A pandemia causou uma crise econômica sem precedentes. Com a necessidade de medidas para conter o vírus, a circulação de pessoas foi proibida e grande parte do comércio não pôde funcionar. Negócios fecharam, trabalhadores foram demitidos e, de uma maneira geral, o poder de compra do brasileiro diminuiu. A população precisou se adaptar aos novos tempos e adiar planos que envolviam grandes gastos. Com a vacinação avançando pelo mundo, a expectativa é de que a economia comece a tomar fôlego e as pessoas voltem a consumir, mas, por enquanto, a situação é de recuperação.

Em meio à instabilidade e recessão econômica, um setor tem se destacado positivamente pelos números que vem apresentando. Segundo pesquisa da Federação Nacional das Associações dos Revendedores de Veículos Automotores (Fenauto), as vendas de automóveis seminovos e usados em 2021 já superaram em 2,4% os números do ano passado. Só em fevereiro, foram vendidos 13% a mais de veículos nessas condições do que no mesmo período de 2020. 

Vários fatores contribuíram para esse rápido crescimento do setor. Devido a problemas de produção nas fábricas, as concessionárias estão com pouca oferta de veículos novos. No Brasil, várias montadoras tiveram de interromper as atividades e outras fecharam as portas. E, apesar de os preços não serem considerados tão bons, as condições atuais de financiamento favorecem a aquisição desses veículos. Por fim, as pessoas têm evitado o transporte público por causa do perigo de serem contaminadas pela Covid-19, e buscam no carro a segurança para o seu dia a dia. 

Os interessados em adquirir um veículo seminovo ou usado devem pesquisar bastante sobre a concessionária, os modelos disponíveis e as condições de financiamento oferecidas. Hoje, é possível fechar um negócio através da internet, com o auxílio de leilões virtuais que acontecem regularmente. Além disso, do Sul ao Norte do país é possível comprar um carro nesta modalidade, com leilão em Curitiba e Porto Velho, por exemplo. 

Apesar dos graves impactos da pandemia na economia, alguns setores apresentaram um crescimento inesperado, como foi o caso das vendas de automóveis seminovos e usados. Com a paralisação parcial da indústria automobilística – resultado das medidas de contenção do vírus e da falta de peças no mercado – e a maior preocupação das pessoas por não dar um passo maior que a perna, adquirir um veículo usado tem sido a opção mais segura para consumidores cautelosos.