Quando pensamos na fabricação moderna, alguns podem imaginar um chão de fábrica brilhante com linhas de montagem robóticas e tecnologia de ponta. 

Mais frequentemente, no entanto, a realidade é uma mistura de equipamentos e maquinários construídos anos ou décadas atrás, e ainda funcionando perfeitamente bem. 

O que a transformação digital significa para instalações como essas?

Enquanto as empresas lutam para otimizar as operações para um futuro pós-Covid, a maneira mais eficaz de melhorar o desempenho pode não substituir o que já está funcionando bem. 

A alternativa é a tecnologia que pode ajudar a obter um desempenho ideal de máquinas mais antigas e novas potencialmente resolver apenas alguns dos problemas da cadeia de suprimentos que assolam o mundo hoje.

Para determinar onde a tecnologia pode desempenhar um papel no chão de fábrica, podemos começar com a forma como os fabricantes rastreiam e gerenciam suas máquinas. Para a maioria das fábricas, este ainda é um processo amplamente manual que inclui o pessoal caminhando pelo chão de fábrica, verificando os diários de bordo e inserindo dados em planilhas.

Isso leva muito tempo e envolve muitas informações armazenadas em silos que não se conectam, o que, em última análise, tudo se soma à falta de capacidade de reagir rapidamente aos problemas ou impulsionar melhorias de maneira confiável. Quais máquinas estão paradas e por quê? 

Onde e quando ocorrem atrasos na produção e tempos de inatividade? Quanto tempo as trocas de produto para produto diminuem o tempo de produção nas máquinas? No contexto da pandemia, onde a demanda pode mudar em um instante, as consequências de um fabricante não ter dados precisos.

É hora de os fabricantes em todos os lugares terem suas máquinas conectadas e online e, em muitos casos, uma revisão cara do equipamento não é a melhor resposta. A tecnologia em nuvem pode colocar qualquer máquina online, em uma rede conectada que de forma simples e econômica fornece a cada equipe de fábrica as ferramentas para alcançar a excelência na fabricação. 

Com acesso à nuvem, aqui estão três maneiras pelas quais os fabricantes podem se preparar melhor para os problemas da cadeia de suprimentos que ainda estão por vir:

Aumente a capacidade otimizando as trocas

Ouvimos toneladas de histórias no início da pandemia sobre empresas convertendo suas fábricas de bebidas, têxteis e outras para fazer suprimentos de EPI muito necessários, como desinfetante para as mãos e máscaras. 

Em alguns casos, porém, a demanda por esses produtos tão necessários excedeu em muito a capacidade de produção das máquinas. Quando a demanda excede a capacidade, a melhor área para criar rapidamente capacidade adicional, especialmente quando o mix de produtos é alto, geralmente é nas trocas de um produto para outro.

Além de abrir capacidade adicional, ser capaz de mudar rapidamente uma máquina de um produto para outro pode permitir que os fabricantes executem lotes menores ou produtos  com confiança, e representa uma grande oportunidade para os fabricantes se adaptarem às mudanças nas condições do mercado. No entanto, as mudanças têm espaço para melhorar na maioria das fábricas. 

No caso de um pequeno fabricante de produtos de metal, mudanças frequentes para acomodar pedidos especiais criaram atrasos enormes, prazos perdidos e custos extras de horas extras,  mesmo antes da pandemia. 

Aproveitando a tecnologia de nuvem, a equipe foi capaz de rastrear a duração das trocas e o tempo de execução de cada turno e máquina, identificar os fatores que possibilitaram a troca mais rápida para cada produto e replicar esses fatores em toda a fábrica. 

Em apenas três meses, algumas empresas conseguiram diminuir o tempo de produção perdido com as trocas em 26%. Os fabricantes que podem otimizar o processo de troca estarão mais bem posicionados para responder às futuras flutuações de oferta e demanda, seja para reduzir o tamanho do lote ou criar mais capacidade de venda.

Proteja os investimentos existentes

Os problemas da cadeia de suprimentos global aumentaram os custos para os fabricantes em todos os lugares, o que também criou um efeito cascata para os consumidores, que estão vendo os preços dispararem para tudo, desde cloro de piscina a cereais e brinquedos. 

A digitalização das operações da fábrica promete gerar enormes ganhos para os fabricantes, mas esse ambiente incerto não é o momento para investir milhões na substituição de equipamentos que funcionam bem há décadas. O segredo é encontrar uma oportunidade de baixo levantamento e alto retorno para obter mais das máquinas existentes.

Empresas em todos os lugares adotaram a nuvem para colocar sistemas antigos e novos em um painel centralizado para gerenciamento em tempo real,  por que não os fabricantes? 

Até mesmo os proprietários podem conectar uma lâmpada especial em uma lâmpada mais antiga para criar uma casa conectada. 

Trazer máquinas mais antigas e mais novas para a nuvem significa que você pode não apenas manter as máquinas que continuam a funcionar bem, mas também capacitar suas equipes para utilizá-las ainda mais enquanto as avaliam, analisam e melhoram em tempo real.

Navegue pela escassez de mão de obra

Mesmo antes da pandemia, a indústria de manufatura não era estranha às lacunas de talentos, com altas taxas de rotatividade de funcionários combinadas com os altos custos de treinamento de novos funcionários. As lacunas de talentos não são apenas dolorosas, mas também caras. Quando as fábricas não estão totalmente equipadas, a produção pode ser prejudicada.

Até 2,1 milhões de empregos na indústria serão vagos até 2030, impactando a receita e a produção, e custando à economia. Para ajudar os fabricantes a preencher essa lacuna, a tecnologia de nuvem já está se mostrando útil. 

Com máquinas e contexto trazidos do chão de fábrica para a nuvem, até mesmo uma pequena equipe pode essencialmente estar em vários lugares ao mesmo tempo, vendo rapidamente o que agir, se eles estão no local ou a horas de distância, e responder imediatamente a falhas ou problemas.

Para um fabricante de plásticos, por exemplo, um gerente de produção conseguiu executar simultaneamente a produção de duas fábricas com mais de 10 horas de diferença uma da outra a partir de um único chão de fábrica, ao mesmo tempo em que alcançou uma melhoria de 41%.

O impacto da pandemia mudou a cadeia de abastecimento para sempre. Se há uma coisa que aprendemos, é que pode ser impossível prever o que virá a seguir. É fundamental para os fabricantes colocarem em prática as ferramentas de que precisam para garantir que possam se adaptar com flexibilidade a quaisquer novos desafios que surjam, começando com o chão de fábrica. O poder da nuvem pode democratizar o acesso a essas ferramentas e dar a cada fabricante a oportunidade de prosperar no cenário pós-pandemia.