2022: o ano da esperança

Lula vai voltar a governar o Brasil, e a esperança, que antes derrotou o medo, irá derrotar o ódio!

Aloizio Mercadante
Publicada em 17 de janeiro de 2022 às 16:28

Gleisi, Lula, Dilma, Mercadante

Começamos o ano com um cenário de estagnação econômica, inflação de dois dígitos e principalmente, desemprego, pobreza e fome generalizada. Mas, ao mesmo tempo, um cenário político extremamente promissor para o povo brasileiro, no que diz respeito às eleições presidências de outubro. Todas as pesquisas apontam para uma vitória do ex-presidente Lula, sendo que, em alguns casos, até mesmo em primeiro turno.

Ao que tudo indica, viveremos uma eleição polarizada entre dois presidentes, Lula, a liderança de um projeto de país com foco no desenvolvimento sustentável, na distribuição de renda, na estabilidade econômica, na projeção internacional do país, na defesa intransigente da democracia, dos direitos humanos, da ciência e do meio ambiente, e Bolsonaro, o representante da extrema direita negacionista, autoritária, antidemocrática, misógina, obscurantista, predadora do meio ambiente, racista, terraplanista e rejeitada por todo o mundo civilizado. A chama “terceira via”, ainda refém da agenda neoliberal, aparece cada vez mais inviabilizada, em uma disputa entre ex-bolsonaristas tardios e quem se omitiu nas eleições de 2022. Para além do extraordinário legado dos governos do PT, Lula terá a possibilidade de apresentar ao povo um projeto consistente e inovador, capaz de retomar o crescimento, com geração de emprego e distribuição de renda, retirando o Brasil do atoleiro neoliberal criado pela agenda Temer-Bolsonaro. No momento oportuno, será apresentado um programa de governo que dialogue com a superação da ortodoxia fiscal e que coloque o Estado como grande agente indutor do desenvolvimento, como o mundo está assistindo no plano Biden e na “Nova Geração” da União Europeia, mas, principalmente, que tenha como foco principal a superação da fome, da miséria, da pobreza, da desigualdade, a geração de empregos e de renda, especialmente para os mais pobres, e a preservação do meio ambiente, com profundo compromisso com o combate às emissões dos gases do efeito estufa.

Para isso, é imperativo revogar o fracassado e desmoralizado teto de gastos e avançarmos em um novo arcabouço fiscal, que permita uma consolidação fiscal de médio prazo, acompanhada pela retomada do crescimento econômico e assegurando recursos para as emergências sociais e o investimento público, capaz de alavancar os investimentos privados e impulsionar o processo de reconstrução nacional. Paralelamente, a implantação de uma reforma tributária justa, solidária e sustentável, com medidas que assegurem a progressividade fiscal, como a taxação de lucros e dividendos e a redução dos impostos indiretos.

Outra iniciativa fundamental do presidente Lula para esta campanha foi pautar o tema da precarização do mundo do trabalho, anunciando compromisso com uma reforma trabalhista, que restitua direitos que foram arrancados dos trabalhadores com a contrarreforma do governo golpista em 2017. Uma reforma capaz de recuperar mecanismos de acesso à justiça do trabalho, de restituir direitos sonegados e de permitir a reconstrução dos sindicatos dos trabalhadores. 

É, por isso, que temos avançado na troca de experiências com ações exitosas de governos progressistas no mundo. O exemplo mais recente foi o seminário que fizemos com representantes do governo espanhol a fim de aprofundar o resultado exitoso dos nove meses de negociação tripartite entre o governo e as entidades sindicais (CCOO e UGT) e empresarias (CEOE e CEPYME) daquele país, que chegou a um acordo ambicioso para alterar a trajetória do sistema de regulação laboral e de relações de trabalho na Espanha. É esse prestígio internacional, associado ao acúmulo de conhecimentos adquiridos em 13 anos de governo do PT,  que asseguram o nosso compromisso histórico com a democracia e com os mais humildes e  reforçam nossa convicção de que 2022 entrará para a história como o ano da esperança. Liderados por Lula, viveremos uma campanha que mistura a polarização e a paixão militante das eleições de 89 e o poderoso sentimento da mudança, como foi a eleição de 2002. Esta gigantesca vitória exigirá muito luta e firmeza, mas resultará no resgate de um Brasil solidário, generoso e acolhedor com todos e com todas. Lula vai voltar a governar o Brasil, e a esperança, que antes derrotou o medo, irá derrotar o ódio!

Comentários

    Seja o primeiro a comentar

Envie seu Comentário

 
NetBet

Envie Comentários utilizando sua conta do Facebook

Bolsonarices não dão voto

Bolsonarices não dão voto

Atacar adversários, na primeira eleição, pode ser uma arma poderosa; mas, na reeleição, o governo tem que mostrar o que realizou se quiser mais quatro anos de poder