Wankabuki vence prêmio em festival de cinema dentre 1,7 mil inscritos com filme sobre lavadeiras através de aclamação popular

Curta metragem faz resgate cultural de mulheres que formaram Vilhena e Rondônia às margens dos rios e da história

Fonte: Texto e fotos Assessoria - Publicada em 15 de outubro de 2024 às 14:50

Wankabuki vence prêmio em festival de cinema dentre 1,7 mil inscritos com filme sobre lavadeiras através de aclamação popular

O filme vilhenense “A Margem da História: Mães, Avós e Nós”, com direção de Valdete Sousa, do Teatro Wankabuki, ganhou o prêmio de melhor produção na categoria Júri Popular no 2° Festival de Cinema de Rondônia (CineRO). Concorrendo com 1,7 mil filmes de todo o país, o curta metragem foi exibido em Porto Velho em mostra virtual e presencial no Espaço Tapiri. 

“Vilhena cresceu à margem de um rio, o Pires de Sá. E aqui a história das lavadeiras se perdeu nos registros históricos. Há hoje poucas fotos e relatos da época. As mulheres que viveram esse início da cidade estão indo e com esse filme quis trazer essa realidade difícil à tona, visto que para os homens tomarem à frente nas fotos da história, muitas mulheres foram ocultadas na lama dos rios de Vilhena, e de Rondônia, lavando suas fardas, uniformes e camisas sociais”, comenta Valdete, diretora da produção. 

Dos 861 votos dados aos 135 filmes selecionados para serem votados, o curta do Wankabuki foi o grande vencedor com 115 votos, mais de 13% do total. O curta foi exibido na mostra virtual e na Mostra T(D)elas no Espaço Tapiri, em 1° de setembro. No evento, festival Valdete Sousa ofertou ainda a “Oficina de Introdução à Produção Cultural”, capacitando novos produtores culturais em um treinamento gratuito e aberto à comunidade.

A sinopse oficial do vídeo premiado revela o tom dramático e intenso do filme: “Lavadeiras sem nome nas margens de rios e córregos ocupadas com suas trouxas e cantorias. Águas caudalosas correm de fontes escuras, os sons que põem a vida: pássaros, águas, vento, árvores flutuando em sopros. Pela boca de nossos personagens fictícios ou reais, sabemos o que aconteceu aqui, mulheres resistindo às florestas, à dor e aos males desta terra que dá e tira em proporções iguais. Da água ao pó seco que as estradas levantam. Do barro barrento em tempos de chuva, da lama e das águas frias que fazem doer os ossos nas margens dos rios. Entre esquinas de trabalho, idas e vindas de sonhos e desejos de encontrar o Eldorado”.

A organização do evento destaca que o festival promove a acessibilidade ao cinema e destaca Rondônia como um importante centro cultural. O 2° Cine RO é viabilizado com recursos da Lei de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet), contando com o patrocínio da Energisa e apoio do Instituto Energisa, Cine Veneza, Complexo Madeira-Mamoré, Fecomércio RO e produção da Fundação Cultural do Estado de Rondônia FUNCER, além de ser realizado pela Zenital Produções, Ministério da Cultura e Governo do Brasil.

Criado em 2021 para enfrentar os desafios da distribuição cinematográfica, o festival promove a democratização do audiovisual, especialmente em regiões onde a distribuição comercial é limitada. Nesta edição foram 17 mostras paralelas e exibições em formato híbrido ao longo de 30 dias. Neste ano, o festival recebeu 1701 inscrições, e a curadoria selecionou 135 filmes, incluindo 10 produções de Rondônia. Além das mostras competitivas, o projeto realiza circuitos de exibições em escolas e bairros periféricos, oficinas, workshops e bate-papos, fortalecendo o mercado audiovisual local. 

Wankabuki vence prêmio em festival de cinema dentre 1,7 mil inscritos com filme sobre lavadeiras através de aclamação popular

Curta metragem faz resgate cultural de mulheres que formaram Vilhena e Rondônia às margens dos rios e da história

Texto e fotos Assessoria
Publicada em 15 de outubro de 2024 às 14:50
Wankabuki vence prêmio em festival de cinema dentre 1,7 mil inscritos com filme sobre lavadeiras através de aclamação popular

O filme vilhenense “A Margem da História: Mães, Avós e Nós”, com direção de Valdete Sousa, do Teatro Wankabuki, ganhou o prêmio de melhor produção na categoria Júri Popular no 2° Festival de Cinema de Rondônia (CineRO). Concorrendo com 1,7 mil filmes de todo o país, o curta metragem foi exibido em Porto Velho em mostra virtual e presencial no Espaço Tapiri. 

“Vilhena cresceu à margem de um rio, o Pires de Sá. E aqui a história das lavadeiras se perdeu nos registros históricos. Há hoje poucas fotos e relatos da época. As mulheres que viveram esse início da cidade estão indo e com esse filme quis trazer essa realidade difícil à tona, visto que para os homens tomarem à frente nas fotos da história, muitas mulheres foram ocultadas na lama dos rios de Vilhena, e de Rondônia, lavando suas fardas, uniformes e camisas sociais”, comenta Valdete, diretora da produção. 

Dos 861 votos dados aos 135 filmes selecionados para serem votados, o curta do Wankabuki foi o grande vencedor com 115 votos, mais de 13% do total. O curta foi exibido na mostra virtual e na Mostra T(D)elas no Espaço Tapiri, em 1° de setembro. No evento, festival Valdete Sousa ofertou ainda a “Oficina de Introdução à Produção Cultural”, capacitando novos produtores culturais em um treinamento gratuito e aberto à comunidade.

A sinopse oficial do vídeo premiado revela o tom dramático e intenso do filme: “Lavadeiras sem nome nas margens de rios e córregos ocupadas com suas trouxas e cantorias. Águas caudalosas correm de fontes escuras, os sons que põem a vida: pássaros, águas, vento, árvores flutuando em sopros. Pela boca de nossos personagens fictícios ou reais, sabemos o que aconteceu aqui, mulheres resistindo às florestas, à dor e aos males desta terra que dá e tira em proporções iguais. Da água ao pó seco que as estradas levantam. Do barro barrento em tempos de chuva, da lama e das águas frias que fazem doer os ossos nas margens dos rios. Entre esquinas de trabalho, idas e vindas de sonhos e desejos de encontrar o Eldorado”.

A organização do evento destaca que o festival promove a acessibilidade ao cinema e destaca Rondônia como um importante centro cultural. O 2° Cine RO é viabilizado com recursos da Lei de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet), contando com o patrocínio da Energisa e apoio do Instituto Energisa, Cine Veneza, Complexo Madeira-Mamoré, Fecomércio RO e produção da Fundação Cultural do Estado de Rondônia FUNCER, além de ser realizado pela Zenital Produções, Ministério da Cultura e Governo do Brasil.

Criado em 2021 para enfrentar os desafios da distribuição cinematográfica, o festival promove a democratização do audiovisual, especialmente em regiões onde a distribuição comercial é limitada. Nesta edição foram 17 mostras paralelas e exibições em formato híbrido ao longo de 30 dias. Neste ano, o festival recebeu 1701 inscrições, e a curadoria selecionou 135 filmes, incluindo 10 produções de Rondônia. Além das mostras competitivas, o projeto realiza circuitos de exibições em escolas e bairros periféricos, oficinas, workshops e bate-papos, fortalecendo o mercado audiovisual local. 

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