Sintero e Sinprof reafirmam posicionamento contrário ao retorno das aulas presenciais durante reunião estratégica para monitoramento e implantação de protocolos nas escolas

Durante a reunião, a Seduc ratificou o seu desejo pelo retorno das aulas presenciais, destacando que depende exclusivamente do aval dos órgãos sanitários

Assessoria
Publicada em 12 de maio de 2021 às 17:57
Sintero e Sinprof reafirmam posicionamento contrário ao retorno das aulas presenciais durante reunião estratégica para monitoramento e implantação de protocolos nas escolas

O Sintero em conjunto com o Sinprof participou nesta terça-feira (11/05) da reunião virtual com a Comissão instituída pela Secretaria de Estado da Educação (Seduc) que discute sobre as estratégias para monitoramento e implantação do protocolo para volta às aulas presenciais nas escolas de Rondônia. Na oportunidade, os sindicatos reafirmaram seu posicionamento contrário ao retorno presencial enquanto não houver vacinação em massa, com prioridade para os trabalhadores e trabalhadoras em Educação.

Durante a reunião, a Seduc ratificou o seu desejo pelo retorno das aulas presenciais, destacando que depende exclusivamente do aval dos órgãos sanitários. Portanto, tomou a iniciativa unilateral de constituir e nomear uma Comissão Interinstitucional para acompanhar as ações adotadas pela Administração Pública, bem como para avaliar o cumprimento das medidas sanitárias de prevenção do contágio e disseminação do novo coronavírus nas escolas, para assim, efetivar o retorno presencial.

Conforme foi detalhado, a Comissão Interinstitucional será responsável por fazer visitas nas escolas das redes públicas municipal, estadual e privada para verificar quais medidas serão implementadas para assegurar a eficácia do protocolo de segurança aos profissionais em Educação e estudantes. Ao final das visitas, a Comissão irá disponibilizar relatório indicando quais pontos devem melhorar por estarem em desacordo com o previsto no Plano de Retorno Presencial da Secretaria.

Os sindicatos ressaltam que não são contrários aos protocolos sanitários nas escolas, inclusive acreditam que os mesmos são indispensáveis. No entanto, não concordam com a instituição precipitada de ações que visem o retorno presencial das atividades escolares, por considerar que Rondônia ainda não encontra-se em um momento oportuno para isto, tendo em vista principalmente os altos índices de contaminação e óbitos que permanecem em evidência.

O Secretário de Estado da Educação Suamy Vivecananda Lacerda Abreu, esteve presente na reunião e insinuou que há uma certa negligência por parte dos trabalhadores em educação, visto que há um grande percentual de companheiros e companheiras que estão sendo contaminados e até perdendo suas vidas em virtude da Covid-19, mesmo estando fora do ambiente escolar. Logo, na visão dele, as medidas de isolamento social não estão sendo eficientes para assegurar a saúde e bem-estar de todos e todas. Ele mencionou ainda que os profissionais da Saúde estão desde o início da pandemia na linha de frente, mesmo sem imunização. Também enfatizou que o comércio se adequou à nova realidade, retornando ao pleno funcionamento de suas atividades.

Em resposta, os sindicatos argumentaram que grande parte da categoria possui comorbidades e que não deve ser responsabilizada injustamente por ficar exposta ao vírus, uma vez que a convivência social de cada família é diferenciada. Tanto Sintero quanto Sinprof defenderam sua categoria, evidenciando que os profissionais da Educação não paralisaram suas atividades, pelo contrário, continuam sofrendo com a sobrecarga de trabalho, tendo que custear seus próprios equipamentos e despesas domésticas, sem o mínimo de assistência pelo Poder Público. Destacaram ainda que cada setor tem sua realidade, não sendo justo os servidores e servidoras da Educação serem julgados por essa situação atípica e inesperada.

A reunião contou com participação de outros órgãos públicos, mas somente os sindicatos fizeram a observação de que concordam com adoção dos protocolos sanitários nas escolas e os consideram essenciais para a garantia da saúde de todos e todas. Porém, mantiveram posicionamento firme pelo retorno das aulas presenciais somente com vacinação para os trabalhadores e trabalhadoras em Educação, bem como da sociedade rondoniense em geral.

Comentários

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    Luiz Eduardo da Silva 13/05/2021

    Uma vergonha o que estão fazendo com as crianças, são doutrinados e doutrinadores e agora arrumaram uma forma de acabar de vez com a pobre educação que o verme do paulo freire destruiu. Se as escolas particulares estão dando aula por qual motivo a escola pública não faz o mesmo?

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