Servidor enfatiza importância da autoproteção contra o coronavírus
Fuscão conta que a terapêutica hospitalar iniciou com o protocolo que vem sendo utilizado com maior eficácia no país, utilizando as drogas hidroxicloroquina, azitromicina e ivermectina, apesar de os estudos científicos não terem sido concluídos
Antônio Marcos dos Santos, mais conhecido como Fuscão, é servidor de carreira da prefeitura de Ji-Paraná. No início de julho ele foi infectado pelo novo coronavírus, submeteu-se ao tratamento em hospital particular e já está em casa se recuperando da doença que vem matando milhares de pessoas ao redor do mundo.
“Não sei dizer como contraí o vírus, pois ando pela cidade o dia todo. Senti os primeiros sintomas no dia 2, procurei ajuda médica e já me isolei dentro de casa”, diz o fiscal de obras e serviços públicos. Passado dois dias do isolamento, a doença avançou e ele foi internado para iniciar o tratamento.
Fuscão conta que a terapêutica hospitalar iniciou com o protocolo que vem sendo utilizado com maior eficácia no país, utilizando as drogas hidroxicloroquina, azitromicina e ivermectina, apesar de os estudos científicos não terem sido concluídos. Devido ao agravamento da doença, ele precisou receber oxigênio nos dias em que esteve hospitalizado.
Na sexta-feira (17) completou o 16º dia da infecção e início de maiores cuidados com a saúde. Em casa, ele diz que pratica as medidas corretas de proteções recomendadas pelos médicos e organismos sanitários. Ele vive com a esposa e dois filhos.
Em casa, cada membro da família se mantém isolado do servidor em tratamento depois da infecção pelo coronavírus
Em decorrência da infecção e dos cuidados contra transmissão do vírus corona, cada um dos integrantes da família passou a ocupar cômodos independentes da casa.
“Tomamos essa atitude para nos protegermos”, explica, ressaltando que a auxiliar nos serviços domésticos ficou com as tarefas diárias apenas do lado externo da casa. “Eu tenho minha cozinha independente e preparo os meus próprios alimentos”, conta, explicando que não há contato físico com nenhum familiar na moradia.
O pulmão é um dos órgãos humanos mais afetados pela agressão do coronavírus. Os exames de raios-x pulmonar do servidor de Ji-Paraná é um exemplo claro.
“Os médicos estão utilizando os meus exames para comparar em outros casos. Não é bonito o que eu vi no raio-x, não. O vírus é muito agressivo e as pessoas não estão levando a sério. Espero e torço para que as pessoas tenham discernimento e olhem para a família e ao próximo com mais amor”, declarou.
EXPERIÊNCIA
Defensor do tratamento recebido e em solidariedade a outrem, Fuscão usa e abusa das próprias redes sociais com o intuito de esclarecer as pessoas sobre a doença e o tratamento a que submete.
“As redes sociais são os meios em que posso utilizar para alertar as pessoas a se protegerem”, diz, satisfeito com as 1600 visualizações em um único vídeo postado no Facebook na semana passada. Outra frente de solidariedade promovida por ele é a distribuição dos medicamentos a pessoas doentes e de baixa renda. “Enquanto não ficam prontos os remédios manipulados em farmácia que encomendei, estou estudando sobre a legislação para distribuição gratuita do kit de medicamentos que estou tomando para me curar”.
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Da doença, Fuscão diz tirar lição de fé e faz um alerta às pessoas quanto à prevenção. “Não devemos culpar a Deus, mas aceitar e tomar os cuidados necessários. Isso renova e amplia nossa fé. Sou grato também ao médico que me cuidou e se tornou um grande amigo”.
O uso de máscara e do álcool em gel também é considerado fundamental para a proteção de si e de outras pessoas. Para quem pode, diz Fuscão, o “ficar em casa é muito importante, pois a doença vai matar pessoas irresponsáveis que vão a lugares desnecessários provocando a proliferação do vírus”.
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