O retinoblastoma é um tumor raro originário das células da retina, sendo o tipo mais comum em crianças no início da infância e até mesmo no nascimento.
De acordo com o Ministério da Saúde, a doença representa cerca de 4% dos cânceres infantis, chegando a uma média de 400 casos por ano no Brasil, podendo causar cegueira infantil e até a morte.
A doença se desenvolve na retina, estrutura de tecido neural responsável por detectar a luz e enviar para o cérebro para podermos enxergar. Eventualmente, durante a multiplicação, as células formam um tumor, que se espalha dentro e ao redor do olho (de forma unilateral ou bilateral), ou até mesmo para outras partes do corpo, incluindo o cérebro e a coluna.
O principal sintoma do retinoblastoma, presente em até 90% dos casos, é a leucocoria, também conhecida como “olho de gato”, que se caracteriza por um reflexo branco na pupila da criança em contato com a luz.
Quando a luz passa normalmente pela pupila o reflexo costuma ser vermelho. “A cor branca pode indicar que algo está impedindo a passagem da luz, no caso do retinoblastoma, é o tumor. Esse fenômeno pode ficar mais evidente, por exemplo, ao tirar fotos com flash”, explica Marcelo Cavalcante Costa, oftalmologista e especialista em Retina Infantil da Maternidade São Luiz Star e membro do Departamento Científico de Oftalmologia da Sociedade de Pediatria de São Paulo.
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No mês em que é celebrado o Dia Nacional de Conscientização e Incentivo ao Diagnóstico Precoce do Retinoblastoma (18/9), marcado pela campanha Setembro Dourado, o especialista da Maternidade Star, da Rede D’Or, alerta para a importância do diagnóstico precoce da doença, essencial para garantir bons resultados no tratamento e evitando cegueira.
“Um fato importante é que em algumas situações o retinoblastoma se encontra na periferia dos olhos, podendo passar despercebido no teste do reflexo vermelho comum, porém sendo possível diagnosticar através de um exame hoje conhecido por Teste do Olhinho Ampliado”, complementa o médico.
O exame proporciona uma avaliação mais detalhada e abrangente, já que detecta 100% das doenças oculares do recém-nascido por meio de imagens digitais.
O Teste do Olhinho Ampliado é um exame rápido, não invasivo, e realizado com um equipamento portátil, onde o profissional capta imagens do globo ocular do bebê para análise, ainda nos primeiros dias de vida. Estatísticas apontam que 1 a cada 20 pacientes (5% dos casos) possui alguma condição importante e que deve ser acompanhada.
O exame é oferecido na Maternidade São Luiz Star, que reúne toda a expertise do Hospital São Luiz, um dos mais tradicionais de São Paulo, com o serviço premium da Rede D’Or.
“Quanto mais cedo a doença for descoberta, melhores as chances de que o bebê não venha a acumular prejuízos que afetem sua visão pelo resto da vida. Por isso, o teste do olhinho e o teste do olhinho ampilado, realizado ainda na maternidade, é tão importante para identificar precocemente diversas doenças, incluindo o retinoblastoma”, enfatiza Dr. Marcelo Cavalcante.
Tratamento
O tratamento do retinoblastoma pode variar de acordo com o caso, levando em conta a idade, a presença de tumor em um ou nos dois olhos e o estadiamento, entre outros fatores.
O objetivo é salvar a visão sempre que possível e preservar o bulbo ocular, podendo envolver uma equipe multidisciplinar e várias modalidades terapêuticas, como quimioterapia, radioterapia, laserterapia, crioterapia, termoterapia e cirurgia.
“O cuidado, que basicamente deve surgir dos pais, é a garantia de um amanhã melhor para os pequenos. Caso percebam algo errado, conversem com o pediatra, para que indique avaliação com oftalmologista infantil. Quanto antes o diagnóstico do retinoblastoma for feito, melhor será o futuro da criança”, enfatiza o especialista da Maternidade São Luiz Star.
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