Trabalhadores em educação da escola Santa Júlia recebem ameaças de moradores
Durante a visita, o Sintero colocou-se à disposição para auxiliar os servidores lotados na instituição e, para interceder junto aos órgãos competentes para que providências sejam tomadas
A Direção Executiva em conjunto com a Regional Norte do Sintero esteve nesta terça-feira (17/05), na E.M.E.F Santa Júlia, localizada na zona rural de Porto Velho, para prestar apoio e averiguar informações a respeito de ameaças feitas por moradores locais aos trabalhadores e trabalhadoras em educação lotados na instituição.
De acordo com o diretor da E.M.E.F Santa Júlia, Valciney Ugalde, as ameaças de dano ao patrimônio físico e a integridade dos profissionais que atuam na escola são recorrentes e iniciaram em 2017, quando ocorreu a primeira paralisação do transporte rural. Desde então, um grupo composto por pais e moradores locais provocam ataques por meio das redes sociais e incitam o ódio contra os trabalhadores e trabalhadoras em educação, por estarem insatisfeitos com a forma que o Poder Público conduz os trabalhos educacionais na região.
O estopim da última revolta ocorreu por conta de um Memorando Circular encaminhado pela Secretaria Municipal de Educação (Semed), solicitando a suspensão das aulas presenciais no mês de abril em razão de problemas na estrada que dá acesso à escola, tornando a locomoção do transporte escolar perigosa. Apesar da medida, o diretor garantiu que os estudantes continuaram recebendo materiais pedagógicos impressos. Além disso, diariamente havia uma equipe de plantão para receber os pais e alunos e tirar possíveis dúvidas das atividades.
Indignados com a medida determinada pela Semed, os moradores locais decidiram penalizar os servidores e iniciaram uma verdadeira onda de terror nas redes sociais, anunciando que depredariam a escola e impediriam que os profissionais pudessem sair das dependências da escola até que o prefeito Hildon Chaves comparecesse ao local e ouvisse suas reivindicações. De forma imediata, foi registrado um boletim de ocorrência na Polícia Militar, afim de garantir o bem estar e segurança dos trabalhadores em educação que temiam por suas vidas. No momento, a denúncia encontra-se em fase de investigação pela Polícia.
Os profissionais em educação que estão lotados na E.M.E.F Santa Júlia entraram em contato com o Sintero e pediram apoio diante dessa situação, uma vez que, eles não podem ser responsabilizados pela insatisfação dos pais. Apesar de considerar as reclamações válidas, a categoria ressalta que continua cumprindo com suas responsabilidades, atuando da melhor maneira possível para ofertar uma educação de qualidade aos estudantes que residem naquela região. Destaca-se ainda que a zona rural possui um calendário diferenciado por ter muitas especificidades. Além de ser impactada de forma mais direta com as condições meteorológicas, como é o caso do período chuvoso da região.
Durante a visita, o Sintero colocou-se à disposição para auxiliar os servidores lotados na instituição e, para interceder junto aos órgãos competentes para que providências sejam tomadas, primando pela segurança e direito à vida dos trabalhadores e trabalhadoras em educação.
“Estivemos averiguando de perto esta situação e nos colocando à disposição para auxiliar no que for possível. Queremos alertar a comunidade local que os trabalhadores em educação são servidores públicos e, como tais, dependem das condições de melhorias de trabalho ofertado pelo Poder Público. Portanto, não devem ser responsabilizados por medidas que fogem de suas competências”, disse Lionilda Simão, presidenta do Sintero.
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