma empresa de inteligência de dados que alia rigor científico e tecnologia para gerar insights que levem os clientes a tomar decisões estratégicas informadas. Com 6 anos de experiência em campanhas políticas presidenciais, estaduais e municipais, reúne um time de doutores e mestres das mais diversas áreas do conhecimento. O fundador e presidente da Quaest é Felipe Nunes, Ph.D. em ciência política e mestre em estatística pela Universidade da Califórnia, Los Angeles (UCLA), professor da UFMG e presidente do Centro de Estudos Legislativos. Ele é o inventor do Índice de Popularidade Digital (IPD).

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