Valdemar tocou o apito: saiam de perto de Bolsonaro
'O recado às bases está claro: o inelegível deve ser evitado e pode virar o santinho do pau oco da direita', escreve o colunista Moisés Mendes
Valdemar Costa Neto (à esq.) e Jair Bolsonaro (Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino | REUTERS/Adriano Machado)
Um apito de Valdemar Costa Neto vale mil vezes mais do que um editorial rococó do Estadão em defesa de milicianos do gabinete do ódio e dos mandantes e jagunços que mataram Marielle.
A mais recente apitada de Valdemar não foi para que Bolsonaro sinta ciúme de Lula. Ao colocar Lula e Bolsonaro frente a frente, para comparações, e dizer que Bolsonaro tem carisma e que Lula é um camarada do povo, Valdemar fez uma das melhores resenhas do ano.
O presidente do PL disse que Lula está vivo e que a Bolsonaro sobrou o que ele chama de carisma. Valdemar instalou as bananas de dinamite para implodir Bolsonaro.
Chamar um político de carismático é entregar-lhe um prêmio de consolação, tipo miss simpatia da extrema direita. E carisma, numa hora dessas, logo depois de duas derrotas, na eleição e na tentativa de golpe, valem tanto quanto os adjetivos do século 19 que enfeitam os editoriais do Estadão em defesa do fascismo.
Valdemar não vai implodir o PL, como Bolsonaro sugere. Ele tentou salvar o PL, que foi emprestado a Bolsonaro para a empreitada fracassada de 2022.
Valdemar deve pensar que a dívida do partido com Bolsonaro, que permitiu a eleição da maior bancada da Câmara, já está paga.
Foi o que Valdemar quis dizer. Dirigentes da base do partido, lá em Rancho Queimado, sabem o que é carisma e o que é ter força popular. Os vereadores do PL entenderam direitinho.
Valdemar está explicitando o descarte de Bolsonaro e começando a reaproximação com Lula. Já no meio do ano andou espalhando que o melhor negócio para a direita seria a prisão de Bolsonaro.
A tese não tem originalidade, mas deve ser vista pelo que expressa como desprezo pelo que teria sobrado do potencial eleitoral de Bolsonaro como sujeito ativo da política.
Com Bolsonaro preso – o que parece cada vez mais improvável em ano de eleição –, a direita teria um mártir e elegeria mais prefeitos e vereadores em louvor ao sacrificado.
Bolsonaro, segundo a tese de Valdemar, valeria mais como vítima de perseguição e enjaulado do que como cabo eleitoral inconveniente solto e na ativa.
Assim, que implodam Bolsonaro, antes que ele se transforme num estorvo para a direita, e não só para o PL, na campanha às prefeituras.
Bolsonaro politicamente morto, carregado nos ombros dos fascistas, seria mumificado para que se saiba mais adiante, passada a eleição, sua real utilidade, talvez como uma espécie de santinho do pau oco.
Há muito tempo, Bolsonaro parece estar valendo no máximo um PIX de R$ 15. Valdemar sabe que a melhor tática para o PL e para a maioria do centrão hoje é desfazer as rodinhas de conversa assim que Bolsonaro se aproximar.
Moisés Mendes é jornalista, autor de “Todos querem ser Mujica” (Editora Diadorim). Foi editor especial e colunista de Zero hora, de Porto Alegre.
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Comentários
Bolsonaro foi o pior presidente que o Brasil já teve. Despreparado, desprovido de capacidade de gestão, desleal, omisso, negacionista. Vivia pelas esquinas de Nova York comendo fatias de pizza porque não podia entrar em hotéis e restaurantes pois não era vacinado contra a covid 19. Uma vergonha mundial. Se limitou a ganhar e contrabandiar joias recebidas dos emirados Árabes. Aliciou a cúpula das forças armadas querendo dar um golpe militar. Perdeu a eleição por ser ditador, crápula, misógino, maltratar as mulheres e difamar o povo nordestino. Zombou de Deus e isso não fica impune. Deus o tirou da presidência e vivo. Para mostrar a ele que com Deus não se brinca. Deus coloca governantes e os tira, conforme o seu propósito. Adeus Bolsonaro e sua trupe. Já foi tarde.
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