Sintero posiciona-se contrário ao PL aprovado na Câmara que reconhece aulas presenciais como atividade essenciais
De acordo com o projeto, será proibido a suspensão das aulas em pandemias e calamidades públicas, exceto quando houver critérios técnicos e científicos que justifiquem a necessidade de fechamento das escolas quanto às condições sanitárias nos Estados e Município
A Câmara dos Deputados aprovou na madrugada desta quarta-feira (21/04), o Projeto de Lei (PL) nº 5595/20, que proíbe a suspensão das aulas presenciais durante a pandemia da Covid-19 e classifica as atividades educacionais como essenciais à população. O Sintero posiciona-se contrário ao texto que visa sobretudo, colocar a vida de toda a comunidade escolar em risco à contaminação do novo coronavírus.
De acordo com o projeto, será proibido a suspensão das aulas em pandemias e calamidades públicas, exceto quando houver critérios técnicos e científicos que justifiquem a necessidade de fechamento das escolas quanto às condições sanitárias nos Estados e Municípios. No entanto, esses possíveis critérios não foram especificados.
O Sintero manifesta preocupação diante do texto que não leva em consideração as condições sanitárias e a realidade das escolas públicas espalhadas pelo Brasil. Todos possuem o conhecimento de que a pandemia trouxe prejuízos educacionais, assim como trouxe dificuldades também aos profissionais em educação que tiveram que se adaptar ao “novo normal”. Mas, ao aprovar um Projeto de Lei que baseia-se na visão negacionista do Presidente da República e de seus seguidores, sem mínima discussão com a sociedade, é no mínimo absurda.
É importante destacar que pesquisadores e professores dos departamentos de Sociologia e Estatística da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) fizeram uma simulação dos impactos da volta às aulas na propagação da Covid-19. Baseado no estudo científico foi apontado que em um grupo de crianças e adolescentes com idade entre 6 e 14 anos, com apenas um aluno infectado em uma sala com outros 20 proporciona-se um potencial para contaminação de outras 60 pessoas no círculo familiar dos estudantes em apenas 15 dias.
Com o agravamento da pandemia no Estado de Rondônia, que continua batendo recordes diários e sofre com a superlotação de leitos de UTI, o Sintero argumenta que a atual conjuntura não permite um retorno seguro. Na oportunidade, o sindicato questiona quem serão os responsabilizados por colocar milhares de vidas em risco devido esta situação, também indaga quantas perdas serão necessárias para que todos entendam que não trata-se de números, trata-se de vidas.
A proposta foi aprovada na Câmara com 276 votos a favor e 164 votos contrários e seguirá para o Senado. Desde já, o Sintero conclama os senadores de Rondônia votem contrário ao PL 5595/20 e poupem que mais vidas sejam dizimadas em razão da Covid-19. Também convoca os trabalhadores em educação para que participem da mobilização virtual do Sintero, que estará disponível nos próximos dias nas redes sociais da entidade.
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