A eleição na OAB Rondônia e a guerra dos guaribas

O próprio código de ética da máfia, que poupa civis e famílias, parece mais elevado do que o padrão adotado pelas duas chapas

Fonte: Rubens Coutinho, editor do Tudorondonia - Publicada em 13 de novembro de 2024 às 11:46

A eleição na OAB  Rondônia e a guerra dos guaribas

Jornalista Rubens Coutinho, editor do Tudorondonia

A disputa pelas eleições da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em Rondônia tornou-se um embate marcado por ataques públicos e estratégias de baixo nível que evocam as velhas práticas das disputas sindicais mais rasteiras. As chapas concorrentes, a situacionista "Juntos Avançamos", liderada por Márcio Nogueira, atual presidente que busca reeleição, e a oposicionista, encabeçada por Eurico Montenegro Neto, estão envolvidas em uma escalada de conflitos que expõe o lado mais sombrio de um pleito que deveria ser pautado pela ética e pelo respeito.

Nos últimos dias, os ataques entre os dois grupos intensificaram-se, com denúncias de fake news, acusações de criação de "gabinetes do ódio" para disseminar informações falsas e até ataques pessoais que atingiram famílias dos candidatos. Esse comportamento rebaixa a campanha a um nível tão deplorável que faz lembrar disputas primitivas, onde o barulho e o confronto substituem o debate de ideias. O próprio código de ética da máfia, que poupa civis e famílias, parece mais elevado do que o padrão adotado pelas duas chapas.

A OAB, que há anos se apresenta como guardiã da ética em eleições e exige compromissos de candidatos às esferas do poder público, perde completamente a moral para continuar desempenhando esse papel. A entidade, reconhecida nacionalmente como fundamental para a defesa das prerrogativas da classe, deveria ser exemplo de transparência, respeito e compromisso com valores elevados. No entanto, em Rondônia, assiste-se a uma "lavagem de roupa suja" pública que reduz a credibilidade da instituição perante a sociedade.

O último episódio que agrava esse cenário veio da chapa situacionista, que tenta impugnar a oposição sob a alegação de que esta estaria utilizando impulsionamento pago na internet — prática proibida no pleito. A estratégia de Márcio Nogueira parece ser uma tentativa de vitória por "walk over" (W.O.), ou seja, ganhar por exclusão do adversário. A medida reforça a percepção de desespero diante de uma possível derrota nas urnas.

Tais atitudes demonstram que ambos os candidatos — Márcio Nogueira e Eurico Montenegro Neto — preferiram o embate destrutivo à construção de propostas que realmente atendam aos interesses da advocacia rondoniense. A sociedade, que acompanha de perto os desdobramentos dessa disputa, espera dos postulantes à liderança da OAB uma postura condizente com a responsabilidade do cargo que almejam ocupar.

O respeito à ética, à própria biografia e à advocacia como um todo é indispensável. Sem isso, ambos os concorrentes demonstram que, se não são capazes de respeitar a si mesmos durante a campanha, dificilmente respeitarão os advogados e a instituição uma vez eleitos.

Da maneira que as coisas vão, guardadas as devidas proporções e de forma puramente  metafórica, o embate na OAB Rondônia assemelha-se a uma batalha  entre macacos guaribas, que têm o péssimo hábito de defecar durante a luta e usar os próprios excrementos como arma,  atirando-os   nos adversários. E haja titica no ventilador. 

A eleição na OAB Rondônia e a guerra dos guaribas

O próprio código de ética da máfia, que poupa civis e famílias, parece mais elevado do que o padrão adotado pelas duas chapas

Rubens Coutinho, editor do Tudorondonia
Publicada em 13 de novembro de 2024 às 11:46
A eleição na OAB  Rondônia e a guerra dos guaribas

Jornalista Rubens Coutinho, editor do Tudorondonia

A disputa pelas eleições da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em Rondônia tornou-se um embate marcado por ataques públicos e estratégias de baixo nível que evocam as velhas práticas das disputas sindicais mais rasteiras. As chapas concorrentes, a situacionista "Juntos Avançamos", liderada por Márcio Nogueira, atual presidente que busca reeleição, e a oposicionista, encabeçada por Eurico Montenegro Neto, estão envolvidas em uma escalada de conflitos que expõe o lado mais sombrio de um pleito que deveria ser pautado pela ética e pelo respeito.

Nos últimos dias, os ataques entre os dois grupos intensificaram-se, com denúncias de fake news, acusações de criação de "gabinetes do ódio" para disseminar informações falsas e até ataques pessoais que atingiram famílias dos candidatos. Esse comportamento rebaixa a campanha a um nível tão deplorável que faz lembrar disputas primitivas, onde o barulho e o confronto substituem o debate de ideias. O próprio código de ética da máfia, que poupa civis e famílias, parece mais elevado do que o padrão adotado pelas duas chapas.

A OAB, que há anos se apresenta como guardiã da ética em eleições e exige compromissos de candidatos às esferas do poder público, perde completamente a moral para continuar desempenhando esse papel. A entidade, reconhecida nacionalmente como fundamental para a defesa das prerrogativas da classe, deveria ser exemplo de transparência, respeito e compromisso com valores elevados. No entanto, em Rondônia, assiste-se a uma "lavagem de roupa suja" pública que reduz a credibilidade da instituição perante a sociedade.

O último episódio que agrava esse cenário veio da chapa situacionista, que tenta impugnar a oposição sob a alegação de que esta estaria utilizando impulsionamento pago na internet — prática proibida no pleito. A estratégia de Márcio Nogueira parece ser uma tentativa de vitória por "walk over" (W.O.), ou seja, ganhar por exclusão do adversário. A medida reforça a percepção de desespero diante de uma possível derrota nas urnas.

Tais atitudes demonstram que ambos os candidatos — Márcio Nogueira e Eurico Montenegro Neto — preferiram o embate destrutivo à construção de propostas que realmente atendam aos interesses da advocacia rondoniense. A sociedade, que acompanha de perto os desdobramentos dessa disputa, espera dos postulantes à liderança da OAB uma postura condizente com a responsabilidade do cargo que almejam ocupar.

O respeito à ética, à própria biografia e à advocacia como um todo é indispensável. Sem isso, ambos os concorrentes demonstram que, se não são capazes de respeitar a si mesmos durante a campanha, dificilmente respeitarão os advogados e a instituição uma vez eleitos.

Da maneira que as coisas vão, guardadas as devidas proporções e de forma puramente  metafórica, o embate na OAB Rondônia assemelha-se a uma batalha  entre macacos guaribas, que têm o péssimo hábito de defecar durante a luta e usar os próprios excrementos como arma,  atirando-os   nos adversários. E haja titica no ventilador. 

Comentários

  • 1
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    Botelho Passos 16/11/2024

    Essa matéria é tendenciosa, parcial, com a finalidade de apoiar a chapa da situação, por isso, os comentários lúcidos não são publicados.

  • 2
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    Andressa Rodrigues 15/11/2024

    Bom concordo em tudo com o senhor Eudes, que se uma chapa está sendo atacada de forma baixa a mesma tem que se defender de forma justa, mostrando assim que sabe seguir as regras. Quanto ao problema de falta de professores acredito que a OAB/RO apoiaria sem dúvida mas isso é uma questão que deve ser resolvida com o Ministério Público e deputados. Também concordo com o senhor Antônio em partes de seu comentário acredito que a OAB voltará a ser respeitada e valorizada agindo firme internamente contra advogados sem éticas e que sujam nossa imagem, para dessa forma mostrar força e respeito frente ao judiciário e demais órgãos que diariamente enfrentamos para proteger nossas prerrogativas, porque não seremos fracos em aceitar desrespeitos, os honorários aviltantes é uma situação vergonhosa que aos poucos a OAB/RO nesse mandato foi firme e buscou tentar solucionar é tanto que a um site em quando ocorre arbitramento de honorários aviltantes, qualquer advogado pode ir lá e denunciar que a OAB analisando a situação entrará na briga junto com o advogado para resolver a situação, e isso mostra que juntos somos fortes sempre!!!!

  • 3
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    CARLSON LIMA 14/11/2024

    UMA CAUSA PARA AOB - RO TOMAR PARTIDO.TEM ESCOLAS PUBLICAS ESTADUAIS QUE ESTÃO SEM PROFESSORES DE MATEMATICA, FISICA, QUIMICA E BIOLOGIA ATÉ HOJE 14/11/2024, ISSO NO ENSINO MEDIO. NO ENSINO FUNDAMENTAL, A FALTA DE PROFESSORES DE ARTE, EDUCAÇÃO FISICA, MATEMATICA, CIENCIAS E GEOGRAFIA TAMBÉM FAZ PARTE DA INCOMPETENCIA DA SEDUC E DO GOVERNO DE ESTADO. PRONTO, OAB AGORA VOCÊS TEM UMA CAUSA NOBRE PARA DEFENDER.

  • 4
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    Eudes Cunha 14/11/2024

    É muito injusto colocar as duas chapas no mesmo balaio de gato. Isto porque é a chapa de Eurico Montenegro que tem descumprido o regulamento das eleições da OAB e tem ultrapassado o limite do bom senso. Colocas as duas chapas no mesmo nível, porque a chapa do Marcio pediu que fosse cumprido o regulamento eleitoral é desproporcional.

  • 5
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    ANTONIO NOGUEIRA 14/11/2024

    PARABENS RUBENS, É ISSO MESMO, FALOU TUDO. A TEMPO QUE A OAB/RO PERDEU O RESPEITO DA SOCIEDADE E DOS ADVOGADOS. ESSA DESVALORIZAÇÃO SE REFLETE NEGATIVAMENTE AOS ADVOGADOS QUE HONESTAMENTE BUSCAM TRABALHAR DIGNAMENTE, SEM A NECESSIDADE DE VENDER A ALMA NA DISPUTA DE CONTAS/EMPRESAS ABASTADAS E HONORARIOS FACIS. FOI NISSO QUE A OAB/RO SE TRANSFORMOU, APENAS UM TRAMPOLIN PARA CONQUISTAR GRANDES CONTRATOS, ENQUANTO A ESMAGADORA MAIORIA DOS ADVOGADOS, SEM VOZ E SEM REPRESENTAÇAO, SOFRE COM ARBITRAMENTO DE HONORARIOS INSIGNIFICANTES SEM TER PARA QUEM RECORRER.

  • 6
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    Botelho Passos 14/11/2024

    Após a administração da OAB-RO por Hélio Vieira, a entidade perdeu representatividade e respeitabilidade, diante da Ação Judicial que tramitou na 2ª Vara da Justiça Federal, onde a entidade figurou no polo passivo, movida pelos construtores de um imóvel na Avenida Lauro Sodré com recursos desviados da construção da Sede da OAB. A partir de então todos os eleitos presidentes eram eleitos com o compromisso de pagar a Ação Judicial na surdina, desde então a corrupção tem sido o mote das administrações que sucederam o Ilustre Causídico Hélio Vieira, É tempo desse GRUPO serem defenestrado da OAB sendo louvável a eleição do Eurico Montenegro o qual não possui nenhuma macula em toda a sua vida profissional, sendo possuidor de moral ilibada.

  • 7
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    Mirian Penha Franco 13/11/2024

    Isso mesmo. Parabéns ao articulista pela reflexão. Antes de tudo, representantes classistas precisam estar certos de que devem respeito à sociedade de que fazem parte. Caso contrário, tais funções se transformam somente em palco para exposição de egos deformados.

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