TCE liberou obra do Heuro, mas processo licitatório tinha que ser refeito por direcionamento; entenda

Com as novas diretrizes e correções apontadas pelo Tribunal de Contas, um novo edital deveria ser feito, e empresas participariam aceitando ou não as novas exigências

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Publicada em 18 de novembro de 2021 às 14:28
TCE liberou obra do Heuro, mas processo licitatório tinha que ser refeito por direcionamento; entenda

O Tribunal de Contas de Rondônia autorizou o governo a dar prosseguimento ao contrato no regime de ‘Built to Suit’ (BTS) do Hospital de Urgência e Emergência (HEURO), cujo leilão foi realizado em São Paulo em julho deste ano. O Tribunal havia detectado graves irregularidades no contrato e mandou o governo adequar o projeto.

O problema é exatamente este. O consórcio, formado por empresas de Brasília e Goiânia, venceu o leilão com um projeto ‘meia boca’, que foi sendo ‘corrigido’. Deveria ser anulado. Com as novas diretrizes e correções apontadas pelo Tribunal de Contas, um novo edital deveria ser feito, e empresas participariam aceitando ou não as novas exigências.

A síntese dos processos licitatórios é exatamente contratar empresas que atendam os pré-requisitos estabelecidos em edital, onde todos disputam com base nessas exigências.

O Consórcio vencedor não atendia o projeto, tanto que estamos em novembro ainda ajustando detalhes que sequer tinham que estar sendo discutidos.

Como eu disse aqui mesmo no BLOG em julho, licitação presencial de obra milionária é golpe, e pelo jeito o Tribunal de Contas e Ministério Público estão embarcando nos devaneios de Marcos Rocha. Trata-se de um contrato bilionário, que vai render milhões a um consórcio formado por empresas de fora do Estado, que foi contratado em um processo que no mínimo, é suspeito.

Assim fica fácil vencer licitação. Apresente um projeto meia boca, e vá adequando. Enquanto isso, empresas com portfólio que poderiam ter participado e talvez ate já estivessem dado início às obras, foram alijadas do processo.

O Tribunal de Contas está errando feio nessa questão.

Que já passou da hora de Rondônia ter um hospital de urgências para substituir o João Paulo II, não restam dúvidas, mas embarcar em uma fantasia que vai endividar os cofres por 30 anos, no mínimo, é uma irresponsabilidade sem tamanho.

Tem que chamar a Polícia Federal para investigar este contrato, suspeito desde sua idealização.

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