Funcionários do BB aprovam estado de greve e paralisação na quarta-feira, 10, contra desmonte do banco
O estado de greve é um alerta para que a direção do banco e o governo deem atenção às reivindicações dos trabalhadores e abram negociação para que se evite a deflagração da greve
A maioria dos funcionários do Banco do Brasil em Rondônia, em assembleia virtual realizada na última sexta-feira (5/2), aprovou o estado de greve e uma nova paralisação nacional na quarta-feira (10) contra a reestruturação anunciada pela direção nacional do banco no dia 11 de janeiro, de forma unilateral e sem discussão com os representantes dos trabalhadores.
A reestruturação pretende fechar 361 unidades (112 agências, 7 escritórios e 242 postos de atendimento), descomissionar centenas de funções, extinguir a figura do caixa e fechar 5.533 postos de trabalho, uma clara tentativa de enfraquecer o banco bicentenário para depois privatizá-lo.
O estado de greve é um alerta para que a direção do banco e o governo deem atenção às reivindicações dos trabalhadores e abram negociação para que se evite a deflagração da greve.
Os dirigentes sindicais explicam que os funcionários desejam dialogar com o banco, ter acesso a mais informações sobre a reestruturação e negociar seus termos. O banco precisa ser transparente e detalhar suas medidas, como quantas e quais agências serão fechadas, quantos funcionários serão afetados e o que o banco pretende fazer para que os trabalhadores não sejam, mais uma vez, prejudicados.
“Os funcionários pedem que o banco seja transparente e abra negociações com relação ao plano que prevê a demissão, em plena pandemia, de cinco mil funcionários. E voltamos a enfatizar que essa luta é do interesse da sociedade como um todo, pois com menos funcionários e menos agência, o atendimento que já é precário vai ficar muito pior. Por isso pedimos que os trabalhadores estejam unidos e façam uma mobilização forte, para que muitas perdas sejam evitadas ao funcionalismo, e que a população também nos apoie, para que o desenvolvimento social e econômico do Estado não seja afetado com essa tentativa de desmonte de um banco que responde pelo fomento ao micro, pequeno e médio produtor”, menciona José Pinheiro, presidente do Sindicato dos Bancários e Trabalhadores do Ramo Financeiro de Rondônia (SEEB-RO).
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