Um pouco de história: goste-se ou não, Leonel Brizola foi figura importante no contexto da política brasileira

Em sua longa carreira política, meteórica, já que em menos de uma década foi vereador, deputado estadual, prefeito de Porto Alegre e em seguida eleito Governador, Brizola sempre foi polêmico, controvertido, com milhões de admiradores e outros tantos inimigos

Sérgio Pires
Publicada em 12 de junho de 2023 às 11:39
Um pouco de história: goste-se ou não, Leonel Brizola foi figura importante no contexto da política brasileira

No próximo dia 21 deste junho, completam-se 19 anos da morte de Leonel de Moura Brizola, um personagem complexo, mas respeitado, dentro do contexto da nossa História política. Goste-se ou não dele (e essa divisão de opiniões sempre caracterizou sua carreira pública) não há como negar que sua figura e suas frases criativas, mexeram com as estruturas da vida brasileira, entre os anos 50 do século passado e os anos 10 do século 21, quando ele faleceu, aos 82 anos. “Sou como uma planta do deserto. Uma única gota de orvalho é suficiente para me alimentar. E, se vier uma enchente, também não me afetará, porque tenho raízes profundas” era uma das suas declarações preferidas. Em sua longa carreira política, meteórica, já que em menos de uma década foi vereador, deputado estadual, prefeito de Porto Alegre e em seguida eleito Governador, Brizola sempre foi polêmico, controvertido, com milhões de admiradores e outros tantos inimigos. Quando comandava os gaúchos, foi o responsável por um evento histórico: a criação do Movimento da Legalidade, que manteve o direito de João Goulart assumir a Presidência, quando da renúncia de Jânio Quadros. Logo depois, os governos militares o obrigaram ao exílio, de onde voltou só depois da anistia geral, assinada pelo general Figueiredo. Seu retorno ao país foi apoteótico, reunindo uma multidão poucas vezes vistas nas ruas do Brasil, àquela época. Seu maior feito como Governador, na época, foi revolucionar o ensino gaúcho e brasileiro, criando as famosas “brizoletas”, pequenas escolas construídas em cada recanto distante do Rio Grande gaúcho. A educação, aliás, foi a maior de todas as prioridades do político, em toda a sua vida.

FOI ELE QUEM CRIOU O TERMO “SAPO BARBUDO” PARA LULA E SUGERIU UM “VERGONHÓDROMO” PARA OS POLÍTICOS

Ao retornar do exílio, Brizola retomou sua carreira política. Mudou-se para o Rio de Janeiro, onde viveu longos anos e onde morreu. No seu novo Estado, foi eleito, contra todos os prognósticos, duas vezes governador dos cariocas e fluminenses. Foi histórica sua guerra contra a então já poderosa Rede Globo, que tentou impedir sua eleição de todas as formas. De forma inédita, conseguiu na Justiça um direito de resposta no horário nobre do Jornal Nacional, quando o apresentador Cid Moreira teve que ler um texto em que Brizola, usando um termo popular, esculhambava com a Globo. Outro evento inesquecível para quem é mais velho e não deixa fugir da memória nossa história recente, foi a troca de farpas, num debate da TV Bandeirantes, quando Paulo Maluf o chamava de “desequilibrado” e Brizola respondia com “filhote da ditadura”! Também, depois de um primeiro momento de aliança, se transformou num adversário de Lula e do PT. Sobre o partido, Brizola marcou mais uma das suas famosas frases: “o PT é como uma galinha que cacareja para a esquerda, mas põe os ovos para a direita!”. E sobre Lula, entre uma dezena de ataques inteligentes, tem mais essa: “A política é a arte de engolir sapos. Não seria fascinante fazer agora a elite brasileira engolir o Lula, este sapo barbudo?”, quando Lula foi candidato contra Collor. Brizola morreu sem realizar seu sonho de ser Presidente da República, isolado depois do crescimento do petismo. Deixou outra frase, que poderia muito bem ser aplicada hoje, ele, que criou o famoso Sambódromo: “estou pensando em criar um Vergonhódromo, para políticos sem-vergonha, que ao chegarem ao poder, se esquecem dos compromissos com o povo”!

NA QUARTA TEM MAIS UMA AUDIÊNCIA LIDERADA POR REDANO, EM DEFESA DOS PRODUTORES RURAIS DO NOSSO ESTADO

Mais um evento importante que envolve a situação atual dos produtores rurais de Rondônia, principalmente os pequenos, será realizado na Assembleia Legislativa, na luta por busca de soluções. A partir de iniciativa do deputado Alex Redano, haverá uma audiência pública na próxima quarta-feira, dia 14, a partir das duas da tarde. A intenção é chamar autoridades e representantes do mundo rural rondoniense, para defender causas que possam amenizar a situação difícil dos produtores, muitos deles ameaçados de perderem suas terras.  "Estamos junto ao homem do campo, que produz e coloca o alimento em nossas mesas todos os dias. Aproveito para convidar a população para acompanhar no dia 14 de junho na Assembleia Legislativa essa importante audiência, onde vamos tratar justamente dos embargos ambientais. Nós não podemos nos curvar e deixar acontecer em Rondônia o que infelizmente já está acontecendo no sul do Amazonas. Não adianta nós nos mobilizarmos quando o leite já estiver derramado", sublinhou o deputado. Redano lembrou que “no Amazonas estão retirando famílias, rebanhos, produção das propriedades que desmataram após 2008”, destacando que não podemos aceitar que isso ocorra em Rondônia. Ele frisou que se isso ocorrer por aqui, “vai inviabilizar todo o Estado”. De acordo com o ­parlamentar, mais de 30 por cento do território rondoniense foi desmatado após 2008. Ele conclamou colegas de parlamento, representantes do Estado no Congresso Nacional e toda a população, “para que lutemos lado a lado”, contra essa situação.

UM FILME QUE VOLTA NA CPMI DO 8 DE JANEIRO: NUMA GUERRA, A VERDADE É A PRIMEIRA A SOFRER GRANDE DERROTA

Já se viu este filme! Isso já resume muito bem o que está acontecendo nas primeiras reuniões da CPMI do 8 de Janeiro. Enquanto os governistas, que são maioria na CPMI, tentam criar uma pauta que blinde qualquer suspeita de omissão do Planalto e seus ministros, a oposição vem com tudo, mostrando vídeos e documentos, tentando provar exatamente o contrário. Os governistas já colocaram o ex-presidente Bolsonaro na linha de frente com depoimentos do tenente-coronel Mauro Cid – assessor do presidente, falando em golpe. A oposição está usando a estratégia de bater na mesma tecla: que o governo Lula sabia, com bastante antecedência, que haveria invasões e nada fez para contê-las, para criar um fato que pudesse ser usado contra seus adversários. O senador Marcos do Val, por exemplo, continua apresentando uma série de documentos oficiais, inclusive da Abin, para desmentir o Planalto. O senador Esperidião Amin também já denunciou que o ex-ministro do GSI omitiu informações que estavam no relatório original da Abin. A presidência e relatoria querem impor um sistema de trabalho e depoimentos que sequer era do conhecimento dos demais membros. A gritaria e os protestos tomaram conta dos primeiros depoimentos. Imagine-se só o que vem por aí. É uma CPMI essencialmente política, onde se pode usar a máxima dos conflitos: “numa guerra, a primeira derrotada é a Verdade!”

PARA AJUDAR NA PROTEÇÃO AMBIENTAL, ENERGISA ACABA COM NADA MENOS DO QUE 13 USINAS TERMOELÉTRICAS EM RONDÔNIA

Mais ação, menos discurso. A defesa do Meio Ambiente pode ser feita de várias formas, sem prejudicar o desenvolvimento, mas com realizações inteligentes e concretas. Foi o que a Energisa, a empresa responsável pela distribuição de energia elétrica no Estado, fez, em poucos anos de atuação. Desativou nada menos do que 13 usinas termoelétricas e, segundo cálculos oficiais, deixou de jogar no ar nada menos do que 400 toneladas do poluente dióxido de carbono. Segundo a empresa, o programa de fechamento das termoelétricas “tem um papel essencial para o meio ambiente”. No lugar das termelétricas, entraram em cena subestações e linhas de alta tensão, que conectam os clientes do Estado ao Sistema Interligado Nacional. “Isso significa segurança energética e melhoria da estabilidade da rede, atraindo novas empresas que fomentam a economia local”, afirma a Energisa, através dos seus porta- vozes.  “Substituir termelétricas por subestações é um passo crucial na transição energética que garante energia limpa e de qualidade, ao mesmo tempo em que reduz a emissão de gases poluentes”, explica o supervisor de Meio Ambiente da Energisa, José Carrate. “Reduzir as emissões de dióxido de carbono é fundamental. As energizações das subestações são medidas concretas que proporcionam desenvolvimento de forma sustentável”, acrescenta.

BANCADA FEDERAL PRECISA SE MEXER PELA BR 319. POR ENQUANTO, SÓ CRISTIANE LOPES ESTÁ COBRANDO DO DNIT

Se as bancadas federais do Amazonas, de Rondônia e demais Estados da região não se mobilizarem, as chances de reasfaltamento da destruída BR 319, na imensa maioria dos seus trechos, jamais se tornará realidade. As iniciativas neste sentido, dos representantes da região, ainda são tímidas, mesmo depois de declarações mais uma vez estapafúrdias, da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, a Rainha das ONGs, rezando pela cartilha de que a rodovia deve ficar como está. Nas últimas semanas, a única medida concreta em defesa da 319 foi tomada pela deputada rondoniense Cristiane Lopes. Ele enviou documento ao Dnit, pedindo informações sobre o estágio atual das obras e os prazos para que elas tenham andamento. Os perto de 900 quilômetros da BR que deveria ligar, por terra, a Capital do Amazonas a Porto Velho e ao resto do Brasil, faz parte de uma verdadeira guerra de discursos das ONGs, principalmente as internacionais, que orientam os discursos dos ambientalistas, alegando que a pavimentação da Rodovia pode ajudar a destruir a Amazônia, o que é um total absurdo, mas uma narrativa que tentam impor como verdadeira. No seu ofício ao diretor-geral do Dnit, Fabrício Galvão, Cristiane lembrou que “desde  julho de 2022, o DNIT conseguiu junto ao IBAMA a Licença Prévia, que atesta a viabilidade ambiental do empreendimento e estabelece os requisitos e para reconstrução e pavimentação do chamado Trecho do Meio, de cerca de 400 quilômetros, onde está o pior da BR 319, totalmente destruído e impossível de ser trafegar nos períodos do inverno amazônico. Está na hora de toda a bancada do nosso Estado entrar de sola nesta batalha. 

SENSAÇÃO DE SEGURANÇA DÁ ALENTO À POPULAÇÃO, QUANDO ELA VÊ A POLÍCIA CADA VEZ MAIS PRESENTE NAS RUAS

Enfim, a segurança pública no Estado começa a dar cada vez mais resultados positivos, graças a uma série de ações que estão sendo tomadas por toda a estrutura policial, sob o comando do coronel Felipe Vital. Há poucos meses no comando da Sesdec, Vital já disse a que veio. Hoje, os resultados de praticamente todos os setores de atuação das polícias têm números positivos. Investimentos feitos em armas, equipamentos e também em estrutura de prevenção, como os tótens já colocados em Porto Velho e Ji-Paraná, são prova clara de que as coisas estão mudando para melhor. Mas o que mais tem dado ao cidadão uma sensação de maior segurança, é a presença da polícia nas ruas, coisa que raramente se via nos últimos anos. Para se ter ideia, apenas neste final de semana, mais de 160 PMs estão envolvidos numa nova operação, presentes fisicamente em pontos importantes da Capital, para prevenir e combater o crime. O governador Marcos Rocha, falando sobre o tema, diz que há sim o que comemorar: “todas as medidas realizadas pela Polícia Militar, têm alcançado resultados não só na redução das estatísticas de crimes violentos no Estado, mas também na confiança que a população tem numa força pública que está em seu favor, lutando pelo bem-estar social. Estamos avançando em toda a estrutura da segurança. E vamos melhorar ainda mais”! A Operação Máximus, que está sendo realizada em mais uma fase, continuou durante todo o final de semana. E vem mais por aí!

HÁ AINDA SETE BILHÕES DE DINHEIRO ESQUECIDO. RONDONIENSES PODEM CHECAR SE TÊM ALGUMA GRANA A RECEBER NO SISTEMA DO BANCO CENTRAL

Atenção rondoniense que suspeita que tem algum dinheiro a receber e que ele está lá, parado e esquecido, no sistema bancário. Você pode ser um dos felizardos a colocar a mão numa boa grana, já que a imensa maioria dos 36 mil brasileiros que têm esse direito, ignoraram o novo Sistema de Resgate de Valores a Receber, liberado pelo Banco Central, em que há mais de 11 bilhões de reais esquecidos em contas bancárias, algumas bem antigas. São cidadãos e empresas que simplesmente abriram mão de quantias, em alguns casos bastante razoáveis. Menos de 4 bilhões de tudo o que havia sido esquecido nos bancos foram resgatados até o mês passado. Há ainda pelo menos 7 bi para a busca de quem suspeita que, em algum momento, não resgatou tudo o que tinha em qualquer tipo de conta. A maior parte das cifras a receber é de cerca de 5 bilhões e 700 milhões, apenas para pessoas físicas. As empresas respondem por 1 bilhão e 300 milhões. Mas não só os bancos que ficaram com seu dinheiro. Há ainda administradores de consórcios, cooperativas, financeiras e instituições de pagamentos, que podem estar guardando aquela graninha para que o seu dono possa colocar as contas em dia ou fazer uma viagem e até voltar a investir. Para ter acesso às informações sobre eventual dinheiro que a pessoa tenha direito, basta acessar o Sistema Valores a Receber do Banco Central. Será necessário fazer login na Conta gov.br. Por causa do sigilo bancário, a conta precisa ser de nível prata ou ouro. Neste momento, a pessoa terá acesso inclusive para Valores para Pessoas Falecidas.

PERGUNTINHA

Na sua opinião, o aeroporto de Porto Velho vai mesmo ficar com cara de aeroporto internacional, depois das obras anunciadas a partir de agora ou o visitante continuará sem acesso, num caso inédito no mundo, a ver aterrissagens e decolagens dos aviões?

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