Drama de família em busca de UTI móvel revolta vereador Edimar Kapiche

Cacoal: Polo de saúde da macrorregião II está esquecido pelo governo de RO, diz o vereador

Assessoria
Publicada em 28 de junho de 2021 às 08:54
 Drama de família em busca de UTI móvel revolta vereador Edimar Kapiche

Em uma live transmitida no último sábado, 26, pelas redes sociais, o vereador por Cacoal, Edimar Kapiche Vigilante (PSDB), voltou a criticar a gestão do Governo de Rondônia pelo descaso no polo de saúde macrorregião II de Rondônia, em especial nos atendimentos oferecidos no Hospital de Urgência e Emergência (Heuro) e Hospital Regional, ambos de responsabilidade do governo estadual.

O vereador também se mostrou indignado com a falta de ambulâncias equipadas na rede municipal para o transporte de pacientes em estado grave para outros municípios. Kapiche ainda aproveitou a transmissão para convidar vereadores e autoridades dos municípios da região para o 1º Encontro da Frente Parlamentar de Vereadores em prol da Macrorregião II de Saúde de Rondônia. O evento que é promovido pela mesa diretora da Câmara de Vereadores de Cacoal, atendendo a uma solicitação do vereador Edimar Kapiche, será realizado nesta segunda-feira, 28, no plenário da Câmara Municipal.

FALTA DE AMBULÂNCIA EQUIPADA

Em tom emocionado, Edimar Kapiche começou a transmissão relatando a dificuldade de transporte enfrentada pela família de um paciente que estava internado e intubado no Hospital de Campanha de Cacoal por complicações da Covid-19.

“Às 23 horas da noite (da sexta-feira,25) eu recebi a ligação de uma família que estava com um familiar internado no Hospital de Campanha de Cacoal, e tinha sido disponibilizada uma vaga de UTI para ele na cidade de Ji-Paraná. Aí que vem a triste realidade, o paciente por estar intubado ele precisa ser transportado em ambulância UTI, e de forma inacreditável uma cidade do porte de Cacoal não tem nenhuma ambulância UTI e muito menos uma ‘Semi-UTI’. Nós temos cinco ambulâncias na rede municipal, mas são simples e não oferecem condições nenhuma de transportar um paciente com dignidade”, aponta o parlamentar.

Ainda conforme o vereador, depois de muita burocracia, o paciente foi transferido por uma ambulância pública e equipada.

“Esse paciente é um servidor que por 30 anos e um mês prestou serviços ao município de Cacoal e, quando ele precisou de um atendimento de transporte a família teve que passar a madrugada ligando para pessoas políticas, para responsáveis por secretarias e por direção de hospitais. E pasmem, tudo isso, simplesmente por burocracia, por oficializar um pedido da Secretaria Municipal de Saúde a família não conseguiu a liberação pela madrugada. Já pela manhã do sábado, entraram em contato com a rede particular para tentar pagar um transporte de UTI até Ji-Paraná. Em seguida, entramos em contato com a rede municipal de saúde e falamos ser inadmissível um paciente ter que pagar seu transporte, aí entraram em contato com as pessoas responsáveis e resolveram”, destaca.

ENCONTRO DA FRENTE PARLAMENTAR DE VEREADORES

Em outra parte da live, Edimar Kapiche lembrou que nesta segunda-feira será realizada, a partir das 8h30, na Câmara de Vereadores de Cacoal, o 1º Encontro da Frente Parlamentar de Vereadores em prol da Macrorregião II de Saúde de Rondônia, que deve contar com a participação de autoridades dos municípios da Região Central, Cone Sul, Zona da Mata e Vale do Guaporé.

“Nós precisamos fazer um relatório, porque já sabemos de todas as dificuldades e necessitamos que essas autoridades possam destinar recursos para equipar o polo de saúde que atende 37 municípios mais Cacoal. É uma vergonha o governo do estado de Rondônia precarizar, deixar tudo sucateado. Tenho aqui um relatório do complexo hospital de Cacoal que atende toda macro II.  Temos hoje funcionando somente uma ambulância UTI completa de emenda do ex-deputado estadual Adailton Fúria, atual prefeito de Cacoal. Temos também duas ambulâncias terceirizadas, ou seja, a intenção é sucatear para terceirizar”, expõe.

“Tivemos a informação que, infelizmente, a equipe do Governo do Estado cancelou o contrato que tinha com a empresa de ressonância e tomografia de Vilhena, e agora todos os pacientes dessa macro de saúde têm que se deslocar para Porto Velho. Isso é uma vergonha, uma falta de respeito com as pessoas”, acrescenta.

Kapiche enfatiza que além da precariedade dos atendimentos de urgência e emergência a situação é crítica também em relação às cirurgias eletivas.

“A população chora e clama por saúde. Temos pessoas há mais de 60 dias em casa esperando cirurgia. Temos filas de consultas eletivas que estavam suspensas. Isso é uma vergonha. Diante desse cenário, nesta segunda-feira nós iremos juntamente com os vereadores dos 38 municípios da macrorregional II de saúde e também convidamos os presidentes das câmaras de vereadores desses municípios e os presidentes das comissões de saúde das câmaras para poder vir e realmente cobrar de nossos representantes estaduais”, expressa.

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