Servidores são capacitados para atuarem na vigilância de arboviroses, com ênfase em febre amarela e oropouche

Além de formar multiplicadores, técnicos serão treinados para usar a Plataforma SISS-Geo que registra em tempo real animais suspeitos

Fonte: Texto: Valbran Junior Fotos: Cristian Alves Secom - Governo de Rondônia - Publicada em 16 de setembro de 2024 às 16:46

Evento acontece entre os dias 16 e 20 de setembro, em Porto Velho 

Dezenas de servidores estão participando de um Treinamento em Vigilância de Arboviroses Zoonóticas e Oficina de Formação de Multiplicadores no Uso da Plataforma Sistema de Informação em Saúde Silvestre (SISS-Geo) — ferramenta para monitoramento em tempo real de doenças na fauna silvestre, ajudando a antecipar surtos que possam afetar seres humanos. O evento teve início nesta segunda-feira (16), em um hotel localizado na Avenida Governador Jorge Teixeira, nº 491, Bairro Nossa Senhora das Graças, em Porto Velho, e segue até sexta-feira (20).

Coordenado pela Agência Estadual de Vigilância em Saúde de Rondônia (Agevisa/RO), juntamente com o Laboratório Central (Lacen), a capacitação conta com a participação de servidores das regionais de saúde do estado, secretarias municipais, além de órgãos como Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental (Sedam), Polícia Ambiental e Entidade Autárquica de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Rondônia (Emater-RO).

Para o governador de Rondônia, Marcos Rocha, os investimentos do estado em treinamentos e capacitações oferecidos rotineiramente além da valorização do servidor, se traduzem em benefício para toda sociedade, uma vez que aumenta a eficácia do atendimento à população.

De acordo com a chefe do Núcleo de Doenças Transmitidas por Vetores da Agevisa/RO, Suzemar Ferreira, o propósito é formar uma rede estadual de trabalho em arboviroses. “As vezes vemos casos em que a pessoa é tratada como uma simples virose, mas quando vai se investigar verifica-se que é algo mais grave, envolvendo também zoonose”, explicou.

ARBOVIROSES 

Aplicado por técnicos enviados pelo Ministério da Saúde e Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o curso traz uma abordagem sobre arboviroses em geral, com ênfase em febre amarela e oropouche. Arboviroses são doenças causadas por vírus transmitidos por insetos, como mosquitos, enquanto zoonose é uma doença infecciosa que se transmite de animais para humanos. Quando um inseto vetor está envolvido na transmissão de uma doença, esta também é considerada uma arbovirose.

PLATAFORMA DIGITAL

O Sistema de Informação em Saúde Silvestre é uma plataforma digital que permite a participação da sociedade no monitoramento da fauna e vigilância de doenças. Desenvolvido pela Fiocruz, o SISS-Geoe é baseado na ciência cidadã, a plataforma permite que qualquer pessoa colabore registrando animais silvestres, sejam eles saudáveis, doentes ou mortos. Os dados registrados são georreferenciados e geram alertas de doenças, que são enviados automaticamente às autoridades responsáveis. O SISS-Geo é utilizado por comunidades tradicionais, indígenas, rurais e urbanas, órgãos públicos e privados, Organizações não Governamentais (ONGs) e voluntários. Entre os objetivos da plataforma, está o apoio e controle de arboviroses e zoonoses.

O diretor-geral da Agevisa/RO, Gilvander Gregório de Lima, ressaltou aos participantes a importância de compartilharem o conhecimento adquirido. “É preciso que haja uma interconexão. Ninguém pode ser uma ilha. No serviço público, mudanças acontecem, mas a pessoa compartilhando o conhecimento, deixa o legado.”