Vereadora de Vilhena propõe proibição de novos loteamentos por seis anos
A vereadora é casada com o ex-vereador Carmozino Alves Moreira, que foi cassado e preso em 2017 por suposta participação em um esquema de aprovação de loteamentos mediante recompensas
VILHENA, RO - A vereadora de Vilhena, Clerida Alves (Avante), propôs um projeto de lei para proibir a construção de novos empreendimentos imobiliários no município pelo período de seis anos. A justificativa apresentada refere-se a uma "exorbitante expansão desordenada".
A vereadora é casada com o ex-vereador Carmozino Alves Moreira, que foi cassado e preso em 2017 por suposta participação em um esquema de aprovação de loteamentos mediante recompensas.
Carmozino teria recebido terrenos e dinheiro para aprovar tais loteamentos. A Câmara de Vereadores cassou o mandato dos envolvidos em junho de 2017.
No contexto atual, o projeto de proibição está causando preocupações em Vilhena. Segundo dados do Sebrae, a construção civil é responsável por aproximadamente 3,3% dos empregos formais na cidade, que possui uma população de cerca de 90 mil habitantes. Quando consideradas empresas de pequeno e médio porte, este percentual sobe para 8%.
A vereadora Clerida é reconhecida por sua proximidade com o prefeito, Delegado Flori. Além disso, seu marido, Carmozino Alves, tem ligações com o atual Secretário Municipal de Terras, Mauritani Ribeiro Vieira. Mauritani é sócio-administrador da empresa MRV Participações LTDA, sediada em Vilhena, que tem diversas atribuições relacionadas à construção civil.
Mauritani Ribeiro Vieira, em declaração ao site PAINEL POLÍTICO, negou qualquer vínculo com o casal e expressou desacordo com o projeto proposto por Clerida, chamando-o de inconstitucional. O secretário também ressaltou que apoia novos empreendimentos na cidade e defende a liberdade econômica para o desenvolvimento local.
Alguns críticos argumentam que o projeto de lei da vereadora poderia beneficiar os negócios do casal, pois a proibição de novos loteamentos pode aumentar a demanda pelos loteamentos existentes, nos quais eles teriam interesse direto.
A proposta foi apresentada no final de julho com pedido de urgência, mas ainda não foi submetida à votação.
O site Tudorondonia tentou entrar em contato com a vereadora e seu marido para obter suas versões sobre o caso, mas não obteve resposta até o momento. Este espaço está aberto para esclarecimentos, que serão publicados assim que recebidos. Para enviar esclarecimentos ou posições sobre a reportagem, utilize os seguintes canais: E-mail: [email protected], rubinhopvh@com, ou pelo fone/WhatsApp: 69 9 9962-3981.
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