A melhor escolha, no final, pode ser apenas não votar no pior entre os piores

Pelo Ibope, que já não é tão confiável como era há anos atrás, pelos sucessivos erros – aqui em Rondônia, então, o instituto cansou de errar feio! – os números da corrida Presidencial pouco mudaram.

Sergio Pires
Publicada em 29 de junho de 2018 às 14:10
A melhor escolha, no final, pode ser apenas não votar no pior entre os piores

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Pelo Ibope, que já não é tão confiável como era há anos atrás, pelos sucessivos erros – aqui em Rondônia, então, o instituto cansou de errar feio! – os números da corrida Presidencial pouco mudaram. Se Lula for candidato (que ninguém duvide disso, num país em que parte do Judiciário, como o STF, por exemplo, anda cada vez mais tomando decisões inacreditáveis!), ele certamente estará no segundo turno, com toda a facilidade. Preso, cumprindo uma pena de 12 anos, Lula ainda é o preferido da grande maioria do eleitorado brasileiro, esse mesmo que berra nas redes sociais e nas TVs, exigindo mudança e o fim da corrupção. Deu pra entender? O segundo colocado continua sendo Jair Bolsonaro, da extrema direita, o antiLula. Sem Lula no cenário, é Bolsonaro o líder. Mas daí parte dos votos da esquerda vão para a  sem sal Marina Silva, a Rainha das ONGs, que aparece como única a ter alguma chance de tirar a Presidência do direitista. Os outros? Ciro Gomes, Álvaro Dias, Geraldo Alkmin, Álvaro Dias, Fernando Collor, Fernando Haddad, tudo lá embaixo. Não sobem, não descem. Ou seja, não têm voto para chegar à Presidência. O candidato do MDB de Temer, o ex ministro da Fazenda Henrique Meireles, divide as últimas  colocações com a genial Manuela D´Ávila, aquela que diz nove besteiras, entre cada dez vezes que abre a boca. Nada mais. Tudo farinha do mesmo saco! Ainda na faixa do 1 por cento, estão nanicos do voto como Rodrigo Maia, Flávio Rocha, Guilherme Boulos, João Amoêdo, João Goulart Filho (isso mesmo, o filho do Jango!), Levy Fidélix, aquele mesmo, que Deus nos livre! Um dos políticos mais conhecidos e poderosos dos tempos dos governos petistas Aldo Rebelo, que comandou o PC do B por anos e hoje está no Solidariedade, não chega a 1 por cento. Está ao lado da ex apresentadora da Globo, Valéria Monteiro, que é do nanico PMN e que, fora das telas há longos anos, se tornou quase desconhecida. Lula e Bolsonaro têm rejeições praticamente iguais, acima  de 30 por cento. Mais de 54 por cento dos eleitores não votariam em nenhum dos candidatos apresentados na pesquisa. Não é assustador?

Enfim, estamos entre o ruim, o muito ruim, o pior e o muito pior. A decadente política brasileira não forma novos líderes há décadas, até porque os que estão no poder têm muitos projetos pessoais e de grupo, mas não projetos de país. Não sabemos os rumos que tomaremos. Enquanto em outros países democráticos, a eleição Presidencial é sempre uma grande esperança, para nós é uma oportunidade apenas de não escolhermos o pior, entre todos os que se apresentam. Portanto, o Brasil ainda espera algum nome forte, correto, decente, sem extremismos, com um projeto digno e viável, para conduzir  seu destino. Esse nome, por enquanto, é só um sonho.

AS NUVENS DA POLÍTICA

Não tem nada fechado  e definido ainda. Nada é concreto. Tem apenas conversas, bastidores, trocas de gentilezas e, por enquanto, poucas farpas. Os Frentões desenhados não passam disso: desenhos apenas. Num dia, a situação está assim. No outro, assada. Nessa semana, em poucos dias, o melhor exemplo aconteceu com o PRB, partido ligado à Igreja Universal. Há poucos dias, membros do partido ligados ao Pastor Edésio Fernandes, candidato ao Senado, anunciavam que o PRB iria compor num pacote de partidos que apoiariam Expedito Júnior ao Governo. A informação publicada não foi desmentida. Pouco tempo depois, liderada pelo presidente regional da sigla, o deputado federal Lindomar Garçon, o PRB fez uma recepção especial ao candidato do MDB, Maurão de Carvalho, com a presença de dezenas de membros da sigla. Ou seja, o que aconteceu  com o partido de Garçon ainda vai acontecer com vários outros, que ficam flutuando entre um ou outro nome, entre os mais fortes, para só mais tarde, depois de todas as conversações, baterem o martelo.

E AINDA TEM O DANIEL...

Por que o grupo do atual vereador e candidato ao Senado Edésio Fernandes prefere o Frentão com o PP, PSDB e outros e não o liderado pelo MDB? Óbvio: a turma de Maurão tem os dois mais fortes nomes para o Senado, ao menos até agora. Numa coligação com o MDB, Edésio ficaria órfão, praticamente sem chances. Faria uma carreira solo contra os dois poderosos ex governadores. A decisão, contudo, ainda não está tomada, embora Garçon e seu grupo, que formam a maioria do diretório, queiram mesmo fechar com Maurão. Não se sabe ainda sobre como ficará essa questão, já que no PRB, quem decide mesmo é o comando da Universal. Outros partidos menores também estão conversando, trocando ideia, preparando alianças. Maurão sai bem à frente, porque, por enquanto, é o único nome que está 100 cento confirmado para a disputa. Acir Gurgacz também afirma estar neste time e Expedito ainda não decidiu se vai ou não. E ainda tem dúvidas sobre Daniel Pereira. Todos os caminhos, ao menos por enquanto, são pavimentados lentamente, até as convenções. Muita conversa ainda vai rolar, até que tudo esteja definido.

UM LEÃO POR DIA

Por falar em Daniel, ele está vivendo um período de espera, ao mesmo tempo em que tem que governar, dirigindo um Estado potente, mas, como todos, com sérios problemas de controle financeiro. Governa ou faz política? Por enquanto, não há como se cobrar algo do Governador, já que sua prioridade é matar um leão por dia.  Usando a linguagem do futebol, ele conseguiu fazer um gol de bicicleta, ao pagar os salários de junho e a primeira parcela do 13º salário, quatro dias antes do final do mês. Mas tem sim sérios problemas de caixa, que poderão se ampliar depois de agosto. Ao mesmo tempo, sofre tremenda pressão para que seja candidato. A pressão, é claro, vem do PSB  de Mauro Nazif e do diretório nacional, que querem que seu Governador dispute a reeleição. Afora isso, Daniel ainda tem compromissos com Acir Gurgacz, como primeira opção e Maurão de Carvalho como nome alternativo. Ou seja, o futuro do chefe do governo rondoniense é complexo, recheado de obstáculos e com certeza zero do que vai acontecer até agosto, quando as candidaturas devem ser postas. Por enquanto, não se pode cobrar nada dele, neste quesito. Se a eleição fosse hoje, Daniel estaria fora. Mas tem muito tempo ainda....

FANÁTICOS, MALANDROS E NAZISTOIDES!

Nem uma coisa, nem outra. Alguns petistas idiotizados pelo fanatismo (e outros por malandragem e safadeza mesmo!), já comemoravam o fato de que Lula seria libertado por decisão do Supremo, em reunião agendada para o início da semana. Os antiPT, agressivos, nazistoides, antidemocratas, avisavam nas redes socais que os ministros aproveitariam a euforia da Copa do Mundo para colocar o preso nas ruas . Se deram muito mal, ambos os grupos idiotas. O assunto sequer entrou na pauta do Supremo. Nesse e em outros casos, é impressionante não só como os nomes de Lula e Bolsonaro dividem o país, mas, pior que tudo, é a forma agressiva, desrespeitosa, vergonhosamente canalha , com que os adversários de um e outro os tratam, em textos ofensivos nas redes sociais. É importante que a Justiça atue com dureza, processando essa gentalha que usa uma ferramenta social tão importante, para destilar seus ódios e suas frustrações. Todos os que assim o fazem, não merecem nada menos que o peso da lei. E um pouco de pena, pelos péssimos seres humanos que são. Dos dois lados...

LADRÃOZINHOS FAZEM A FESTA

Dias atrás, foi no viaduto sobre a BR  364, na ligação com a Três e Meio. Menos de uma semana depois, na esquina de duas das principais avenidas da Capital, em plena luz do dia. Nessa semana, no Centro Esportivo Deroche, no coração da cidade e ao lado do ginásio Cláudio Coutinho. O roubo da fiação em Porto Velho, deixando a BR às escuras, assim como um dos seus principais viadutos, recém construídos; os fios arrancados na   conturbada esquina da Sete de Setembro com a Jorge Teixeira, a BR 319 e o fato de um dos poucos locais de lazer estar abandonado e às escuras, são fatos que deveriam envergonhar as autoridades policiais. Não é possível que depois de tantos roubos, tantos locais deixados no escuro, nenhuma quadrilha tenha sido desarticulada, nenhum receptador tenha sido colocado no presídio. Será que há tantos ladrões assim, tantos receptadores que vivem do roubo e da compra e venda de fiações completas? Onde estão  aqueles que deveriam prendê-los? A competente polícia está levando uma surra desses vagabundos, que roubam os fios e deixam locais importantes da cidade às escuras e que não são pegos. Tem que prender, tem que desarticular, tem que acabar com essa baderna. Não é possível que meia dúzia de ladrãozinhos esteja dando essa surra na nossa polícia. Uma vergonha!

BENEFÍCIOS AOS FACÍNORAS

Decisões judiciais, daquelas que não surpreendem mais ninguém, devem dar uma excelente ajuda para que a criminalidade aumente ainda mais do que já está, na guerra civil sem fim do Rio de Janeiro. Várias decisões da Justiça carioca, autorizaram o retorno, aos presídios do Estado, de mais de 40 líderes de facções criminosas, que estão cumprindo penas em presídios federais de segurança máxima. Fernandinho Beira Mar, que andou aqui por Rondônia e atualmente está preso em Mossoró, no Rio Grande do Norte, cumprindo parte da sua pena de 120 anos, ainda não está entre os que voltam para perto de casa. Mas, entre os nomes que voltarão a comandar o crime dentro das cadeias do Rio, estão personagens como o traficante Adair Marlon Duarte, o Aldair da Mangueira, que sempre organizava e comandava, quando solto, as invasões de favelas dominadas por outras facções que não a dele, o Comando Vermelho. Toda a turma beneficiada pela lamentável legislação brasileira de proteção ao crime, é de gente deste tipo, senão pior. Eles voltam para ficar perto de casa e continuar decidindo tudo sobre o crime no Rio. Desse jeito, tem solução a tenebrosa criminalidade que assombra nosso Brasil?

PERGUNTINHA

Se o Governo decretou um Feriadão, com ponto facultativo na segunda-feira, por causa de um jogo da Seleção brasileira nas Oitavas de final da Copa, se formos Hexacampeões, pode-se então esperar uma semana inteira de folga para todo o serviço público estadual?

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