Até o final deste ano, a Câmara Municipal de Porto Velho estará de cara nova. As velhas e carcomidas paredes ganharão nova pintura. O piso de borracha, desgastado pela ação do tempo, será ofuscado pelo brilho reluzente da cerâmica e do granito. Os velhos banheiros serão reformados, ganhando metais e porcelanato, além de acessibilidade correta. As antigas lâmpadas fluorescentes cederão lugar à iluminação de LED. As instalações elétricas, hidráulicas e telefônicas não escaparão à ação criteriosa de competentes profissionais.

A parede do muro, que dá acesso pela Avenida Calama, ganhará uma cascata. A parte da frente terá uma nova fachada e um novo layout, com o logotipo do Poder Legislativo, seguido do nome “Câmara Municipal de Porto Velho”, gravado em aço. A ideia é usar o mesmo material do Centro Político-Administrativo do Governo de Rondônia – CPA. A calçada será rebaixada, ganhará escadaria e rampa de acessibilidade. O estacionamento receberá nova cobertura, com vagas para idosos e portadores de necessidades especiais.

Será instalado circuito fechado de monitoramento. O plenário e os gabinetes serão reformados. As repartições ganharão cortinas e persianas. O acervo documental será organizado e catalogado em arquivos deslizantes, facilitando, assim, o manuseio. A legislação será toda digitalizada. Impressoras e computadores modernos serão comprados. A frota sucateada será substituída por veículos novinhos em folha.

Curiosamente, quando o vereador Maurício Carvalho assumiu a presidência da Câmara Municipal, em janeiro de 2017, a situação apontava para o completo caos. Faltava quase tudo, desde papel higiênico até pó de café. Os computadores, mais pareciam instrumentos da idade da pedra lascada. A internet mais lenta que tartaruga. O sistema de telefonia fixa não funcionava. O mobiliário, caindo aos pedaços. Aparelhos de ar condicionados pifando frequentemente.

Uma equipe de trabalho foi criada pelo presidente para diagnosticar os problemas e apontar soluções. E elas vieram rápidas, para desespero de uns poucos que torciam (e ainda o fazem) pelo fracasso de Maurício. Não demorou muito para que as prateleiras do almoxarifado, outrora praticamente vazias, fossem ocupadas por materiais de consumo e permanente. Foi contratada uma empresa para realizar serviços de limpeza e manutenção de equipamentos diversos. Contratos de prestação de serviços continuados, que antes não existiam, foram celebrados.

Se, antes, não havia dinheiro para comprar nem pagar nada aos servidores, como explicar, então, tantas realizações e tantos projetos em tão pouco tempo? A resposta do presidente é simples: “planejamento, transparência e responsabilidade na aplicação dos recursos públicos”. Quanto aos servidores não preciso falar nada, por motivos óbvios. Entretanto, uma visita aos departamentos e divisões da Casa revelará o clima de euforia que há entre eles.