A fritura de Jr. Gonçalves e a síndrome do governador de pé quebrado
A pergunta que se impõe é: o governador está apenas observando ou participa ativamente desse processo?
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Nos bastidores do Palácio Rio Madeira, um cenário peculiar se desenha: o governador de Rondônia, Coronel Marcos Rocha (União Brasil), assiste impassível à fritura pública de um de seus mais leais assessores, o chefe da Casa Civil, Jr. Gonçalves. A pergunta que se impõe é: o governador está apenas observando ou participa ativamente desse processo?
Jr. Gonçalves, que ao longo dos últimos anos acumulou a função de secretário e coach motivacional do governo, vem sendo alvo de fogo amigo e inimigo. O desgaste nos bastidores se intensificou, e sua permanência no cargo parece cada vez mais insustentável. O secretário estaria com a cabeça a prêmio, pronto para ser sacrificado no altar dos interesses políticos.
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O problema maior, no entanto, não é Jr. Gonçalves, mas sim a postura do governador. Marcos Rocha se omite, não define se mantém o secretário ou se o exonera, permitindo que a crise se arraste. Com isso, expõe suas características enquanto chefe do Executivo estadual: um governador fraco, indeciso e refém de intrigas palacianas.
Caso quisesse, o governador poderia resolver essa situação ainda hoje. Mas o que se vê é a repetição de um comportamento já conhecido. Durante as eleições de 2018, Rocha contou um episódio curioso: relatou que, quando dirigia um órgão público, recebeu uma oferta de propina de um fornecedor. Indagado sobre o motivo de não ter dado voz de prisão ao corruptor – afinal, é coronel da PM –, sua resposta foi emblemática: “Não dava para fazer nada porque eu estava com o pé quebrado”.
Essa justificativa parece ter se transformado em uma síndrome dentro do governo. Marcos Rocha governa pela inércia, evita decisões difíceis e, quando o faz, já é tarde demais. O caso de Jr. Gonçalves é apenas mais um exemplo.
O chefe da Casa Civil não é um político brilhante, tampouco um administrador excepcional. No entanto, foi um dos principais articuladores das duas eleições do governador. Seu desempenho como secretário é questionável, mas sua lealdade ao chefe do Executivo é inegável. E, ainda assim, Rocha permite que sua fritura ocorra sem qualquer intervenção.
Enquanto isso, problemas realmente urgentes seguem sem solução. O orçamento do Estado continua fechado, fornecedores seguem sem receber e a administração pública opera em marcha lenta. O governador de pé quebrado segue no comando – ou melhor, na omissão –, deixando Rondônia à mercê do acaso.
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