A faca no pescoço
Esse pessoal não se contenta com pouca coisa. Só serve se for secretaria para a perpetuação de feudos. A pressão é grande
Aos que me perguntam sobre eventuais integrantes da equipe que vai ajudar o prefeito eleito Léo Moraes a comandar os destinos de Porto Velho, a partir de janeiro de 2025, respondo-lhes que essa é uma tarefa complexa, mas torço para que Léo escale seu time levando em consideração o critério da meritocracia, entre outras qualidades indeléveis, conquanto não alimento muita esperança que isso aconteça. No fundo, o que conta mesmo é a força do pistolão. Vele lembrar que, uma maça podre, tem o poder de apodrecer todas as maças do cesto. A mesma lógica pode ser aplicada à administração pública. Não adianta colocar bons jogadores no time e permitir a presença de pessoas erradas.
Léo jamais vai dizer que está sendo pressionado para entregar secretarias de porteiras fechadas, contudo, as conversas de bastidores apontam para uma briga insana por cargos no novo governo. Velhas e manjadas raposas da política municipal, que sempre deram um jeito de corpo para se manterem na crista do poder, cada vez mais sedentas por sinecuras para acomodarem apaniguados e cabos eleitorais, em sua maioria, despreparados, estariam colocando a faca no pescoço do prefeito eleito.
Verdade ou não, aguardemos o desenrolar dos acontecimentos para descobrirmos quem está com a razão. A novela apenas começou. E só vai acabar mesmo depois que Léo escancarar as porteiras de sua administração ao fisiologismo, o que seria, no mínimo, algo paradoxal para alguém que se elegeu prometendo mudanças na maneira de gerir a coisa pública, com vistas à condução de políticas públicas e à prestação de serviços de interesse da sociedade. Esse pessoal não se contenta com pouca coisa. Só serve se for secretaria para a perpetuação de feudos. A pressão é grande.
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