UNIR realiza atividades de ensino em aldeias
Professores de Licenciatura Intercultural se deslocam para comunidades indígenas de 12 localidades em RO e MT
Os docentes do curso de Licenciatura em Educação Básica Intercultural (Deinter) da Universidade Federal de Rondônia (UNIR), Campus de Ji-Paraná, iniciaram, no dia 10 de março, atividades de ensino do Tempo Comunidade em diferentes terras indígenas e aldeias nos Estados de Rondônia e Mato Grosso. Essas atividades estão sendo conduzidas pela equipe de docentes do curso em 12 polo-aldeias. O apoio financeiro para o deslocamento, logística, combustível, bem como a alimentação da equipe de docentes e dos acadêmicos indígenas, é financiado pelo Programa de Apoio à Formação Superior e Licenciaturas Interculturais Indígenas (Prolind), do Ministério da Educação (MEC).
Tempo Comunidade – O curso de Licenciatura Intercultural Indígena é voltado para formação de professores indígenas para atuar em escolas de ensino fundamental e médio que atendem a comunidades indígenas. Devido à dinâmica do curso, as atividades de ensino são divididas em dois espaços: Tempo Comunidade e Tempo Universidade, conforme previsto no PPC do curso. A carga horária total do Curso corresponde a 4.200 horas em cinco anos, sendo que 1.200 horas são para as atividades do Tempo Comunidade. O Tempo Comunidade refere-se à etapa presencial de formação por meio do trabalho didático realizado nas aldeias e escolas de origem dos estudantes indígenas matriculados no curso. Constitui-se como um importante recurso de materialização das atividades pedagógicas etnoterritorializadas da Educação Escolar Indígena em nível superior.
Ações Pedagógicas – Para o semestre de 2024.1, os polos-aldeias atendidos são: Polo Município de Guajará Mirim – Nova Mamoré; Sotério; Pacaas; Rio Negro Ocaia, Sagarana, Guaporé – Terra Indígena Ricardo Franco; Município de Porto Velho – Terra Indígena Karitiana e Extrema de Rondônia – Terra Indígena Kaxarari; Município de Ji-Paraná – Terra Indígena Igarapé Lourdes e Rondolândia (MT); Município de Espigão – Terra Indígena Roosevelt; Município de Alta Floresta – Terra Indígena Rio Branco; Município de Cacoal - Terra Indígena 7 de Setembro; Município de Comodoro – Negarotê; Município de Vilhena – Mamaindê/Sabane.
As atividades atendem diferentes povos indígenas: Migueleno, Warazúkwe, Makurap, Kujubim, Karitiana, Kaxarari, Gavião/Ikolen, Arara, Amondawa, Uru eu wau wau, Zoró, Suruí, Cinta Larga, Kwaza, Mamaindê, Sabane, Aikanã, Oro Nao, Oro win, Oro waram Xijein, Oro At, Oro Eo, Aruá, Jabuti, Macurapi, Tupari, entre outros.
De acordo com a professora Vanúbia Sampaio, chefe do Departamento Acadêmico de Educação Intercultural Indígena (Deinter), o Tempo Comunidade assume relevância pedagógica ao articular os objetivos da formação docente indígena aos projetos societários dos Povos Originários em seus próprios contextos territoriais. “É um espaço significativo de aproximação e conhecimento entre indígenas e Universidade, um lócus formativo que efetiva a relação de territorialidade e educação escolar, concepção importante para a discussão sobre a continuidade dos povos e suas perspectivas de bem-viver", comentou a chefe do Deinter.
Para assegurar os estudos entre os diferentes saberes em tempo e espaço diferenciado, levando em conta as especificidades, necessidades e perspectivas das sociedades indígenas na implementação e execução das ações educacionais, o Tempo Comunidade será viabilizado por meio da organização de oito polos já organizados anteriormente para atender à dinâmica do curso, definidos a partir de três aspectos: línguas, culturas e proximidade geográfica. A organização dos polos visa contemplar todos os polos ao final do curso, realizando as atividades em sistema de rodízio.
As atividades estão ocorrendo simultaneamente nas aldeias, iniciando-se a partir do tema "Planejamento Didático". Esse tema foi sugerido durante os encontros de planejamento dos polos realizados em novembro de 2023, após consulta às turmas da Licenciatura Intercultural e às lideranças indígenas em Seminário de Avaliação do Curso. É importante ressaltar que esse tema foi considerado uma das demandas das escolas indígenas e dos professores indígenas em formação inicial.
Vilipêndio de cadáver: legislação brasileira criminaliza atos praticados contra mortos
Ações como ultrajar um corpo sem vida, suas cinzas ou ossos, seja por gestos, atos ou palavras, são consideradas crimes, afirma jurista do CEUB
MPF e DPE/AM pedem na Justiça indenização de R$ 4 bi e reparação após mortes por falta de oxigênio em Manaus (AM)
Crise ocorreu em janeiro de 2021, durante segunda onda da covid-19; ação pede a responsabilização da União, do estado do Amazonas e do município de Manaus
MPF e Faculdade São Lucas fazem acordo de cooperação para assistência jurídica gratuita à população de Ji-Paraná (RO)
MPF encaminhará ao Núcleo de Prática Jurídica da faculdade as pessoas que precisem de assistência em causas individuais na Justiça Federal
Comentários
Seja o primeiro a comentar
Envie Comentários utilizando sua conta do Facebook