"Sérgio Moro não é mais juiz, ainda não chegou ao Supremo Tribunal Federal, seu sonho declarado, e perdeu nos últimos dias, ao menos por ora, a capa de herói com que foi retratado em atos no dia 26", diz a jornalista Vera Magalhães em sua coluna no jornal O Estado de S. Paulo em referência às denúncias de manipulação da Lava Jato por parte de Moro e integrantes da Lava Jato, conforme divulgado pelo site The Intercepet.

Em sua avaliação, "os atos em apoio ao governo foram mais um aval à agenda de Moro que à de Jair Bolsonaro" e as hashtags de apoio "rivalizaram com as de críticas à Lava Jato". "As interações no Twitter mostram o campo de centro dividido entre o apoio à operação e a decepção com a revelação de interações não institucionais entre acusação e juiz", completa.

"Em política, o ambiente em que Moro escolheu transitar quando deixou a magistratura, os agentes costumam sentir cheiro de sangue na água. E o ex-todo-poderoso sangrou pela primeira vez de forma consistente depois de quatro anos praticamente sem contestações. Deputados, senadores, ministros do Supremo, derrotados nas últimas eleições, advogados. A fila dos que veem no episódio a chance de ir à forra contra Moro e os procuradores é imensa", ressalta.