Só importam os protocolos e a burocracia! MP proíbe Assembleia de comprar cestas básicas e alugar ambulâncias
MP proíbe Assembleia de comprar cestas básicas e alugar ambulâncias
Parece mentira, mas é a mais pura verdade! Mais importante que vidas humanas, agarrar a mão de quem precisa, em horas de pavor, de medo e de socorrer os desesperados, em plena pandemia, para alguns os poderes públicos, a prioridade é cumprir a letra fria da lei, seja a qual custo for. Vários órgãos continuam priorizando protocolos e a burocracia infernal, que comanda todas as ações neste Brasil do faz de conta. E onde todos mandam, mas as maiores necessidades da população são sempre colocadas em terceiríssimo plano. Sempre em nome do “respeito às leis e aos protocolos”. Aconteceu novamente, em Rondônia, outro lamentável exemplo. O Ministério Público interferiu nas ações da Assembleia Legislativa, impedindo que o Parlamento utilizasse parte dos 50 milhões de reais que economizou no ano passado, para a compra de 30 mil cestas básicas e o aluguel de várias ambulâncias, para ajudar os municípios. Promotoras do MP rondoniense se uniram em apontamentos que afirmam que “não é função do Legislativo promover políticas públicas, nem mesmo em cenário de crise e calamidade”! Deu pra entender? Apenas por firulas jurídicas, o dinheiro tem que ir para o Governo, entrar no orçamento, daí o Governo tem que fazer todos os processos burocráticos e só então a ajuda poderá chegar a quem, está morrendo hoje, agora, nesse momento, de doença ou de fome! Mesmo numa pandemia que já afetou quase 9 mil rondonienses, ameaça outros milhares e matou cerca de 250 pessoas, o recurso não pode ser utilizado. O MP, aliás, tentou também impedir a contratação dos leitos alugados pela Assembleia no Hospital do Amor, mas no final, usando ao menos um pingo de bom senso, não se insurgiu contra a medida. O que se questiona é o porquê se prioriza picuinhas jurídicas, como se elas fossem mais importantes do que o pânico que toma conta da sociedade e as vidas que podem ser perdidas?
Do lado da Assembleia, o presidente Laerte Gomes disse que “as decisões para socorrer as pessoas infectadas pelo coronavírus, foram tomadas pelo Legislativo, por uma questão de salvar vidas e de humanidade. Segundo ele, “num momento de pandemia, quando líderes do Brasil e do mundo inteiro estão todos perdidos ou sobrecarregados, é importante que cada Poder possa contribuir”. Laerte lembrou que mesmo que não seja função do Parlamento, “em um momento de pandemia, da guerra que estamos vivendo”, qualquer ação é importante, “desde que feita com moralidade, menor preço e toda a transparência. Todos devem ajudar!”. O presidente da ALE confirmou que vai seguir as recomendações do MP e cancelar tanto o aluguel de ambulâncias quanto a compra das cestas básicas. Ou sejam milhares de pessoas que poderiam ser beneficiadas neste instante de terror que vivemos, ficarão às moscas, porque o importante é seguir o protocolo. É uma tristeza vivermos num país onde muitas leis são feitas contra a população mais necessitada e alguns poderes têm superpoderes. Lamentável!
EM 24 HORAS: DEZ MORTES E QUASE 600 CASOS
Estamos batendo nos 10 mil, infelizmente! Com os 9.220 casos de infectados pelo corona vírus, registrados nessa terça, são exatos novos 594 afetados pela doença, em apenas 24 horas e no terceiro dia da validade do lock down decretado pelo governo rondoniense, para a região de Porto Velho e Candeias do Jamari. Desse total, 5.808, ou 63 por cento de todos os casos, são da Capital, onde também há maior incidência de mortes. Só nesta terça foram mais dez óbitos. No total, Porto Velho contribuiu para esse triste número com nada menos do que 184 vítimas, totalizando 75 por cento de todos os registros de vidas perdidas, desde o início de maio, quando ocorreu a primeira morte no Estado. Guajará é que era cidade no número de casos, mas a segunda nos óbitos. São 453 infectados, mas 28 mortes, ou 6,1 por cento do total de casos. Graças à intervenção da Sesau, esse número caiu bastante, já que o percentual de mortes em Guajará chegou a bater um recorde nacional: mais de 30 por cento, em meados do mês passado. Em Porto Velho, principalmente, o pico da doença ainda não chegou e nos primeiros dias, o lock down não serviu para diminuir o número de infectados.
UM OU DOIS ASSASSINATOS POR DIA
Um funcionário da área de segurança pública fez um comentário assustador, num posto de combustível, onde parou para abastecer o veículo oficial. “Enquanto todo o mundo só fala em mortes por corona vírus, todos os dias uma ou duas pessoas são assassinadas em Porto Velho. E ninguém fala nada sobre isso!” Não é um comentário oficial, claro, porque feito numa conversa informal com conhecidos. Mas, por isso, deve-se dar crédito maior. Aliás, há sim programas policiais na TV e alguns sites, que dedicam bom espaço às ocorrências na Capital, que têm noticiado um número cada vez maior de crimes, incluindo os de morte, mesmo em tempos de pandemia e onde se imaginava que a violência diminuiria. Também deram um salto os casos de assalto à mão armada, roubo (principalmente para levar o celular das vítimas), invasão de casas, brigas e confusões. Enquanto isso, no noticiário, só se fala nas mortes pela Covid 19. Nas resultantes da extrema violência e da bandidagem nas ruas, pouco se fala.
GOVERNADOR: “NADA DE PRISÕES!”
De vez em quando, há vozes entre autoridades que são mais realistas que o rei. Já aconteceu muitas vezes e voltou a acontecer agora, durante o lock down, apelidado de isolamento restritivo, imposto pelo governo rondoniense. Representantes da Polícia Militar, incluindo seu novo e recém empossado comandante, o coronel Almeida, chegaram a ameaçar de prisão, levando para a Delegacia, moradores de Porto velho e Candeias do Jamari, que descumprissem as restrições do decreto de calamidade pública, caso fossem reincidentes em desobedecer as ordens de ficar em casa. O chefe supremo da PM, que é o governador Marcos Rocha, se irritou. Publicamente, pelas redes sociais, desautorizou qualquer prisão. Num trecho do que escreveu, avisou: “É falsa a alegação de que haverá prisões pelo descumprimento do Isolamento Social em Porto Velho e Candeias do Jamari. Esse não foi e não será o procedimento passado para a tropa. Não permitirei isso. Sou contra essas ações no Estado de Direito que vivemos e mesmo que estejamos em um momento de exceção, entendo que isso não é aceitável!” Falou e disse...
O INCENDIÁRIO E OS ATAQUES ÀS MULHERES
O sujeito sai de casa e some. Volta altas horas, naquele estado que todos imaginam. A mulher reclama, xinga, protesta. O anormal não contém. Pega gasolina, joga na mulher e em algumas roupas dela, que estavam pela casa e se prepara para atear fogo. Ia matá-la carbonizada. No desespero, a mulher conseguiu fugir e chamar a polícia, que chegou pouco depois e prendeu o homem. Inocentemente, ele disse que não ia incendiar a companheira, mas apenas as roupas dela. Essa história, registrada nessa semana num sítio próximo à ponte, no outro lado do rio Madeira, é só mais uma em que as mulheres são alvos dos seus maridos, amantes, namorados, companheiros. As ocorrências de violência contra elas aumentaram significativamente não só em Rondônia, mas em todo o país, com o isolamento social. Parceiros em casa pode ser sinônimo de grande perigo para elas. O machismo não tem cura, assim como a covardia. Só colocando todos os agressores atrás das grades e fazendo-os pagar por seus crimes, há chances reais de se diminuir esses crimes.
AMIGÃO SE TORNOU O MAIOR INIMIGO
A máxima de que um ex amigo pode se tornar seu pior inimigo, não deixa de ser verdadeira, na relação entre o governador Marcos Rocha e o deputado Coronel Chrisóstomo, que se tornou feroz adversário e crítico da administração. Chrisóstomo, desde que rompeu com Rocha e o grupo palaciano, unindo-se ao empresário Jaime Bagatolli, de Vilhena (que, aliás, deve disputar o governo em 2022), voltou suas baterias contra o Palácio Rio Madeira/CPA. Dizendo que ajudou a eleger Marcos Rocha, fazendo campanha para ele “durante o dia, à noite, nas madrugadas”, Chrisóstomo nega que tenha pedido cargos no governo. Uma fonte palaciana, contudo, confidenciou à coluna que ele pediu dezenas de cargos e que não foi atendido. A partir dai, guerra total. Essa semana, Chrisóstomo gravou um vídeo com pesadas críticas ao governo e à sua política de combate ao corona vírus. Ameaçou até denunciar a compra do Hospital Regina Pacis (que servirá ao Estado antes, durante e depois da pandemia), para a Polícia Federal. Não há, na bancada federal rondoniense, maior adversário do governo Rocha do que o Coronel, aquele mesmo que era amigão. Infelizmente, a política tem dessas coisas!
SEM ESCÂNDALO, SEM MANCHETES...
Claro que o interesse sobre o tema caiu muito. Não houve escândalo. Não houve declarações bombásticas. Não houve palavrões. Nada que se pudessem pinçar para atingir o governo, mesmo uma frase mal posta ou uma afirmação infeliz. Daí, obviamente, que a reunião ministerial desta terça, comandada por Jair Bolsonaro, teve pouca repercussão na grande mídia. Mesmo com todas as excelentes informações prestadas pelos ministros, inclusive o aumento em mais dois meses do auxílio emergencial, confirmado pelo ministro Paulo Guedes, da Economia. Nem os mais de 900 bilhões de reais já investidos pelo governo federal, distribuídos por Estados e municípios, para o combate ao corona vírus e apoio a empresas e empregos. Muito menos os 37 mil brasileiros que foram trazidos do exterior, por conta da União. Destaque-se, ainda, a preocupação social com os 38 milhões de brasileiros que o ministro disse que antes eram “invisíveis” e que, terão a mão estendida. Pouco espaço na mídia, para tantos avanços, declarações importantes e programas que ainda serão realizados. Mas, como não há o que falar mal, a reunião de Bolsonaro com seus ministros passou para a décima importância, ente as manchetes da grande mídia. Triste!
CALIXTO LUTA CONTRA O VÍRUS
Um dos personagens importantes da História de Rondônia, que em algum momento chegou a ter poderes assemelhados a de um governante, temido por autoridades de todos os naipes e todos os setores, porque todos sabiam o que ser atacado pelo jornal dele significava, está internado no Prontocordis, lutando contra o terrível corona vírus. Ainda cumprindo pena, apesar de ter passado dos 70 anos e ter a saúde debilitada, Mário Calixto chega a esse estágio da sua vida tentando sobreviver ao vírus mortal, que assola principalmente pessoas como ele, que fazem parte do grupo de risco. Mário fundou e comandou por mais de duas décadas e meia, o jornal O Estadão do Norte, que, à sua época, chegou a ser o veículo de imprensa mais poderoso da região. O Estadão durou até meados 2015, segundo seu último editor, Leivinha Oliveira. Então, já então muito decadente, o Estadão fechou suas portas, depois da condenação de Mário Calixto a uma longa pena, além de ter perdido praticamente todos os seus bens. É um personagem que deixou muitos inimigos, mas também amigos. A torcida dessa coluna é que ele consiga vencer essa dura batalha pela vida.
FAMÍLIAS CARENTES RECEBERÃO 200 REAIS
Não só dos cofres da União que as famílias carentes de Rondônia vão receber apoio financeiro. O governo de Rondônia também adotou um programa de transferência de renda que dará um auxílio mensal de 200 reais, durante três meses, a um público carente específico. Os valores serão pagos à famílias consideradas em situação de extrema pobreza e que possuam uma renda per capita de até 89 e que, ainda, sejam beneficiárias do programa Bolsa Família. A medida foi anunciada na tarde desta terça-feira pela primeira dama e secretária de Ação Social do Estado, Luana Rocha. O governador Marcos Rocha também participou da entrevista coletiva que detalhou as informações sobre o assunto. Segundo o Governador, os beneficiários não perderão outros benefícios, como o Auxílio Alimentação, no valor de 75, reais, que podem ser somados aos 200 reais que receberão por 90 dias. Perto de 192 mil pessoas , em todo o Estado, serão beneficiadas por esse programa.
PERGUNTINHA
Depois da semana de lock down, você acha que os casos de corona vírus e de mortes vão cair em Rondônia, com o recuo da doença ou tudo continuará na mesma?
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