A falta de médicos nos distritos
A longevidade e a gravidade do problema exigem tratá-lo com maior atenção e buscar apoio em outras esferas de poder, como o governo do Estado, através de parcerias, convênios ou coisa do gênero.
A falta de médicos nos distritos de Porto Velho é anacrônica. Não é de hoje que os meios de comunicação vêm denunciando essa situação. Não é sem motivo o brado de indignação do vereador Aleks Palitot sempre que ascende à tribuna da Câmara Municipal para falar sobre o assunto e, consequentemente, pedir providências às autoridades municipais, que não têm conseguido responder racionalmente a essa carência, enquanto centenas de pessoas permanecem sem esses profissionais, ou dispondo de um número reduzidíssimo deles, entregues à própria sorte.
A longevidade e a gravidade do problema exigem tratá-lo com maior atenção e buscar apoio em outras esferas de poder, como o governo do Estado, através de parcerias, convênios ou coisa do gênero. Inaceitável, porém, é a situação permanecer como está. Ao contrário do que muitos pensam, contudo, as ações para a aérea da saúde não podem ser pensadas apenas pela perspectiva de um período governamental, como se tratasse de uma fase de experimentação. Essa etapa já deveria ter sido vencida.
Acho que o prefeito deveria dialogar com o Conselho Regional de Medicina e discutir, com ele, alternativas para enfrentar a grave condição de carência imposta às populações que vivem nos distritos, até porque a saúde é um capitulo fundamental dentro das politicas governamentais e, portanto, requer que se faça um diagnóstico responsável e se estabeleçam metas de enfrentamento.
Apesar de não ser especialista do assunto, acredito que o município reúna, hoje, condições de administrar esse setor de forma mais sensata, mais inovadora e, o que é mais importante, de oferecer respostas positivas às populações que aguardam por um serviço de saúde mais humanizado, dinâmico e duradouro.
Insistir nas posturas até agora utilizadas para solucionar o problema, é negar às famílias que residem nessas localidades um atendimento médico condizente, repetindo-se aquilo que se tem ouvido durante seguido anos, ou seja, de que faltam médicos nos distritos, sem, contudo, criar condições para que a situação seja resolvida.
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